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Especialistas analisam a articulação do crime organizado no país

O Ministério Público do Estado de São Paulo descobriu recentemente que, desde 2011, o Primeiro Comando da Capital (PCC) planejava atacar autoridades, incluindo o governador paulista Geraldo Alckmin. Além disso, o MP-SP teve acesso a documentos com as transcrições dos áudios que comprovam o envolvimento de policiais civis e militares com a facção criminosa. O cientista político e coordenador do Programa de Pesquisa em Segurança e Criminalidade do Núcleo de […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 12h55.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h46.

O Ministério Público do Estado de São Paulo descobriu recentemente que, desde 2011, o Primeiro Comando da Capital (PCC) planejava atacar autoridades, incluindo o governador paulista Geraldo Alckmin. Além disso, o MP-SP teve acesso a documentos com as transcrições dos áudios que comprovam o envolvimento de policiais civis e militares com a facção criminosa.

Leandro Piquet

O cientista político e coordenador do Programa de Pesquisa em Segurança e Criminalidade do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), Leandro Piquet, observa que os integrantes do PCC contam com uma estrutura de rede, se articulando dentro e fora dos presídios. “Não observamos uma hierarquia orientando as atividades. Na verdade, os integrantes do PCC se reúnem para realizar ações, como roubo a bancos e cargas, com o mesmo modus operandi”, analisa.

Piquet comenta que, desde 2006, quando houve a rebelião no antigo presídio de Carandiru, homônimo ao bairro na zona norte de São Paulo, as forças policiais convivem com ondas de ataques violentos a postos e integrantes das corporações. O objetivo dessas ações, segundo ele, é pressionar as polícias, o sistema penitenciário e a justiça por meio de cooptação e intimidação, situações que implicam no funcionamento das instituições.

“Como podem investigar e julgar crimes, quando cooptados pelo crime? A intimidação também gera dinâmicas muito negativas. A polícia, por exemplo, reage de forma muito violenta ou impedida de entrar nas áreas em que o crime organizado é articulado, de tal forma que limita as ações de policiamento e o atendimento a chamadas. Nas prisões, o crime organizado determina regras e prejudica presos não articulados com o grupo”, analisa.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA

O Ministério Público do Estado de São Paulo descobriu recentemente que, desde 2011, o Primeiro Comando da Capital (PCC) planejava atacar autoridades, incluindo o governador paulista Geraldo Alckmin. Além disso, o MP-SP teve acesso a documentos com as transcrições dos áudios que comprovam o envolvimento de policiais civis e militares com a facção criminosa.

Leandro Piquet

O cientista político e coordenador do Programa de Pesquisa em Segurança e Criminalidade do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), Leandro Piquet, observa que os integrantes do PCC contam com uma estrutura de rede, se articulando dentro e fora dos presídios. “Não observamos uma hierarquia orientando as atividades. Na verdade, os integrantes do PCC se reúnem para realizar ações, como roubo a bancos e cargas, com o mesmo modus operandi”, analisa.

Piquet comenta que, desde 2006, quando houve a rebelião no antigo presídio de Carandiru, homônimo ao bairro na zona norte de São Paulo, as forças policiais convivem com ondas de ataques violentos a postos e integrantes das corporações. O objetivo dessas ações, segundo ele, é pressionar as polícias, o sistema penitenciário e a justiça por meio de cooptação e intimidação, situações que implicam no funcionamento das instituições.

“Como podem investigar e julgar crimes, quando cooptados pelo crime? A intimidação também gera dinâmicas muito negativas. A polícia, por exemplo, reage de forma muito violenta ou impedida de entrar nas áreas em que o crime organizado é articulado, de tal forma que limita as ações de policiamento e o atendimento a chamadas. Nas prisões, o crime organizado determina regras e prejudica presos não articulados com o grupo”, analisa.

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