O Mercado por Elas: uma mulher à frente da expansão
Andréa Oliveira é diretora da Marquise Incorporações e conta os planos de crescimento da empresa do Ceará no maior mercado do país, em São Paulo
Marcelo Sakate
Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 07h15.
O mercado imobiliário foi um dos setores de maior destaque e crescimento durante a pandemia. Depois de 50.000 imóveis novos vendidos em 2019 apenas na capital paulistana, em 2020, primeiro ano do avanço do coronavírus, o setor comercializou 60.000 unidades residenciais. E finalizou 2021 com a marca de 65.000 unidades negociadas.
Com tamanha atratividade, empresas que ainda não participam da cena paulistana voltaram os holofotes para a cidade, que avança em ritmo acelerado na verticalização, com o número de apartamento (1.375.884) tendendo a superar o de casas (1.376.726) muito em breve.
A Marquise Incorporações tomou a decisão de expandir sua atuação para além das fronteiras do Ceará neste período. Andréa Oliveira iniciou sua carreira há dezoito anos no grupo como engenheira de projetos e hoje ocupa o cargo de diretora.
Andréa conversou com exclusividade para o Mercado por Elas sobre a tomada de decisão e os próximos passos na expansão da operação:
Como foi a decisão de expansão e a chegada na principal capital do país?
O Grupo Marquise foi fundado há 47 anos e tem atuação nacional em diversos segmentos, como o ambiental e de infraestrutura. Recentemente, o grupo fez um movimento de renovação de sua marca, em coerência com um momento de transformações internas da empresa.
Cada um dos negócios em que atua vem se reposicionando e, no caso da Marquise Incorporações, o novo direcionamento se dá com a expansão dos negócios para São Paulo.
Gostamos de falar que internamente a Marquise Incorporações foi em busca de um desafio do nosso tamanho: consolidar nossa marca na praça mais representativa do mercado imobiliário. Prevemos lançar, até o fim deste ano, 1,6 bilhão de reais, incluindo o Residencial Park View, na Vila Nova Conceição, nosso primeiro lançamento em São Paulo.
Quais desafios e oportunidades você enxerga para o ano e o próximo ciclo do setor?
Como desafio, enxergo a mão-de-obra especializada. Por causa do mercado aquecido, que vem desde 2019 para cá -- São Paulo, por exemplo, é um grande canteiro de obras --, estamos percebendo a falta de mão-de-obra especializada. Há dificuldade em recrutar, treinar e reter a equipe.
Como oportunidade, temos a de desenvolver empreendimentos que atendam às necessidades desse “novo normal”. São necessidades que foram percebidas ao longo da pandemia. Seja por localização ou por produto, com moradia perto do trabalho, integração com a natureza, condições para trabalhar em casa adaptada ao home office, varanda gourmet, coworking e delivery room.
Como vocês pensam no mix de produtos e qual é a aposta de tendência para o mercado residencial?
Tudo começa com um bom terreno. Estamos sempre em busca das melhores localizações -- bairros com grande diversidade de comércio, com conveniências e serviços --, pensando na valorização do imóvel para nossos clientes.
A concepção do produto é feita com suporte de pesquisas e inteligência de mercado. Um dos nossos diferenciais é proporcionar um conceito de projeto conectado às principais tendências e inovações, sobretudo para agregar valor e melhor qualidade de vida.
Buscamos parcerias com arquitetos renomados nacionais e até internacionais, em busca de projetos com altíssimo padrão com fachadas contemporâneas e áreas comuns sofisticadas.
Qual é a aposta de tendência para o mercado residencial?
Observamos como drivers de crescimento novos públicos do mercado imobiliário: a família que não compra mais excesso de áreas nos imóveis, que preza pela sustentabilidade; que tem pets com alto valor emocional... é preciso ficarmos cada vez mais atentos a esses novos perfis de compradores.
Acreditamos também que os projetos seguirão cada vez mais a tendência da integração com a natureza, com áreas verdes bem valorizadas.
