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Luiz Felipe D’Ávila fala sobre a carência de lideranças comprometidas com reformas

A crise de representatividade, materializada nas manifestações de junho de 2013, promete ser um desafio para as eleições de 2014. A falta de candidatos comprometidos com as reformas política, fiscal, da educação, da segurança e da saúde ampliam as incertezas sobre o pleito. A imprevisibilidade das eleições foi tema de uma reportagem publicada na última edição impressa da revista “The Economist”. Luiz Felipe D’Ávila, diretor presidente do Centro de Liderança […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 11h58.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h39.

Luiz Felipe D’Ávila

A crise de representatividade, materializada nas manifestações de junho de 2013, promete ser um desafio para as eleições de 2014. A falta de candidatos comprometidos com as reformas política, fiscal, da educação, da segurança e da saúde ampliam as incertezas sobre o pleito. A imprevisibilidade das eleições foi tema de uma reportagem publicada na última edição impressa da revista “The Economist”.

Luiz Felipe D’Ávila, diretor presidente do Centro de Liderança Pública (CLP) e especialista do Instituto Millenium, confirma a ausência de líderes no cenário nacional, mas chama atenção para governantes com gestões satisfatórias em alguns estados e municípios brasileiros. Nesta entrevista, ele defende o voto distrital como o principal ponto da reforma política. “Precisamos de candidatos que respondam diretamente aos seus eleitores”, afirma. Leia:

Instituto Millenium: Faltam líderes no Brasil? Por quê?

Luiz Felipe D’Ávila: É difícil generalizar, mas acho que há uma carência de lideranças comprometidas com as mudanças de comportamento e cultura necessárias para a aprovação das reformas estruturais. No cenário nacional, especificamente, não temos líderes políticos comprometidos com as mudanças, que exigem lidar com impopularidade e com insatisfação momentânea das pessoas. Algumas das transformações necessárias são conhecidas, caso das reformas trabalhista, previdenciária e fiscal. São questões que mexem com a estrutura de poder dos governadores, com direitos adquiridos de aposentados e trabalhadores. As lideranças atuais acabam evitando esses temas porque temem a perda de votos.

Imil: Qual é o impacto da falta de lideranças comprometidas com as reformas estruturais para a política nacional?

D’Ávila: A corrosão lenta e gradual das instituições. A médio e longo prazo isso acaba colocando em risco a própria credibilidade do sistema democrático. As pessoas começam a questionar a utilidade do Congresso, da votação etc. Então começa a haver uma ameaça no núcleo central da democracia. Portanto, é fundamental que o Brasil recupere essa agenda de reformas para, inclusive, resgatar o prestígio e a credibilidade das instituições democráticas.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA

Luiz Felipe D’Ávila

A crise de representatividade, materializada nas manifestações de junho de 2013, promete ser um desafio para as eleições de 2014. A falta de candidatos comprometidos com as reformas política, fiscal, da educação, da segurança e da saúde ampliam as incertezas sobre o pleito. A imprevisibilidade das eleições foi tema de uma reportagem publicada na última edição impressa da revista “The Economist”.

Luiz Felipe D’Ávila, diretor presidente do Centro de Liderança Pública (CLP) e especialista do Instituto Millenium, confirma a ausência de líderes no cenário nacional, mas chama atenção para governantes com gestões satisfatórias em alguns estados e municípios brasileiros. Nesta entrevista, ele defende o voto distrital como o principal ponto da reforma política. “Precisamos de candidatos que respondam diretamente aos seus eleitores”, afirma. Leia:

Instituto Millenium: Faltam líderes no Brasil? Por quê?

Luiz Felipe D’Ávila: É difícil generalizar, mas acho que há uma carência de lideranças comprometidas com as mudanças de comportamento e cultura necessárias para a aprovação das reformas estruturais. No cenário nacional, especificamente, não temos líderes políticos comprometidos com as mudanças, que exigem lidar com impopularidade e com insatisfação momentânea das pessoas. Algumas das transformações necessárias são conhecidas, caso das reformas trabalhista, previdenciária e fiscal. São questões que mexem com a estrutura de poder dos governadores, com direitos adquiridos de aposentados e trabalhadores. As lideranças atuais acabam evitando esses temas porque temem a perda de votos.

Imil: Qual é o impacto da falta de lideranças comprometidas com as reformas estruturais para a política nacional?

D’Ávila: A corrosão lenta e gradual das instituições. A médio e longo prazo isso acaba colocando em risco a própria credibilidade do sistema democrático. As pessoas começam a questionar a utilidade do Congresso, da votação etc. Então começa a haver uma ameaça no núcleo central da democracia. Portanto, é fundamental que o Brasil recupere essa agenda de reformas para, inclusive, resgatar o prestígio e a credibilidade das instituições democráticas.

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