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A evolução do EAD no ensino superior e seu equilíbrio com o modelo presencial

O estudo elaborado pelo Instituto SEMESP mostra números cada vez mais representativos dessa faixa de ensino

EAD: Em 2015, ingressavam no curso superior 2,9 milhões de pessoas por ano (Kateryna Onyshchuk/iStockphoto)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 11h29.

*Anita Scal e Abner Melo

O ensino superior cresceu de forma relevante, impactando, nos últimos anos, a vida de milhares de brasileiros. O estudo elaborado pelo Instituto SEMESP mostra números cada vez mais representativos dessa faixa de ensino. Em 2015, havia 8 milhões de pessoas matriculadas em cursos superiores. Em 2022, já são mais de 9,4 milhões matriculados. Em 2015, ingressavam no curso superior 2,9 milhões de pessoas por ano.

Em 2022, esse número saltou para mais de 4,7 milhões de calouros. Este movimento reflete algumas mudanças de paradigmas da sociedade moderna, sendo o mais importante deles o crescimento e a democratização de tecnologias de comunicação, permitindo a expansão da modalidade de ensino a distância (EAD). Além da redução significativa no custo na prestação deste serviço, o EAD quebra barreiras importantes, que, até então, eram impeditivas para a formação de um aluno em ensino superior, como o tempo e custos despendidos para deslocamento até o centro educacional mais próximo. No gráfico abaixo, é possível ver que a evolução do número de alunos totais se deu, principalmente, pelo caminho do EAD, respondendo em 2022 por 46% das matrículas.

Rio Bravo/Divulgação

Quando analisamos a distribuição de alunos entre as redes privadas e públicas de ensino, temos na atualidade uma predominância de alunos matriculados na rede privada, compondo 78% de toda a base de estudantes. Destes, os alunos matriculados na modalidade EAD são maioria, cerca de 56,3% contra 43,7% no modelo presencial de ensino. Esse dado não é surpreendente, uma vez que a revolução do EAD começou justamente através da iniciativa privada. Ainda que nesse modelo de ensino as margens de lucro sejam menores, dado o baixo “ticket médio” do serviço, é notável a maior capacidade de escalabilidade do negócio, permitindo assim um ganho relevante através volume.

No quesito idade do alunado, percebemos que o maior número dos estudantes está na faixa de até 24 anos, cerca de 41% de todos os alunos da rede privada. Justamente nesse grupo, há uma preferência acachapante pelo modelo presencial: 64% dos alunos de até 24 anos estão no modelo presencial e apenas 36% estão no remoto. É possível constatar, também, que os novos entrantes estão concentrados na primeira faixa etária, de até 24 anos. No presencial, 66,2% de todos os ingressantes têm até 24 anos de idade enquanto no EAD apenas 31,2% estão nessa faixa – e participam de forma mais esparsa nos outros segmentos de idade.

Quando analisamos a distribuição de alunos entre as redes privadas e públicas de ensino, temos na atualidade uma predominância de alunos matriculados na rede privada, compondo 78% de toda a base de estudantes. Destes, os alunos matriculados na modalidade EAD são maioria, cerca de 56,3% contra 43,7% no modelo presencial de ensino. Esse dado não é surpreendente, uma vez que a revolução do EAD começou justamente através da iniciativa privada. Ainda que nesse modelo de ensino as margens de lucro sejam menores, dado o baixo “ticket médio” do serviço, é notável a maior capacidade de escalabilidade do negócio, permitindo assim um ganho relevante através volume.

No quesito idade do alunado, percebemos que o maior número dos estudantes está na faixa de até 24 anos, cerca de 41% de todos os alunos da rede privada. Justamente nesse grupo, há uma preferência acachapante pelo modelo presencial: 64% dos alunos de até 24 anos estão no modelo presencial e apenas 36% estão no remoto. É possível constatar, também, que os novos entrantes estão concentrados na primeira faixa etária, de até 24 anos. No presencial, 66,2% de todos os ingressantes têm até 24 anos de idade enquanto no EAD apenas 31,2% estão nessa faixa – e participam de forma mais esparsa nos outros segmentos de idade.