Outro ponto são os empreendimentos de segunda moradia. Antes destinados apenas para o lazer, hoje são vistos como um investimento até para uma moradia definitiva.
O Grupo Marquise atua em diversas áreas além da imobiliária. Como essas atuações se conversam e como pensam a pauta ESG no grupo? E na construtora especificamente?
O Grupo Marquise cresceu e diversificou seus negócios ancorado em valores que se consolidaram ao longo dos seus 47 anos de história:
- respeito nas relações
- compromisso com a qualidade
- foco no resultado
- coragem de empreender com ousadia e responsabilidade.
A pauta ESG sempre esteve presente em nossas atividades antes mesmo de a sigla existir. Um dos principais negócios do grupo, a Marquise Ambiental, é referência nacional em gestão e transformação de resíduos sólidos, com foco total em sustentabilidade.
O Grupo Marquise também exerce sua cidadania por meio de uma série de ações. Uma delas é o Programa Ecocidadão, criado há quase vinte anos para fomentar a conscientização socioambiental das gerações futuras, por meio de ações de educação ambiental a respeito da destinação adequada dos resíduos sólidos.
Apesar de ter 47 anos de vida, a empresa esbanja jovialidade. São muitos investimentos em tecnologia, inovação e melhores práticas em gestão de pessoas e governança, como a implantação de um conselho consultivo com profissionais renomados do mercado.
Na construtora utilizamos madeira certificada, priorizamos uso de materiais locais; fazemos reuso de águas nos lavatórios e usamos iluminação natural com auxílio de materiais recicláveis no canteiro de obra.
Como a pauta da equidade de gênero está refletida na empresa e quais impactos você destacaria pela sua presença feminina na liderança?
Estou há dezoito anos no Grupo Marquise e fico feliz em ser um exemplo do que a empresa acredita. Meu trabalho foi reconhecido, cresci aqui dentro e cheguei a um cargo de liderança em um mercado que, muitas vezes, é visto como “masculino”.
Especificamente na Marquise Incorporações, temos mais de 60% das lideranças femininas.
A nova fase do Grupo Marquise também está marcada pela formação de um conselho. Como ele está formado e quais são as atribuições que o conselho assume?
O comitê é formado pelos sócios-fundadores e também por nomes renomados do mercado, que, juntos, formam o conselho consultivo do Grupo Marquise.
Ele foi criado para manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios, protegendo seu patrimônio e maximizando o retorno sobre os investimentos.
Qual o próximo passo na expansão do Grupo Marquise?
O momento agora é de nos consolidarmos no mercado nacional. E é momento de grandes desafios:
- Marquise Ambiental: forte atuação na área ambiental, especificamente na gestão de resíduos sólidos e na operação da usina de biogás;
- Marquise Infraestrutura: participação em grandes projetos de infraestrutura do país;
- Marquise Incorporações: consolidação no mercado de São Paulo, com aquisição de novos terrenos para o nosso landbanking e lançando os empreendimentos que estão no nosso pipeline. Até 2025, a previsão é lançar 4,54 bilhão de reais.
Conheça o desempenho do Grupo Marquise em números:
- 47 anos de história
- 8.000 colaboradores
- 1,7 bilhão de reais de faturamento previsto para 2022
- 1,6 bilhão em VGV em empreendimentos imobiliários para 2022
- 7 milhões de toneladas de resíduos, aproximadamente, tratados por ano, em atendimento a uma população estimada em 14 milhões de pessoas
- 500 milhões de reais para mais em investimentos no Consórcio Águas de Fortaleza na Usina de Dessalinização de Água Marinha de Fortaleza (Ceará)
*Elisa Tawil é LinkedIn Top Voices e TEDxSpeaker. Mentora, consultora estratégica de negócios, podcaster pelo Vieses Femininos. Idealizadora e fundadora do movimento Mulheres do Imobiliário. Colunista na revista HSM, no Imobi Report e na EXAME Invest. Head de Growth e Onboarding Specialist na eXp Realty Brasil.
