Cientista político, Luiz Felipe D’Ávila afirma que no Brasil: “A corrupção é um sintoma que indica a doença, não a causa”
A falta de um censo de urgência para combater a corrupção é um grave sinal da doença que o Brasil vive. A “patologia” estaria na letargia, na falta de ação e não na corrupção em si, que seria um sintoma. A opinião do cientista político Luiz Felipe D’Ávila impactou o auditório que acompanhou os debates do “Fórum Ideias em Movimento”, em São Paulo. O Instituto Millenium entrevistou D’Ávila sobre o tema procurando manter aceso […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2012 às 14h38.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h24.
A falta de um censo de urgência para combater a corrupção é um grave sinal da doença que o Brasil vive. A “patologia” estaria na letargia, na falta de ação e não na corrupção em si, que seria um sintoma. A opinião do cientista político Luiz Felipe D’Ávila impactou o auditório que acompanhou os debates do “Fórum Ideias em Movimento”, em São Paulo.
O Instituto Millenium entrevistou D’Ávila sobre o tema procurando manter aceso o debate sobre o problema que prejudica o país em vários níveis: “ A nossa incapacidade de inovar, diversificar e transformar conhecimento em negócio é certamente um indício de que a corrupção vem prejudicando enormemente o crescimento econômico no Brasil.”, alerta nosso especialista.
Instituto Millenium: No “Fórum Ideias em Movimento” o senhor afirma que a corrupção é um sintoma, não a doença…
Luiz Felipe D’Ávila: A corrupção é um sintoma que indica a doença, não a causa. Quais são os sintomas de um sistema corrupto? O mau funcionamento das instituições, que dependem muito do poder arbitrário do líder para fazer com que funcionem; o cerceamento da liberdade, é difícil a liberdade prosperar onde a corrupção é endêmica; e o baixo índice de crescimento econômico.
A mistura dos ingredientes causa o que chamamos de “failed state”, o estado falido, que se configura quando o governo não consegue assegurar o básico: segurança e paz interna; como é o caso da Somália hoje.
A falta de um censo de urgência para combater a corrupção é um grave sinal da doença que o Brasil vive. A “patologia” estaria na letargia, na falta de ação e não na corrupção em si, que seria um sintoma. A opinião do cientista político Luiz Felipe D’Ávila impactou o auditório que acompanhou os debates do “Fórum Ideias em Movimento”, em São Paulo.
O Instituto Millenium entrevistou D’Ávila sobre o tema procurando manter aceso o debate sobre o problema que prejudica o país em vários níveis: “ A nossa incapacidade de inovar, diversificar e transformar conhecimento em negócio é certamente um indício de que a corrupção vem prejudicando enormemente o crescimento econômico no Brasil.”, alerta nosso especialista.
Instituto Millenium: No “Fórum Ideias em Movimento” o senhor afirma que a corrupção é um sintoma, não a doença…
Luiz Felipe D’Ávila: A corrupção é um sintoma que indica a doença, não a causa. Quais são os sintomas de um sistema corrupto? O mau funcionamento das instituições, que dependem muito do poder arbitrário do líder para fazer com que funcionem; o cerceamento da liberdade, é difícil a liberdade prosperar onde a corrupção é endêmica; e o baixo índice de crescimento econômico.
A mistura dos ingredientes causa o que chamamos de “failed state”, o estado falido, que se configura quando o governo não consegue assegurar o básico: segurança e paz interna; como é o caso da Somália hoje.