Berrini/Chucri: o bom momento da maior região corporativa de São Paulo
Região registra absorção líquida positiva e queda na vacância
Redação Exame
Publicado em 10 de dezembro de 2023 às 08h21.
*por Yara Matsuyama
As últimas turbulências sentidas pelo mercado imobiliário de escritórios impactaram de forma diferente as várias regiões corporativas da capital paulista. Isso inclui as regiões primárias – ou nobres, se você preferir. Enquanto a Faria Lima e a JK – consideradas “as jóias da coroa” do universo dos escritórios – seguiram praticando altos preços de locação e observaram pouca variação na vacância, o eixo da Berrini/Chucri sentiu com mais força as inquietações corporativas.
A região possui, sozinha, ¼ do estoque de escritórios de São Paulo. Estamos falando de 1,175 milhão de m², mais que o dobro que a Faria Lima, segunda colocada nesse ranking. Vale destacar que são, em sua maioria, empreendimentos de qualidade, de altíssimo padrão. Por exemplo: 84% dos prédios localizados na Berrini/Chucri são “verdes” – isto é, têm certificação para o seu desempenho nos critérios de sustentabilidade – e 37% possuem participação de fundos imobiliários , ficando atrás somente da JK, com 57%.
Com alto volume de oferta, é natural que haja movimentações frequentes, com locações e devoluções de empresas em busca de espaços cada vez mais modernos e com preços atrativos, cercados de infraestrutura de transporte e de serviços. Lei da oferta e da procura. Isso tem mantido a vacância da região acima da média da cidade. Porém, o terceiro trimestre de 2023 começa a desenhar um cenário mais positivo para o eixo.
No período, a Berrini/Chucri registrou mais de 25 mil m² de absorção líquida, com – pelo menos – 3 negociações acima de 2 mil m² cada. Isso fez a taxa de vacância retroceder, saindo, depois de muito tempo, da casa das três dezenas e chegando a 29,8%. A notícia é boa. Mas, mais do que olharmos para a vacância – que deve crescer no logo prazo porque são previstos mais 66 mil m² de estoque a serem entregues na região –, é preciso olhar para a movimentação, para o interesse dos ocupantes.
No dia a dia, no contato direto com clientes de diferentes segmentos e tamanhos, percebemos o interesse pela Berrini/Chucri aumentar gradativamente. Ao mesmo tempo, temos visto crescer ao longo do ano, em toda a cidade, o volume de grandes locações, aquelas que estão acima dos 1.500 m².
Por serem volumosas, em geral, são realizadas por empresas maiores e têm um tempo de maturação mais longo do que as de espaços menores. Como dito antes, a Berrini/Chucri já tem registrado esse tipo de absorção. A combinação de oferta de estoque de alto padrão com preços convidativos tem atraído cada vez mais a atenção das companhias.
A região vive um bom momento e segue sendo um eixo corporativo importante para a cidade. A expectativa é que mais negociações de grandes áreas apareçam por lá e que o desempenho continue positivo. Por seu extenso estoque, é difícil que se equipare em números às outras regiões nobres da capital. Mas, pela qualidade de seus ativos, não fica devendo em nada para as demais.
*Yara Matsuyama é diretora de Locações da JLL
*por Yara Matsuyama
As últimas turbulências sentidas pelo mercado imobiliário de escritórios impactaram de forma diferente as várias regiões corporativas da capital paulista. Isso inclui as regiões primárias – ou nobres, se você preferir. Enquanto a Faria Lima e a JK – consideradas “as jóias da coroa” do universo dos escritórios – seguiram praticando altos preços de locação e observaram pouca variação na vacância, o eixo da Berrini/Chucri sentiu com mais força as inquietações corporativas.
A região possui, sozinha, ¼ do estoque de escritórios de São Paulo. Estamos falando de 1,175 milhão de m², mais que o dobro que a Faria Lima, segunda colocada nesse ranking. Vale destacar que são, em sua maioria, empreendimentos de qualidade, de altíssimo padrão. Por exemplo: 84% dos prédios localizados na Berrini/Chucri são “verdes” – isto é, têm certificação para o seu desempenho nos critérios de sustentabilidade – e 37% possuem participação de fundos imobiliários , ficando atrás somente da JK, com 57%.
Com alto volume de oferta, é natural que haja movimentações frequentes, com locações e devoluções de empresas em busca de espaços cada vez mais modernos e com preços atrativos, cercados de infraestrutura de transporte e de serviços. Lei da oferta e da procura. Isso tem mantido a vacância da região acima da média da cidade. Porém, o terceiro trimestre de 2023 começa a desenhar um cenário mais positivo para o eixo.
No período, a Berrini/Chucri registrou mais de 25 mil m² de absorção líquida, com – pelo menos – 3 negociações acima de 2 mil m² cada. Isso fez a taxa de vacância retroceder, saindo, depois de muito tempo, da casa das três dezenas e chegando a 29,8%. A notícia é boa. Mas, mais do que olharmos para a vacância – que deve crescer no logo prazo porque são previstos mais 66 mil m² de estoque a serem entregues na região –, é preciso olhar para a movimentação, para o interesse dos ocupantes.
No dia a dia, no contato direto com clientes de diferentes segmentos e tamanhos, percebemos o interesse pela Berrini/Chucri aumentar gradativamente. Ao mesmo tempo, temos visto crescer ao longo do ano, em toda a cidade, o volume de grandes locações, aquelas que estão acima dos 1.500 m².
Por serem volumosas, em geral, são realizadas por empresas maiores e têm um tempo de maturação mais longo do que as de espaços menores. Como dito antes, a Berrini/Chucri já tem registrado esse tipo de absorção. A combinação de oferta de estoque de alto padrão com preços convidativos tem atraído cada vez mais a atenção das companhias.
A região vive um bom momento e segue sendo um eixo corporativo importante para a cidade. A expectativa é que mais negociações de grandes áreas apareçam por lá e que o desempenho continue positivo. Por seu extenso estoque, é difícil que se equipare em números às outras regiões nobres da capital. Mas, pela qualidade de seus ativos, não fica devendo em nada para as demais.
*Yara Matsuyama é diretora de Locações da JLL