O mercado imobiliário foi um dos setores de maior destaque e crescimento durante a pandemia. Depois de 50.000 imóveis novos vendidos em 2019 apenas na capital paulistana, em 2020, primeiro ano do avanço do coronavírus, o setor comercializou 60.000 unidades residenciais. E finalizou 2021 com a marca de 65.000 unidades negociadas.
Com tamanha atratividade, empresas que ainda não participam da cena paulistana voltaram os holofotes para a cidade, que avança em ritmo acelerado na verticalização, com o número de apartamento (1.375.884) tendendo a superar o de casas (1.376.726) muito em breve.
A Marquise Incorporações tomou a decisão de expandir sua atuação para além das fronteiras do Ceará neste período. Andréa Oliveira iniciou sua carreira há dezoito anos no grupo como engenheira de projetos e hoje ocupa o cargo de diretora.
Andréa conversou com exclusividade para o Mercado por Elas sobre a tomada de decisão e os próximos passos na expansão da operação:
Como foi a decisão de expansão e a chegada na principal capital do país?
O Grupo Marquise foi fundado há 47 anos e tem atuação nacional em diversos segmentos, como o ambiental e de infraestrutura. Recentemente, o grupo fez um movimento de renovação de sua marca, em coerência com um momento de transformações internas da empresa.
Cada um dos negócios em que atua vem se reposicionando e, no caso da Marquise Incorporações, o novo direcionamento se dá com a expansão dos negócios para São Paulo.
Gostamos de falar que internamente a Marquise Incorporações foi em busca de um desafio do nosso tamanho: consolidar nossa marca na praça mais representativa do mercado imobiliário. Prevemos lançar, até o fim deste ano, 1,6 bilhão de reais, incluindo o Residencial Park View, na Vila Nova Conceição, nosso primeiro lançamento em São Paulo.
Quais desafios e oportunidades você enxerga para o ano e o próximo ciclo do setor?
Como desafio, enxergo a mão-de-obra especializada. Por causa do mercado aquecido, que vem desde 2019 para cá -- São Paulo, por exemplo, é um grande canteiro de obras --, estamos percebendo a falta de mão-de-obra especializada. Há dificuldade em recrutar, treinar e reter a equipe.
Como oportunidade, temos a de desenvolver empreendimentos que atendam às necessidades desse “novo normal”. São necessidades que foram percebidas ao longo da pandemia. Seja por localização ou por produto, com moradia perto do trabalho, integração com a natureza, condições para trabalhar em casa adaptada ao home office, varanda gourmet, coworking e delivery room.
Como vocês pensam no mix de produtos e qual é a aposta de tendência para o mercado residencial?
Tudo começa com um bom terreno. Estamos sempre em busca das melhores localizações -- bairros com grande diversidade de comércio, com conveniências e serviços --, pensando na valorização do imóvel para nossos clientes.
A concepção do produto é feita com suporte de pesquisas e inteligência de mercado. Um dos nossos diferenciais é proporcionar um conceito de projeto conectado às principais tendências e inovações, sobretudo para agregar valor e melhor qualidade de vida.
Buscamos parcerias com arquitetos renomados nacionais e até internacionais, em busca de projetos com altíssimo padrão com fachadas contemporâneas e áreas comuns sofisticadas.
Qual é a aposta de tendência para o mercado residencial?
Observamos como drivers de crescimento novos públicos do mercado imobiliário: a família que não compra mais excesso de áreas nos imóveis, que preza pela sustentabilidade; que tem pets com alto valor emocional... é preciso ficarmos cada vez mais atentos a esses novos perfis de compradores.
Acreditamos também que os projetos seguirão cada vez mais a tendência da integração com a natureza, com áreas verdes bem valorizadas.
