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Mauad: “A concorrência pode reduzir a ineficiência dos Correios”

Fim do monopólio do serviço postal traria benefícios para a população. Ouça!

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institutomillenium

Publicado em 5 de março de 2018 às 10h35.

Prazos longos, entregas extraviadas e frete alto estão entre as reclamações de quem utiliza o serviço dos Correios. O Estado não possui mais recursos para investir na estatal, que acumula dívidas bilionárias e sofre com casos de corrupção, desgaste pela intervenção de interesses políticos, ineficiência e falta de incentivo em sua infraestrutura e tecnologia. No meio deste debate, reacende a proposta de privatizar a empresa. O administrador de empresas João Luiz Mauad, diretor do Instituto Liberal e especialista do Millenium, explicou de que forma age a atuação do poder público dentro de uma instituição e como a privatização traria benefícios ao país. Ouça abaixo!

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Com a hashtag #FreteAbusivoNão, o MercadoLivre iniciou, recentemente, uma campanha contra o aumento no preço das entregas, que passará a valer no dia 6 de março. O assunto foi amplamente debatido pela imprensa e nas redes sociais. Mauad esclarece que o monopólio dos Correios incide apenas no serviço postal, desta forma, o transporte de encomendas pode ser realizado por outras empresas. Entretanto, isso não torna o segmento isento de sofrer interferências. “Sempre existe um pé atrás do empresário em concorrer com uma estatal, porque você nunca sabe como o governo vai interferir para ajudar o ente público”, acrescenta o especialista, salientando que a abertura do mercado e a privatização dos Correios são o caminho ideal para recuperar a situação financeira da empresa e a competitividade no setor, inclusive trazendo melhorias para o aspecto tecnológico, já que a entrega de cartas não é mais tão essencial quanto foi no passado.

Leia mais de João Luiz Mauad
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A hipótese da privatização dos Correios já chegou a ser levantada pelo governo, mas foi descartada neste início de ano. Durante a discussão da situação financeira da empresa, o fundo de pensão da companhia, Postalis, e o Postal Saúde, apontado como uma das maiores causas do déficit anual, também entraram no debate. Outro ponto citado por Maud como prejudicial às contas da estatal é o inchaço na folha de pagamento. “Você tem aumentos de salários totalmente discordantes da realidade. Nos últimos cinco anos, eles foram absurdos. Outra questão é a estabilidade do empregado, que acaba afetando a eficiência, pois ele não vê motivos para se esforçar, diferente da iniciativa privada”.

Prazos longos, entregas extraviadas e frete alto estão entre as reclamações de quem utiliza o serviço dos Correios. O Estado não possui mais recursos para investir na estatal, que acumula dívidas bilionárias e sofre com casos de corrupção, desgaste pela intervenção de interesses políticos, ineficiência e falta de incentivo em sua infraestrutura e tecnologia. No meio deste debate, reacende a proposta de privatizar a empresa. O administrador de empresas João Luiz Mauad, diretor do Instituto Liberal e especialista do Millenium, explicou de que forma age a atuação do poder público dentro de uma instituição e como a privatização traria benefícios ao país. Ouça abaixo!

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Com a hashtag #FreteAbusivoNão, o MercadoLivre iniciou, recentemente, uma campanha contra o aumento no preço das entregas, que passará a valer no dia 6 de março. O assunto foi amplamente debatido pela imprensa e nas redes sociais. Mauad esclarece que o monopólio dos Correios incide apenas no serviço postal, desta forma, o transporte de encomendas pode ser realizado por outras empresas. Entretanto, isso não torna o segmento isento de sofrer interferências. “Sempre existe um pé atrás do empresário em concorrer com uma estatal, porque você nunca sabe como o governo vai interferir para ajudar o ente público”, acrescenta o especialista, salientando que a abertura do mercado e a privatização dos Correios são o caminho ideal para recuperar a situação financeira da empresa e a competitividade no setor, inclusive trazendo melhorias para o aspecto tecnológico, já que a entrega de cartas não é mais tão essencial quanto foi no passado.

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