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Merval Pereira: “É preciso aperfeiçoar o capitalismo”. Assista em mais recente videocast do Imil

Merval Pereira, colunista do jornal “O Globo”, é o especialista da semana no mais recente videocast do Instituto Millenium. O jornalista, que participou do Fórum Econômico Mundial 2012, em Davos, comentou a questão mais abordada no evento: o futuro do capitalismo. Merval acredita na necessidade em aperfeiçoar o sistema e aprofundar as discussões baseadas no lucro e em questões sociais: “O capitalismo não vai acabar e o socialismo não é […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 19h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h34.

Merval Pereira, colunista do jornal “O Globo”, é o especialista da semana no mais recente videocast do Instituto Millenium. O jornalista, que participou do Fórum Econômico Mundial 2012, em Davos, comentou a questão mais abordada no evento: o futuro do capitalismo. Merval acredita na necessidade em aperfeiçoar o sistema e aprofundar as discussões baseadas no lucro e em questões sociais: “O capitalismo não vai acabar e o socialismo não é uma alternativa. Mas precisamos encontrar uma visão mais social do sistema. Ele precisa voltar a ser um regime que produz riqueza e bem estar à população.”

A entrevista também abordou as reformas necessárias para o Brasil avançar em desenvolvimento sócio-econômico. Merval destacou a urgência do país por reformas estruturais que acabam sendo realizadas apenas em momentos de crise, como vem acontecendo na Grécia e em Portugal. As reformas da previdência, tributária e política foram destacas: “Lula escolheu o caminho mais fácil. Agradou a todos e não resolveu questões estrututais. A presidente Dilma retomou a discussão sobre fundos de previdência do serviço público, uma questão importante, abandonada pelo ex-presidente devido às reações negativas dos sindicatos e de sua base eleitoral”, disse.

Ao ser questionado sobre as recentes privatizações dos aeroportos de Viracopos, Brasília e Guarulhos, Merval foi enfático: “O PT quer entrar em uma discussão semântica boba ao destacar as diferenças de privatização e concessão. O governo está abrindo mão de um controle para a iniciativa privada, isso é privatização e tem que ser extendido à outros setores”.

Merval também acredita em uma crise das instituições brasileiras, que definiu como um “quase hiperpresidencialismo”: “Temos um Poder Executivo muito forte, que controla completamente o Legislativo, e um Judiciario como um tênue contraponto, mas com problemas relativos à corrupção”. No entanto, não é pessimista: “A democracia brasileira continua muito forte.”

Confira o videocast

Merval Pereira, colunista do jornal “O Globo”, é o especialista da semana no mais recente videocast do Instituto Millenium. O jornalista, que participou do Fórum Econômico Mundial 2012, em Davos, comentou a questão mais abordada no evento: o futuro do capitalismo. Merval acredita na necessidade em aperfeiçoar o sistema e aprofundar as discussões baseadas no lucro e em questões sociais: “O capitalismo não vai acabar e o socialismo não é uma alternativa. Mas precisamos encontrar uma visão mais social do sistema. Ele precisa voltar a ser um regime que produz riqueza e bem estar à população.”

A entrevista também abordou as reformas necessárias para o Brasil avançar em desenvolvimento sócio-econômico. Merval destacou a urgência do país por reformas estruturais que acabam sendo realizadas apenas em momentos de crise, como vem acontecendo na Grécia e em Portugal. As reformas da previdência, tributária e política foram destacas: “Lula escolheu o caminho mais fácil. Agradou a todos e não resolveu questões estrututais. A presidente Dilma retomou a discussão sobre fundos de previdência do serviço público, uma questão importante, abandonada pelo ex-presidente devido às reações negativas dos sindicatos e de sua base eleitoral”, disse.

Ao ser questionado sobre as recentes privatizações dos aeroportos de Viracopos, Brasília e Guarulhos, Merval foi enfático: “O PT quer entrar em uma discussão semântica boba ao destacar as diferenças de privatização e concessão. O governo está abrindo mão de um controle para a iniciativa privada, isso é privatização e tem que ser extendido à outros setores”.

Merval também acredita em uma crise das instituições brasileiras, que definiu como um “quase hiperpresidencialismo”: “Temos um Poder Executivo muito forte, que controla completamente o Legislativo, e um Judiciario como um tênue contraponto, mas com problemas relativos à corrupção”. No entanto, não é pessimista: “A democracia brasileira continua muito forte.”

Confira o videocast

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