*Anita Scal (Sócia e diretora de Real Estate) e Abner Melo (Analista de Porfolio Senior)

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*Anita Scal e Abner Melo

O ensino superior cresceu de forma relevante, impactando, nos últimos anos, a vida de milhares de brasileiros. O estudo elaborado pelo Instituto SEMESP mostra números cada vez mais representativos dessa faixa de ensino. Em 2015, havia 8 milhões de pessoas matriculadas em cursos superiores. Em 2022, já são mais de 9,4 milhões matriculados. Em 2015, ingressavam no curso superior 2,9 milhões de pessoas por ano.

Em 2022, esse número saltou para mais de 4,7 milhões de calouros. Este movimento reflete algumas mudanças de paradigmas da sociedade moderna, sendo o mais importante deles o crescimento e a democratização de tecnologias de comunicação, permitindo a expansão da modalidade de ensino a distância (EAD). Além da redução significativa no custo na prestação deste serviço, o EAD quebra barreiras importantes, que, até então, eram impeditivas para a formação de um aluno em ensino superior, como o tempo e custos despendidos para deslocamento até o centro educacional mais próximo. No gráfico abaixo, é possível ver que a evolução do número de alunos totais se deu, principalmente, pelo caminho do EAD, respondendo em 2022 por 46% das matrículas.

Rio Bravo/Divulgação

Quando analisamos a distribuição de alunos entre as redes privadas e públicas de ensino, temos na atualidade uma predominância de alunos matriculados na rede privada, compondo 78% de toda a base de estudantes. Destes, os alunos matriculados na modalidade EAD são maioria, cerca de 56,3% contra 43,7% no modelo presencial de ensino. Esse dado não é surpreendente, uma vez que a revolução do EAD começou justamente através da iniciativa privada. Ainda que nesse modelo de ensino as margens de lucro sejam menores, dado o baixo “ticket médio” do serviço, é notável a maior capacidade de escalabilidade do negócio, permitindo assim um ganho relevante através volume.

No quesito idade do alunado, percebemos que o maior número dos estudantes está na faixa de até 24 anos, cerca de 41% de todos os alunos da rede privada. Justamente nesse grupo, há uma preferência acachapante pelo modelo presencial: 64% dos alunos de até 24 anos estão no modelo presencial e apenas 36% estão no remoto. É possível constatar, também, que os novos entrantes estão concentrados na primeira faixa etária, de até 24 anos. No presencial, 66,2% de todos os ingressantes têm até 24 anos de idade enquanto no EAD apenas 31,2% estão nessa faixa – e participam de forma mais esparsa nos outros segmentos de idade.

Quando analisamos a distribuição de alunos entre as redes privadas e públicas de ensino, temos na atualidade uma predominância de alunos matriculados na rede privada, compondo 78% de toda a base de estudantes. Destes, os alunos matriculados na modalidade EAD são maioria, cerca de 56,3% contra 43,7% no modelo presencial de ensino. Esse dado não é surpreendente, uma vez que a revolução do EAD começou justamente através da iniciativa privada. Ainda que nesse modelo de ensino as margens de lucro sejam menores, dado o baixo “ticket médio” do serviço, é notável a maior capacidade de escalabilidade do negócio, permitindo assim um ganho relevante através volume.

No quesito idade do alunado, percebemos que o maior número dos estudantes está na faixa de até 24 anos, cerca de 41% de todos os alunos da rede privada. Justamente nesse grupo, há uma preferência acachapante pelo modelo presencial: 64% dos alunos de até 24 anos estão no modelo presencial e apenas 36% estão no remoto. É possível constatar, também, que os novos entrantes estão concentrados na primeira faixa etária, de até 24 anos. No presencial, 66,2% de todos os ingressantes têm até 24 anos de idade enquanto no EAD apenas 31,2% estão nessa faixa – e participam de forma mais esparsa nos outros segmentos de idade.

*Anita Scal (Sócia e diretora de Real Estate) e Abner Melo (Analista de Porfolio Senior)

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