Governo iraniano fazendo a cabeça da população
O que vem acontecendo no Irã é um exemplo do ponto a que pode chegar a intervenção do Estado na vida do cidadão. Confira a notícia publicada no “O Globo” em 7 de julho: Governo iraniano publica guia contendo lista de cortes de cabelo masculinos permitidos Na capital iraniana, é comum se deparar com grupos de jovens exibindo penteados extravagantes num claro ato de rebeldia contra um governo que proíbe […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2010 às 12h21.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h39.
O que vem acontecendo no Irã é um exemplo do ponto a que pode chegar a intervenção do Estado na vida do cidadão. Confira a notícia publicada no “O Globo” em 7 de julho:
Governo iraniano publica guia contendo lista de cortes de cabelo masculinos permitidos
Na capital iraniana, é comum se deparar com grupos de jovens exibindo penteados extravagantes num claro ato de rebeldia contra um governo que proíbe desde o namoro em público a música pop. Mas essa realidade pode estar com os dias contados. Com as iranianas já sendo obrigadas a cobrir suas cabeças com véus e seguir um estrito código de vestuário – não raramente desrespeitado – o governo iraniano se atém agora à aparência dos homens do país. Ou melhor, a seus cabelos.
O Ministério da Cultura e Orientação Islâmica publicou um guia contendo uma lista de cortes de cabelo permitidos aos iranianos, e considerados dentro da decência islâmica. Na seleção, nada de rabos de cavalo ou cabelo comprido. Cabelos curtinhos e bem aparados serão os preferidos, mas há espaço também para longas costeletas e um topete ao estilo de Elvis Presley.
– É assim que lutaremos contra a invasão da cultura ocidental – afirmou Jaleh Khodayar, secretária do Festival da Vestimenta Islâmica e da Castidade, onde os cortes serão exibidos.
A questão da aparência tem se tornado um assunto cada vez mais político desde os protestos causados pela reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad no ano passado. No entanto, são os aiatolás conservadores – e não o presidente – a defender uma intervenção do governo no código de vestuário de seus cidadãos. Antes de ser eleito pela primeira vez, em 2005, Ahmadinejad afirmou que não se intrometeria nesse tipo de questão.
O que vem acontecendo no Irã é um exemplo do ponto a que pode chegar a intervenção do Estado na vida do cidadão. Confira a notícia publicada no “O Globo” em 7 de julho:
Governo iraniano publica guia contendo lista de cortes de cabelo masculinos permitidos
Na capital iraniana, é comum se deparar com grupos de jovens exibindo penteados extravagantes num claro ato de rebeldia contra um governo que proíbe desde o namoro em público a música pop. Mas essa realidade pode estar com os dias contados. Com as iranianas já sendo obrigadas a cobrir suas cabeças com véus e seguir um estrito código de vestuário – não raramente desrespeitado – o governo iraniano se atém agora à aparência dos homens do país. Ou melhor, a seus cabelos.
O Ministério da Cultura e Orientação Islâmica publicou um guia contendo uma lista de cortes de cabelo permitidos aos iranianos, e considerados dentro da decência islâmica. Na seleção, nada de rabos de cavalo ou cabelo comprido. Cabelos curtinhos e bem aparados serão os preferidos, mas há espaço também para longas costeletas e um topete ao estilo de Elvis Presley.
– É assim que lutaremos contra a invasão da cultura ocidental – afirmou Jaleh Khodayar, secretária do Festival da Vestimenta Islâmica e da Castidade, onde os cortes serão exibidos.
A questão da aparência tem se tornado um assunto cada vez mais político desde os protestos causados pela reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad no ano passado. No entanto, são os aiatolás conservadores – e não o presidente – a defender uma intervenção do governo no código de vestuário de seus cidadãos. Antes de ser eleito pela primeira vez, em 2005, Ahmadinejad afirmou que não se intrometeria nesse tipo de questão.