No ciclo de palestras do Millenium, Ricardo Paes de Barros destacou a participação privada para a redução da desigualdade
Na quarta e penúltima palestra do ciclo “Brasil, presente e futuro”, promovido pelo Instituto Millenium em parceria com a Casa do Saber Rio, Ricardo Paes de Barros falou sobre distribuição de renda no Brasil: “Para chegarmos a um nível de desigualdade razoável, como o da Turquia, por exemplo, precisamos bater os recordes que batemos por no mínimo mais dezesseis anos.”, disse. Para Paes de Barros, há uma grande necessidade de […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2011 às 20h07.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h12.
Na quarta e penúltima palestra do ciclo “Brasil, presente e futuro”, promovido pelo Instituto Millenium em parceria com a Casa do Saber Rio, Ricardo Paes de Barros falou sobre distribuição de renda no Brasil: “Para chegarmos a um nível de desigualdade razoável, como o da Turquia, por exemplo, precisamos bater os recordes que batemos por no mínimo mais dezesseis anos.”, disse.
Para Paes de Barros, há uma grande necessidade de melhorar as políticas públicas do país e o apoio da participação privada na saúde e educação e a eficiência no uso do dinheiro público são fundamentais.
O economista apontou a redução de igualdade de oportunidades como um possível caminho para a redução da pobreza e comentou a continuidade do programa Bolsa-Família: “Repetir a dose não significa tomar os mesmos medicamentos”, afirmou o economista, ao defender a idéia de que programas assistencialista não surtem efeito se aplicados mais de uma vez. “O Brasil conseguiu esse resultados, tão positivos, mesmo com muitas políticas públicas ineficientes e mau uso de dinheiro público.”, disse.
Segundo gráficos apresentados durante a palestra, em 1990, 22,1% da população brasileira habitava uma linha de extrema pobreza. Em 2009, esse número era de 8,4%. De acordo com Paes de Barros, o Brasil bateu a meta global de redução de pobreza extrema com dez anos de antecipação. Os motivadores dessa grande redução, apontados pelo economista, foram o Bolsa-Família, o aumento da produtividade e no número de adultos ativos nas famílias. Além disso, a integração do mercado de trabalho também foi decisivo: “O salário das regiões metropolitanas cresceu lentamente em comparação ao dos interiores. O gasto público também aumentou no interior, diminuindo a desigualdade.”, afirmou Paes de Barros.
Educação
O economista observou o crescimento elevado da escolaridade no Brasil – apesar da questão ser ainda bastante preocupante no Brasil, pois o país apresenta níveis educacionais inferiores a de países como Peru e Colômbia – e chamou a atenção para a questão da eficiência no uso do dinheiro público na área.
“O Estado não gasta pouco com educação, mas poderia gastar com muito mais eficiência. O governo só pede ajuda quando a situação está desastrosa, ao invés de incentivar a iniciativa privada de forma estratégica e vantajosa para a população”, concluiu.
Na quarta e penúltima palestra do ciclo “Brasil, presente e futuro”, promovido pelo Instituto Millenium em parceria com a Casa do Saber Rio, Ricardo Paes de Barros falou sobre distribuição de renda no Brasil: “Para chegarmos a um nível de desigualdade razoável, como o da Turquia, por exemplo, precisamos bater os recordes que batemos por no mínimo mais dezesseis anos.”, disse.
Para Paes de Barros, há uma grande necessidade de melhorar as políticas públicas do país e o apoio da participação privada na saúde e educação e a eficiência no uso do dinheiro público são fundamentais.
O economista apontou a redução de igualdade de oportunidades como um possível caminho para a redução da pobreza e comentou a continuidade do programa Bolsa-Família: “Repetir a dose não significa tomar os mesmos medicamentos”, afirmou o economista, ao defender a idéia de que programas assistencialista não surtem efeito se aplicados mais de uma vez. “O Brasil conseguiu esse resultados, tão positivos, mesmo com muitas políticas públicas ineficientes e mau uso de dinheiro público.”, disse.
Segundo gráficos apresentados durante a palestra, em 1990, 22,1% da população brasileira habitava uma linha de extrema pobreza. Em 2009, esse número era de 8,4%. De acordo com Paes de Barros, o Brasil bateu a meta global de redução de pobreza extrema com dez anos de antecipação. Os motivadores dessa grande redução, apontados pelo economista, foram o Bolsa-Família, o aumento da produtividade e no número de adultos ativos nas famílias. Além disso, a integração do mercado de trabalho também foi decisivo: “O salário das regiões metropolitanas cresceu lentamente em comparação ao dos interiores. O gasto público também aumentou no interior, diminuindo a desigualdade.”, afirmou Paes de Barros.
Educação
O economista observou o crescimento elevado da escolaridade no Brasil – apesar da questão ser ainda bastante preocupante no Brasil, pois o país apresenta níveis educacionais inferiores a de países como Peru e Colômbia – e chamou a atenção para a questão da eficiência no uso do dinheiro público na área.
“O Estado não gasta pouco com educação, mas poderia gastar com muito mais eficiência. O governo só pede ajuda quando a situação está desastrosa, ao invés de incentivar a iniciativa privada de forma estratégica e vantajosa para a população”, concluiu.