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Infratech: O potencial da inovação e das novas tecnologias no setor de infraestrutura

Como a inovação e as novas tecnologias vem transformado e abrindo novas fronteiras no setor de infraestrutura

Infraestrutura: A tendência é que o papel de inovação e de tecnologia ganhe mais e mais espaço no setor de infraestrutura (PM Images/Getty Images)

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 10h09.

Última atualização em 4 de outubro de 2023 às 16h22.

Infraestrutura talvez não seja um tema que muitas pessoas associem a startups. Pontes e encanamentos podem parecer tecnologia antiga, sem muito em comum com aplicativos e inteligência artificial.

No entanto, o infra2038 acredita que essa perspectiva deve ser superada . Infraestrutura pode e deve ser associada com tecnologia de ponta.

A tendência é que o papel de inovação e de tecnologia ganhe mais e mais espaço no setor de infraestrutura. Um estudo da McKinsey  de 2013 afirmou que é possível economizar um trilhão de dólares por ano com medidas de melhoria de produtividade no setor, o que abriria mais espaço para outros investimentos tão necessários. É o caso de medidas como optimização de critérios de seleção de projetos, aceleração dos processos de aprovação e construção e melhor uso de ativos existentes.

Desde então, o potencial de inovação para aprimoramento da provisão de infraestrutura tem ficado progressivamente mais claro. Novas tecnologias e plataformas têm avançado e oferecido novas possibilidades de análise e gestão. Sensores e aplicativos celulares têm expandido a capacidade de coletar dados de usuários e desempenho em tempo real, e a inteligência artificial tem permitido realizar análises e tomar decisões complexas em questão de segundos e a uma fração do custo.

Nesta linha, pense no potencial gerado por dados de localização de celulares, que permitem mapear quem passou por uma área ou mapear em tempo real, por exemplo, qual o perfil da população que está usando o transporte público. Vinte anos atrás, esse tipo de informação estava muito além do alcance das agências de inteligência mais poderosas do planeta. Hoje, pode ser obtido a baixo custo mesmo por países com recursos restritos. E pode ser a base para orientar a construção de uma rodovia, uma estação de metrô ou um projeto de desenvolvimento imobiliário.

Nesta série de textos, iremos discutir o potencial de Infratech , tecnologias que afetam a provisão de infraestrutura. O foco será em ilustrar casos concretos e possibilidades de inovação.

Ao longo dos textos discutiremos três oportunidades geradas por Infratech :

Nos próximos textos, iremos explorar essas possibilidades em quatro setores: transportes, saneamento, energia e mobilidade urbana. Ao fim, concluiremos com uma discussão sobre o que governos devem fazer para recepcionar e promover iniciativas de Infratech .

Começamos então com transportes. Como Infratech pode mudar rodovias e ferrovias? É o que exploraremos no próximo texto .

Reinaldo Fioravanti , é especialista principal na Divisão de Transportes do BID, responsável pela estruturação de grandes projetos de infraestrutura e assessoria a governos no desenho e implementação de políticas públicas. Lidera grupos de trabalho nas áreas de logística, infratech , aviação e mobilidade urbana, entre outros. Possui mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard e em Supply Chain Management pelo Massachusetts Institute of Technology/ZLC Espanha; e doutorado em Engenharia de Transportes pela Universidade Estadual de Campinas.

Breno Zaban , CFA, é advogado. Doutor em direito (UnB), mestre em administração de negócios (INSEAD) e mestre em administração pública (Harvard)

O grupo Infra 2038 é um movimento sem fins lucrativos iniciado em 2017, formado por mais de 100 pessoas físicas com grande experiência no setor de infraestrutura. O grupo é movido pela crença que o país precisa avançar fortemente em sua infraestrutura para garantir um aumento de produtividade que, por sua vez, trará ao Brasil uma maior competitividade internacional. Saiba mais aqui

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Infraestrutura talvez não seja um tema que muitas pessoas associem a startups. Pontes e encanamentos podem parecer tecnologia antiga, sem muito em comum com aplicativos e inteligência artificial.

No entanto, o infra2038 acredita que essa perspectiva deve ser superada . Infraestrutura pode e deve ser associada com tecnologia de ponta.

A tendência é que o papel de inovação e de tecnologia ganhe mais e mais espaço no setor de infraestrutura. Um estudo da McKinsey  de 2013 afirmou que é possível economizar um trilhão de dólares por ano com medidas de melhoria de produtividade no setor, o que abriria mais espaço para outros investimentos tão necessários. É o caso de medidas como optimização de critérios de seleção de projetos, aceleração dos processos de aprovação e construção e melhor uso de ativos existentes.

Desde então, o potencial de inovação para aprimoramento da provisão de infraestrutura tem ficado progressivamente mais claro. Novas tecnologias e plataformas têm avançado e oferecido novas possibilidades de análise e gestão. Sensores e aplicativos celulares têm expandido a capacidade de coletar dados de usuários e desempenho em tempo real, e a inteligência artificial tem permitido realizar análises e tomar decisões complexas em questão de segundos e a uma fração do custo.

Nesta linha, pense no potencial gerado por dados de localização de celulares, que permitem mapear quem passou por uma área ou mapear em tempo real, por exemplo, qual o perfil da população que está usando o transporte público. Vinte anos atrás, esse tipo de informação estava muito além do alcance das agências de inteligência mais poderosas do planeta. Hoje, pode ser obtido a baixo custo mesmo por países com recursos restritos. E pode ser a base para orientar a construção de uma rodovia, uma estação de metrô ou um projeto de desenvolvimento imobiliário.

Nesta série de textos, iremos discutir o potencial de Infratech , tecnologias que afetam a provisão de infraestrutura. O foco será em ilustrar casos concretos e possibilidades de inovação.

Ao longo dos textos discutiremos três oportunidades geradas por Infratech :

Nos próximos textos, iremos explorar essas possibilidades em quatro setores: transportes, saneamento, energia e mobilidade urbana. Ao fim, concluiremos com uma discussão sobre o que governos devem fazer para recepcionar e promover iniciativas de Infratech .

Começamos então com transportes. Como Infratech pode mudar rodovias e ferrovias? É o que exploraremos no próximo texto .

Reinaldo Fioravanti , é especialista principal na Divisão de Transportes do BID, responsável pela estruturação de grandes projetos de infraestrutura e assessoria a governos no desenho e implementação de políticas públicas. Lidera grupos de trabalho nas áreas de logística, infratech , aviação e mobilidade urbana, entre outros. Possui mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard e em Supply Chain Management pelo Massachusetts Institute of Technology/ZLC Espanha; e doutorado em Engenharia de Transportes pela Universidade Estadual de Campinas.

Breno Zaban , CFA, é advogado. Doutor em direito (UnB), mestre em administração de negócios (INSEAD) e mestre em administração pública (Harvard)

O grupo Infra 2038 é um movimento sem fins lucrativos iniciado em 2017, formado por mais de 100 pessoas físicas com grande experiência no setor de infraestrutura. O grupo é movido pela crença que o país precisa avançar fortemente em sua infraestrutura para garantir um aumento de produtividade que, por sua vez, trará ao Brasil uma maior competitividade internacional. Saiba mais aqui

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