Outro ponto são os empreendimentos de segunda moradia. Antes destinados apenas para o lazer, hoje são vistos como um investimento até para uma moradia definitiva.
O Grupo Marquise atua em diversas áreas além da imobiliária. Como essas atuações se conversam e como pensam a pauta ESG no grupo? E na construtora especificamente?
O Grupo Marquise cresceu e diversificou seus negócios ancorado em valores que se consolidaram ao longo dos seus 47 anos de história:
- respeito nas relações
- compromisso com a qualidade
- foco no resultado
- coragem de empreender com ousadia e responsabilidade.
A pauta ESG sempre esteve presente em nossas atividades antes mesmo de a sigla existir. Um dos principais negócios do grupo, a Marquise Ambiental, é referência nacional em gestão e transformação de resíduos sólidos, com foco total em sustentabilidade.
O Grupo Marquise também exerce sua cidadania por meio de uma série de ações. Uma delas é o Programa Ecocidadão, criado há quase vinte anos para fomentar a conscientização socioambiental das gerações futuras, por meio de ações de educação ambiental a respeito da destinação adequada dos resíduos sólidos.
Apesar de ter 47 anos de vida, a empresa esbanja jovialidade. São muitos investimentos em tecnologia, inovação e melhores práticas em gestão de pessoas e governança, como a implantação de um conselho consultivo com profissionais renomados do mercado.
Na construtora utilizamos madeira certificada, priorizamos uso de materiais locais; fazemos reuso de águas nos lavatórios e usamos iluminação natural com auxílio de materiais recicláveis no canteiro de obra.
Como a pauta da equidade de gênero está refletida na empresa e quais impactos você destacaria pela sua presença feminina na liderança?
Estou há dezoito anos no Grupo Marquise e fico feliz em ser um exemplo do que a empresa acredita. Meu trabalho foi reconhecido, cresci aqui dentro e cheguei a um cargo de liderança em um mercado que, muitas vezes, é visto como “masculino”.
Especificamente na Marquise Incorporações, temos mais de 60% das lideranças femininas.
A nova fase do Grupo Marquise também está marcada pela formação de um conselho. Como ele está formado e quais são as atribuições que o conselho assume?
O comitê é formado pelos sócios-fundadores e também por nomes renomados do mercado, que, juntos, formam o conselho consultivo do Grupo Marquise.
Ele foi criado para manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios, protegendo seu patrimônio e maximizando o retorno sobre os investimentos.
Qual o próximo passo na expansão do Grupo Marquise?
O momento agora é de nos consolidarmos no mercado nacional. E é momento de grandes desafios:
- Marquise Ambiental: forte atuação na área ambiental, especificamente na gestão de resíduos sólidos e na operação da usina de biogás;
- Marquise Infraestrutura: participação em grandes projetos de infraestrutura do país;
- Marquise Incorporações: consolidação no mercado de São Paulo, com aquisição de novos terrenos para o nosso landbanking e lançando os empreendimentos que estão no nosso pipeline. Até 2025, a previsão é lançar 4,54 bilhão de reais.
Conheça o desempenho do Grupo Marquise em números:
- 47 anos de história
- 8.000 colaboradores
- 1,7 bilhão de reais de faturamento previsto para 2022
- 1,6 bilhão em VGV em empreendimentos imobiliários para 2022
- 7 milhões de toneladas de resíduos, aproximadamente, tratados por ano, em atendimento a uma população estimada em 14 milhões de pessoas
- 500 milhões de reais para mais em investimentos no Consórcio Águas de Fortaleza na Usina de Dessalinização de Água Marinha de Fortaleza (Ceará)
*Elisa Tawil é LinkedIn Top Voices e TEDxSpeaker. Mentora, consultora estratégica de negócios, podcaster pelo Vieses Femininos. Idealizadora e fundadora do movimento Mulheres do Imobiliário. Colunista na revista HSM, no Imobi Report e na EXAME Invest. Head de Growth e Onboarding Specialist na eXp Realty Brasil.