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“O Brasil tem um grande potencial para unir agricultura e tecnologia”

Ouça a entrevista com Alexandre Borges, cofundador da Grão Direto, startup que digitaliza o processo de compra e venda de grãos

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institutomillenium

Publicado em 28 de junho de 2018 às 09h39.

Não é novidade que o agronegócio é um dos grandes setores responsáveis pelo crescimento da economia no Brasil, correspondendo a 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. Apesar disso, ainda carece de tecnologia para fechar negócios mais rápidos e eficientes no ramo. Percebendo esta dificuldade em seu dia-a-dia, o engenheiro de produção Pedro Paiva junto-se aos amigos Carlos Rocha, Frederico Marques e Alexandre Borges para dar início a startup Grão Direto. A empresa de Uberaba (MG) apresenta uma forma de comercialização muito mais prática e moderna para os agricultores: através de sua plataforma online, os produtores e compradores de grãos podem conferir os melhores preços, condições de pagamento e frete em tempo real. Para conhecer melhor o trabalho da startup, o Instituto Millenium conversou com o administrador e cofundador Alexandre Borges. Ouça a entrevista no player abaixo!

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“O Pedro tem uma vivência muito grande no mercado agro tanto como comprador quanto produtor e viu que outras cadeias de suprimentos já têm práticas mais avançadas de negociação. Esse incômodo virou uma conversa entre amigos, então eu entrei na história com uma experiência em consultoria e startups, trouxemos o Fred (formado em Ciências da Computação) e começamos a pensar em soluções para deixar a comercialização do agro tão moderna quanto a fazenda e outros segmentos”.

Grão Direto facilita a vida de quem compra e vende grãos

A ferramenta pode ser acessada pelo smartphone ou computador e funciona através do processo de “matchmaking”, ou seja, mediante algoritmos e informações previamente selecionadas, o sistema define a transação com maior potencial de negócio, levando em consideração os custos, a localização da safra, o tempo de entrega e encontra “o par ideal”.

“Obviamente o preço tem uma influência super importante, mas outras variáveis também são relevantes para encontrar o que é melhor para os dois lados, seja a qualidade dos grãos, onde estão localizados ou o frete. A própria ferramenta vai aprendendo ao longo do tempo a partir da prática dos usuários e vamos criando esse rankeamento para sugerir os melhores negócios”, explica.

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Startup transforma lixo em artigos de moda

Até agora são mais de 1,5 mil produtores cadastrados no aplicativo entre os municípios de Minas Gerais e Goiás e mais de 40 empresas compradoras ativas. O objetivo é ampliar o mercado para as principais regiões produtoras do país, no entanto, Borges assegura que um dos compromissos fundamentais da empresa é garantir um serviço de qualidade e estudam com calma as futuras áreas de operação:

“A ideia é continuarmos expandido, mas nossa preocupação é garantir uma boa experiência para os usuários, por isso não estamos em todas as regiões. Não adianta abrirmos em uma área onde não vamos conseguir ajudar o produtor e comprador, simplesmente para trazer mais usuários. Queremos ajudar a tornar a vida dessas pessoas e o processo de comercialização muito mais eficientes. Mais que um compromisso quantitativo, é um compromisso qualitativo”.

+ O agronegócio não é o vilão que pintam por aí

Sucesso x desafios
Recentemente, a Grão Direto recebeu um aporte de R$ 2,3 milhões de reais da divisão global de ventures da Monsanto, a Monsanto Growth Ventures (MGV), juntamente com o Canary e o OpenVC. Nos anos anteriores, a startup foi contemplada com os programas de aceleração do InovAtiva Brasil e da StartupFarm. Apesar das contribuições, o cofundador diz que empreender no país não é uma tarefa fácil. O agronegócio brasileiro, porém, tem vantagens competitivas e muito a crescer mundialmente:

“O ambiente de negócios no Brasil é bastante complicado, não é pró-empreendedor. Mas se tem um lugar que você pode e deve empreender aqui é o agro. Quando você fala de outros segmentos fora do Brasil, há um certo nível de atenção, mas quando fala de agro para os outros países, o interesse é muito maior, ouvem com muito mais respeito. Acho que o Brasil não só tem um potencial muito grande de juntar agricultura com tecnologia e empreendedorismo, mas especialmente de se posicionar pro mundo”.

