Exame Logo

Leis raciais no STF: a terceira via

O blog “No Race Br” reproduziu artigo de José Roberto Militão sobre leis raciais, onde o advogado comenta a audiência pública no STF ocorrida em março e justifica o porquê de seu voto pela adoção de cotas sociais sem considerar diferenças étnicas: “Nos últimos anos, o debate sobre políticas públicas em bases raciais ficou maniqueísta: ser, simplesmente, contrário ou favorável à ‘raça’ em políticas públicas, não é condizente para a […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2010 às 15h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h52.

O blog “No Race Br” reproduziu artigo de José Roberto Militão sobre leis raciais, onde o advogado comenta a audiência pública no STF ocorrida em março e justifica o porquê de seu voto pela adoção de cotas sociais sem considerar diferenças étnicas:

“Nos últimos anos, o debate sobre políticas públicas em bases raciais ficou maniqueísta: ser, simplesmente, contrário ou favorável à ‘raça’ em políticas públicas, não é condizente para a realidade brasileira. Desconsidera-se que é possível adotar ação afirmativa sem cotas de segregação. A flagrante desigualdade social entre brancos e pretos/ pardos; as discriminações raciais ainda recorrentes e a antiga cultura do racismo ainda permeiam a sociedade. Diante de tal realidade factual, exige-se, pois, a atuação ativa do estado, porém, não pode faze-lo legitimando a divisão dos humanos, em raças distintas, pois isso produzirá ainda mais racismo, semente de conflitos raciais. Se o estado legislar sobre direitos raciais, a ‘raça’ deixará de ser crença e passa a ser fato jurídico relevante na vida de pretos e de brancos. É preciso que estejamos conscientes que nesse tema, estaremos definindo, através da mais alta Corte, qual o ambiente social das gerações futuras. Entregaremos uma sociedade com identidade jurídica racial, ou não.”

Leia na íntegra aqui.

O blog “No Race Br” reproduziu artigo de José Roberto Militão sobre leis raciais, onde o advogado comenta a audiência pública no STF ocorrida em março e justifica o porquê de seu voto pela adoção de cotas sociais sem considerar diferenças étnicas:

“Nos últimos anos, o debate sobre políticas públicas em bases raciais ficou maniqueísta: ser, simplesmente, contrário ou favorável à ‘raça’ em políticas públicas, não é condizente para a realidade brasileira. Desconsidera-se que é possível adotar ação afirmativa sem cotas de segregação. A flagrante desigualdade social entre brancos e pretos/ pardos; as discriminações raciais ainda recorrentes e a antiga cultura do racismo ainda permeiam a sociedade. Diante de tal realidade factual, exige-se, pois, a atuação ativa do estado, porém, não pode faze-lo legitimando a divisão dos humanos, em raças distintas, pois isso produzirá ainda mais racismo, semente de conflitos raciais. Se o estado legislar sobre direitos raciais, a ‘raça’ deixará de ser crença e passa a ser fato jurídico relevante na vida de pretos e de brancos. É preciso que estejamos conscientes que nesse tema, estaremos definindo, através da mais alta Corte, qual o ambiente social das gerações futuras. Entregaremos uma sociedade com identidade jurídica racial, ou não.”

Leia na íntegra aqui.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se