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Eugênio Bucci: “A morte de um jornalista indica um nível inaceitável de intolerância”

O ano de 2012 começou mal para a liberdade de imprensa no Brasil. Só em fevereiro, foram registrados os assassinatos dos jornalistas Mario Randolfo Marques Lopes, ocorrido na quinta-feira (9), em Barra do Piraí (RJ), e Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, nesta segunda-feira (13), em Ponta Porá (MS). O motivo do assassinato de Mario Lopes, de 50 anos, teriam sido as críticas a personalidades influentes da região de Vassouras publicadas no […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 17h44.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h35.

O ano de 2012 começou mal para a liberdade de imprensa no Brasil. Só em fevereiro, foram registrados os assassinatos dos jornalistas Mario Randolfo Marques Lopes, ocorrido na quinta-feira (9), em Barra do Piraí (RJ), e Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, nesta segunda-feira (13), em Ponta Porá (MS).

O motivo do assassinato de Mario Lopes, de 50 anos, teriam sido as críticas a personalidades influentes da região de Vassouras publicadas no site “Vassouras na Net”. Já a morte de Paulo Rodrigues teria sido motivada por questões políticas, segundo os agentes da polícia.

Eugênio Bucci, especialista do Instituto Millenium e professor da ECA-USP e da ESPM, afirmou que a morte de um jornalista tem uma significação específica. “A morte de um jornalista indica um nível inaceitável de intolerância, indica que há grupos humanos que se sentem tacitamente autorizados a suprimir uma vida para beneficiar interesses menores.”

Bucci ressaltou o caráter anti-democrático dos casos de desrespeito a liberdade de imprensa, que, segundo ele, representam uma “deficiência da ordem democrática”.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) exige do Ministério da Justiça iniciativas para reforço das investigações e rápida apuração das responsabilidades por tais crimes. Diante dos recentes casos de violência contra jornalistas, a entidade pressiona o Congresso pela rápida aprovação do Projeto de Lei que propõe a federalização da apuração de crimes contra jornalistas.

Para o jornalista Eugênio Bucci, todas as medidas e tentativas de proteção “daqueles que trabalham para informar o cidadão” devem ser bem acolhidas.

Outro caso de desrespeito à categoria, foram as ameaças sofridas pela repórter Cleide Carvalho, do Globo, após a publicação de uma reportagem sobre o tráfico de jovens das regiões Norte e Nordeste por uma rede de exploração sexual em São Paulo. Em 2011, o Brasil apareceu com um dos países com mais casos de assassinatos de jornalistas no Relatório “ Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil ”.

O ano de 2012 começou mal para a liberdade de imprensa no Brasil. Só em fevereiro, foram registrados os assassinatos dos jornalistas Mario Randolfo Marques Lopes, ocorrido na quinta-feira (9), em Barra do Piraí (RJ), e Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, nesta segunda-feira (13), em Ponta Porá (MS).

O motivo do assassinato de Mario Lopes, de 50 anos, teriam sido as críticas a personalidades influentes da região de Vassouras publicadas no site “Vassouras na Net”. Já a morte de Paulo Rodrigues teria sido motivada por questões políticas, segundo os agentes da polícia.

Eugênio Bucci, especialista do Instituto Millenium e professor da ECA-USP e da ESPM, afirmou que a morte de um jornalista tem uma significação específica. “A morte de um jornalista indica um nível inaceitável de intolerância, indica que há grupos humanos que se sentem tacitamente autorizados a suprimir uma vida para beneficiar interesses menores.”

Bucci ressaltou o caráter anti-democrático dos casos de desrespeito a liberdade de imprensa, que, segundo ele, representam uma “deficiência da ordem democrática”.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) exige do Ministério da Justiça iniciativas para reforço das investigações e rápida apuração das responsabilidades por tais crimes. Diante dos recentes casos de violência contra jornalistas, a entidade pressiona o Congresso pela rápida aprovação do Projeto de Lei que propõe a federalização da apuração de crimes contra jornalistas.

Para o jornalista Eugênio Bucci, todas as medidas e tentativas de proteção “daqueles que trabalham para informar o cidadão” devem ser bem acolhidas.

Outro caso de desrespeito à categoria, foram as ameaças sofridas pela repórter Cleide Carvalho, do Globo, após a publicação de uma reportagem sobre o tráfico de jovens das regiões Norte e Nordeste por uma rede de exploração sexual em São Paulo. Em 2011, o Brasil apareceu com um dos países com mais casos de assassinatos de jornalistas no Relatório “ Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil ”.

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