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Má utilização de verbas da saúde pública coloca a criação da nova CPMF em xeque

O mesmo governo que alega falta de recursos e defende a criação de um novo imposto como única alternativa para salvar os hospitais da rede pública, reservou 143 milhões de reais do orçamento de 2011 para a construção de duas mil academias da saúde. Segundo a lei, os recursos do Piso Nacional de Saúde, que este ano somam 71,5 bilhões de reais, deveriam ser empregados apenas na Saúde Pública. Fruto […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 21h22.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h48.

O mesmo governo que alega falta de recursos e defende a criação de um novo imposto como única alternativa para salvar os hospitais da rede pública, reservou 143 milhões de reais do orçamento de 2011 para a construção de duas mil academias da saúde. Segundo a lei, os recursos do Piso Nacional de Saúde, que este ano somam 71,5 bilhões de reais, deveriam ser empregados apenas na Saúde Pública.

Fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e as prefeituras, as academias de saúde oferecem atividades físicas, esporte, cultura e lazer. Segundo o Governo Federal, os espaços são importantes para a prevenção de doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

O médico Gilson Carvalho, especialista em saúde pública, é contra os investimentos nas academias. “Gastos com serviços próprios de saúde com o funcionário é um gasto, além de imoral, ilegal”.

O Ministério da Saúde também é responsável por metade dos gastos dos hospitais universitários. Antes do decreto assinado pelo presidente Lula, em 2010, tais centros eram vinculados apenas ao Ministério da Educação. Em 2011, foram gastos 500 milhões de reais na reestruturação desses hospitais.

Outro fator que compromete grande parte dos recursos da saúde são os gastos administrativos como assistência médica e odontológica aos funcionários da área e aos seus dependentes (R$ 212,8 milhões), auxílio-alimentação (R$ 230 milhões), auxílio transporte (R$ 50, 9 milhões) e assistência pré-escolar (R$ 5,97 milhões).

Fonte: O Globo, 11/10/2011.

Saiba mais: No Millenium em Revista, o podcast do Instituto Millenium, o consultor econômico Raul Velloso critica a proposta de criação de  um novo imposto para a área da saúde. Ouça aqui.

O mesmo governo que alega falta de recursos e defende a criação de um novo imposto como única alternativa para salvar os hospitais da rede pública, reservou 143 milhões de reais do orçamento de 2011 para a construção de duas mil academias da saúde. Segundo a lei, os recursos do Piso Nacional de Saúde, que este ano somam 71,5 bilhões de reais, deveriam ser empregados apenas na Saúde Pública.

Fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e as prefeituras, as academias de saúde oferecem atividades físicas, esporte, cultura e lazer. Segundo o Governo Federal, os espaços são importantes para a prevenção de doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

O médico Gilson Carvalho, especialista em saúde pública, é contra os investimentos nas academias. “Gastos com serviços próprios de saúde com o funcionário é um gasto, além de imoral, ilegal”.

O Ministério da Saúde também é responsável por metade dos gastos dos hospitais universitários. Antes do decreto assinado pelo presidente Lula, em 2010, tais centros eram vinculados apenas ao Ministério da Educação. Em 2011, foram gastos 500 milhões de reais na reestruturação desses hospitais.

Outro fator que compromete grande parte dos recursos da saúde são os gastos administrativos como assistência médica e odontológica aos funcionários da área e aos seus dependentes (R$ 212,8 milhões), auxílio-alimentação (R$ 230 milhões), auxílio transporte (R$ 50, 9 milhões) e assistência pré-escolar (R$ 5,97 milhões).

Fonte: O Globo, 11/10/2011.

Saiba mais: No Millenium em Revista, o podcast do Instituto Millenium, o consultor econômico Raul Velloso critica a proposta de criação de  um novo imposto para a área da saúde. Ouça aqui.

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