Não é novidade que o agronegócio é um dos grandes setores responsáveis pelo crescimento da economia no Brasil, correspondendo a 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. Apesar disso, ainda carece de tecnologia para fechar negócios mais rápidos e eficientes no ramo. Percebendo esta dificuldade em seu dia-a-dia, o engenheiro de produção Pedro Paiva junto-se aos amigos Carlos Rocha, Frederico Marques e Alexandre Borges para dar início a startup Grão Direto. A empresa de Uberaba (MG) apresenta uma forma de comercialização muito mais prática e moderna para os agricultores: através de sua plataforma online, os produtores e compradores de grãos podem conferir os melhores preços, condições de pagamento e frete em tempo real. Para conhecer melhor o trabalho da startup, o Instituto Millenium conversou com o administrador e cofundador Alexandre Borges. Ouça a entrevista no player abaixo!

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“O Pedro tem uma vivência muito grande no mercado agro tanto como comprador quanto produtor e viu que outras cadeias de suprimentos já têm práticas mais avançadas de negociação. Esse incômodo virou uma conversa entre amigos, então eu entrei na história com uma experiência em consultoria e startups, trouxemos o Fred (formado em Ciências da Computação) e começamos a pensar em soluções para deixar a comercialização do agro tão moderna quanto a fazenda e outros segmentos”.

Grão Direto facilita a vida de quem compra e vende grãos

A ferramenta pode ser acessada pelo smartphone ou computador e funciona através do processo de “matchmaking”, ou seja, mediante algoritmos e informações previamente selecionadas, o sistema define a transação com maior potencial de negócio, levando em consideração os custos, a localização da safra, o tempo de entrega e encontra “o par ideal”.

“Obviamente o preço tem uma influência super importante, mas outras variáveis também são relevantes para encontrar o que é melhor para os dois lados, seja a qualidade dos grãos, onde estão localizados ou o frete. A própria ferramenta vai aprendendo ao longo do tempo a partir da prática dos usuários e vamos criando esse rankeamento para sugerir os melhores negócios”, explica.

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Até agora são mais de 1,5 mil produtores cadastrados no aplicativo entre os municípios de Minas Gerais e Goiás e mais de 40 empresas compradoras ativas. O objetivo é ampliar o mercado para as principais regiões produtoras do país, no entanto, Borges assegura que um dos compromissos fundamentais da empresa é garantir um serviço de qualidade e estudam com calma as futuras áreas de operação:

“A ideia é continuarmos expandido, mas nossa preocupação é garantir uma boa experiência para os usuários, por isso não estamos em todas as regiões. Não adianta abrirmos em uma área onde não vamos conseguir ajudar o produtor e comprador, simplesmente para trazer mais usuários. Queremos ajudar a tornar a vida dessas pessoas e o processo de comercialização muito mais eficientes. Mais que um compromisso quantitativo, é um compromisso qualitativo”.

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Sucesso x desafios
Recentemente, a Grão Direto recebeu um aporte de R$ 2,3 milhões de reais da divisão global de ventures da Monsanto, a Monsanto Growth Ventures (MGV), juntamente com o Canary e o OpenVC. Nos anos anteriores, a startup foi contemplada com os programas de aceleração do InovAtiva Brasil e da StartupFarm. Apesar das contribuições, o cofundador diz que empreender no país não é uma tarefa fácil. O agronegócio brasileiro, porém, tem vantagens competitivas e muito a crescer mundialmente:

“O ambiente de negócios no Brasil é bastante complicado, não é pró-empreendedor. Mas se tem um lugar que você pode e deve empreender aqui é o agro. Quando você fala de outros segmentos fora do Brasil, há um certo nível de atenção, mas quando fala de agro para os outros países, o interesse é muito maior, ouvem com muito mais respeito. Acho que o Brasil não só tem um potencial muito grande de juntar agricultura com tecnologia e empreendedorismo, mas especialmente de se posicionar pro mundo”.

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