Quem tem medo do Trump mau?
Em uma fórmula que já conhecemos Trump usou o que tinha para ganhar expressão eleitoral, ele é um homem qua adora a mídia, sabe como se utilizar dela para chegar a seus objetivos. O que realmente me assusta nisso tudo é que um povo mais instruído, culto e sem miséria ainda caia nestas fórmulas prontas de captação de votos. Passado o choque da surpresa que as pesquisas estavam erradas e […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2016 às 13h52.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h25.
Em uma fórmula que já conhecemos Trump usou o que tinha para ganhar expressão eleitoral, ele é um homem qua adora a mídia, sabe como se utilizar dela para chegar a seus objetivos. O que realmente me assusta nisso tudo é que um povo mais instruído, culto e sem miséria ainda caia nestas fórmulas prontas de captação de votos.
Passado o choque da surpresa que as pesquisas estavam erradas e as primeiras horas do estress gerado pela derrota da candidata democrata, Hillary Clinton, à presidência dos EUA, os mercados tendem a se acomodar em outra direção.É bem verdade que essa acomodação pode ser bem turbulenta, mas não deve gerar nenhum mega caos econômico. Pelo contrário.
Donald Trump, eleito pelo Colégio Eleitoral americano, está longe de ser unanimidade nacional. As manifestações e os protestos dos jovens e das minorias nas grandes cidades deixam isso bem claro. É a velha insatisfação dos perdedores que, neste caso, é alimentada por um medo que não deveria existir.
A eleição do último dia 8 de novembro foi limpa e correta. Não há do que se envergonhar. A democracia tem falhas mas – ainda – é o melhor sistema de governo que conhecemos. Para os brasileiros, não deixa de ser curioso de que mais um empresário desbanca alguém do meio tradicional político. As pessoas querem experimentar e conhecer outras alternativas de gestão. E pesa lá o polêmico Obamacare, um sonho de consumo para quem conhece o SUS.
Quem conhece os meandros da política americana sabe que 90% das promessas de campanha do candidato republicano não será – ou não poderá – ser cumprida. Ele pode mexer – ou até mesmo anular – o Acordo Nafta (entre EUA, México e Canadá), pode congelar o chamado Acordo do Pacífico, mas Trump acabará tendo que separar o discurso de campanha das ações efetivas do presidente eleito.
Mesmo com a China o futuro chefe da nação americana terá que ser cuidadoso. E não será por generosidade: grande parte dos títulos da dívida americana está nas mãos do chineses. Isso o pressiona a agir de forma serena e política.
O mercado deve ter outro momento de estress com a efetiva chegada de Donald Trump à Casa Branca em 20 de janeiro de 2017. Até agora, o peso mexicano foi a moeda que mais sofreu. No Brasil, a cotação do dólar deve subir até encontrar um ponto de equilíbrio. Na esfera internacional, o iene tende a se fortalecer por ser uma moeda segura. Bolsas sofrem pois os investidores estavam esperando uma boa desculpa para a realização de lucros. Quem está todos os dias no mercado, sabe que você não pode ser o primeiro (muito menos o último) em qualquer movimento de manada. Enfim, a vitória de Trump foi a desculpa perfeita, o tiro que assustou a manada e …. vida que segue.
A alternância de poder é positiva. Há uma reciclagem de metas, estratégias e políticas. O Brasil – principal parceiro econômico dos Estados Unidos na América Latina – pode se beneficiar dessa nova situação. Nos últimos 13 anos, o governo brasileiro esteve muito distante de Washington e bem próximo dos parceiros do Mercosul. Essa proximidade, como todos sabemos, teve resultado pífio. O novo cenário pode favorecer uma reaproximação entre os dois países, fortalecer a balança comercial e ampliar investimentos diretos e indiretos.
Trump é um empresário e sabe que uma economia americana forte beneficia seu povo e seus negócios. Nós deveríamos saber nos aproximar desta nação para também termos benefícios.
Em uma fórmula que já conhecemos Trump usou o que tinha para ganhar expressão eleitoral, ele é um homem qua adora a mídia, sabe como se utilizar dela para chegar a seus objetivos. O que realmente me assusta nisso tudo é que um povo mais instruído, culto e sem miséria ainda caia nestas fórmulas prontas de captação de votos.
Passado o choque da surpresa que as pesquisas estavam erradas e as primeiras horas do estress gerado pela derrota da candidata democrata, Hillary Clinton, à presidência dos EUA, os mercados tendem a se acomodar em outra direção.É bem verdade que essa acomodação pode ser bem turbulenta, mas não deve gerar nenhum mega caos econômico. Pelo contrário.
Donald Trump, eleito pelo Colégio Eleitoral americano, está longe de ser unanimidade nacional. As manifestações e os protestos dos jovens e das minorias nas grandes cidades deixam isso bem claro. É a velha insatisfação dos perdedores que, neste caso, é alimentada por um medo que não deveria existir.
A eleição do último dia 8 de novembro foi limpa e correta. Não há do que se envergonhar. A democracia tem falhas mas – ainda – é o melhor sistema de governo que conhecemos. Para os brasileiros, não deixa de ser curioso de que mais um empresário desbanca alguém do meio tradicional político. As pessoas querem experimentar e conhecer outras alternativas de gestão. E pesa lá o polêmico Obamacare, um sonho de consumo para quem conhece o SUS.
Quem conhece os meandros da política americana sabe que 90% das promessas de campanha do candidato republicano não será – ou não poderá – ser cumprida. Ele pode mexer – ou até mesmo anular – o Acordo Nafta (entre EUA, México e Canadá), pode congelar o chamado Acordo do Pacífico, mas Trump acabará tendo que separar o discurso de campanha das ações efetivas do presidente eleito.
Mesmo com a China o futuro chefe da nação americana terá que ser cuidadoso. E não será por generosidade: grande parte dos títulos da dívida americana está nas mãos do chineses. Isso o pressiona a agir de forma serena e política.
O mercado deve ter outro momento de estress com a efetiva chegada de Donald Trump à Casa Branca em 20 de janeiro de 2017. Até agora, o peso mexicano foi a moeda que mais sofreu. No Brasil, a cotação do dólar deve subir até encontrar um ponto de equilíbrio. Na esfera internacional, o iene tende a se fortalecer por ser uma moeda segura. Bolsas sofrem pois os investidores estavam esperando uma boa desculpa para a realização de lucros. Quem está todos os dias no mercado, sabe que você não pode ser o primeiro (muito menos o último) em qualquer movimento de manada. Enfim, a vitória de Trump foi a desculpa perfeita, o tiro que assustou a manada e …. vida que segue.
A alternância de poder é positiva. Há uma reciclagem de metas, estratégias e políticas. O Brasil – principal parceiro econômico dos Estados Unidos na América Latina – pode se beneficiar dessa nova situação. Nos últimos 13 anos, o governo brasileiro esteve muito distante de Washington e bem próximo dos parceiros do Mercosul. Essa proximidade, como todos sabemos, teve resultado pífio. O novo cenário pode favorecer uma reaproximação entre os dois países, fortalecer a balança comercial e ampliar investimentos diretos e indiretos.
Trump é um empresário e sabe que uma economia americana forte beneficia seu povo e seus negócios. Nós deveríamos saber nos aproximar desta nação para também termos benefícios.