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Entrevista com Ambev, que acerta com o Gestão de Campeão

Incentivadora do futebol brasileiro, a Ambev tem intensificado ainda mais as suas ações na plataforma desde 2010, quando transformou os investimentos de patrocínios da marca Brahma em projetos para promover melhorias estruturais e deixar um legado nos clubes parceiros. Em 2013, foi a vez do lançamento do Movimento por um Futebol Melhor – um programa em parceria com outras grandes empresas como Unilever, Sky e Pepsico – que impulsionou o […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 07h09.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h20.

Incentivadora do futebol brasileiro, a Ambev tem intensificado ainda mais as suas ações na plataforma desde 2010, quando transformou os investimentos de patrocínios da marca Brahma em projetos para promover melhorias estruturais e deixar um legado nos clubes parceiros. Em 2013, foi a vez do lançamento do Movimento por um Futebol Melhor – um programa em parceria com outras grandes empresas como Unilever, Sky e Pepsico – que impulsionou o fenômeno dos sócios-torcedores no país. Hoje, a iniciativa representa uma renda anual de centenas de milhões aos clubes por meio de mensalidades de programas de sócio-torcedor.

Depois desse histórico, a Ambev estabeleceu o próximo passo: a criação do Gestão de Campeão, um prêmio de gestão de excelência do futebol brasileiro que vai dividir conceitos gerenciais de sucesso e premiará os clubes que tiverem as melhores práticas dentro e fora de campo. Para desenvolver o Gestão de Campeão, o Movimento por um Futebol Melhor convocou Fred Boabaid, um dos maiores especialistas em gestão de excelência, que escreveu os programas de empresas como o Ambev, Burguer King, Pepsico e Pearson. O consultor passou os últimos 14 meses visitando vários clubes consolidando o conteúdo do manual do prêmio, que também será disseminado em um curso de pós-graduação específico da Fundação Instituto de Administração (FIA), parceira da iniciativa.

Além do reconhecimento e da credibilidade, os três clubes com o melhor desempenho serão premiados anualmente com um troféu, do reconhecimento de menção honrosa a todos os times que apresentarem as melhores evoluções dentro dos pilares pré-estabelecidos: Gestão e Planejamento, Administração e Finanças, Comercial e Marketing, Futebol Profissional, Categorias de Base, Sócio-Torcedor e Resultados. Dentro desses títulos, estão divididos 26 tópicos que carregam 310 itens para a avaliação, a ser realizada pela EY, outra empresa parceira do projeto.

Para entender melhor a nova etapa de investimento da AmBev no futebol brasileiro, o Esporte Executivo conversou com Sandro Leite – gerente de marketing esportivo da Ambev:

Esporte Executivo: Vocês já apoiam o futebol há bastante tempo e agora esse novo passo do prêmio focado em gestão. Por que essa evolução?

Sandro: É a evolução de toda uma plataforma de futebol que vem sendo desenvolvida, visando melhorias pros clubes, para os seus atletas, para os seus administradores… a gente entendeu que a solução era criar uma forma de suportar os programas de sócios torcedores dos clubes para que eles pudessem se desligar dos limites do estádio e respectivas receitas. A partir do momento que a gente conseguiu estruturar os clubes, ajudou a gerar receita, entendeu que pelo know-how que temos em gestão, o próximo passo seria realmente a gente customizar todo esse know-how.

Vocês acabam adotando uma postura de liderança em relação ao futebol brasileiro. Imaginam que esse prêmio possa funcionar como uma espécie de um selo de qualidade até para outras empresas que possam olhar para o futebol, como um possível alvo para investimento?

Eu acredito que sim, através do ranking que a gente forma de acordo com o monitoramento dos indicadores que devem ser determinados no prêmio, entregamos para o mercado indicadores de credibilidade dos clubes. Então eu acredito que o prêmio de excelência em gestão acaba virando essa chancela de credibilidade para atrair novos investidores.

O quanto ter a Ernest & Young e a FIA como parceiros é fundamental para dar solidez ao prêmio?

O apoio dessas companhias é resultado da evolução desses quatorze meses de trabalho. A gente consegue entregar credibilidade nos dados que vão ser apresentados ao final de um ano de gestão dos clubes, então isso foi uma demanda que veio quando a gente percebeu as necessidades deste mercado. Se a gente quer premiar, precisa ser justo e para ser justo a gente precisa padronizar…

Sentei com o Michel lá na FIA ( Michel Mattar, coordenador da FIA), apresentei tudo para ele, ele absorveu esse conteúdo e entendeu em um nível de profundidade muito interessante. E entenderam também que era um potencial para pós-graduação, pelo nível do conteúdo que eu estava apresentando. As bolsas de pós-graduação que recebemos da FIA passamos para os executivos nomeados como embaixadores do prêmio de excelência e gestão do clube.

Há humildade por parte dos diretores para aceitar um curso como esse para se melhorar?

A receptividade ao apoio e a parceria da FIA, entregando a pós-graduação foi muito legal. Todos entendem o que falamos. Quando eu expus isso aos clubes, todos adoraram, acharam que faz total sentido e inclusive, já tem alguns como São Paulo, Flamengo, Goiás, que nomearam seus embaixadores dentro do clube e estão demandando algumas informações. Estou vendo uma receptividade muito legal de todo o formato que a gente criou através do prêmio de excelência em gestão.

Embora pareça muito distante do que a gente imagina para alguns clubes que não são da elite, muito disso aqui pode ser aplicado em diversas esferas do futebol. Vocês acreditam nisso também ou vocês imaginam que isso é voltado mais para a série A e B e para os demais seria um outro formato?

Importante essa tua pergunta. O prêmio é totalmente adaptável à realidade dos clubes. É customizado e adaptado conforme às circunstâncias que enfrentam. Todos participam com as mesmas condições de chegar no nível de ganhar o pilar ou até mesmo o prêmio geral de gestão porque a gente consegue adaptar esse conteúdo e as avaliações de acordo com a realidade de cada clube. Inclusive eu tenho certeza que teremos surpresas em relação à gestão de clubes que não são do primeiro escalão de potenciais campeões brasileiros.

Vocês apresentam itens que compõem a metodologia desse prêmio. Os clubes podem optar por focar em um, dois, ou se focando em um, naturalmente os outros vão aparecer?

A performance por pilar é contextualizada. A gente realmente entende que para conseguir o objetivo final, você tem que construir a sua base, tijolo a tijolo, e com isso a gente faz questão de reconhecer todos que fazem um bom trabalho, não só dentro da própria evolução, mas também como referência para o futebol.

Incentivadora do futebol brasileiro, a Ambev tem intensificado ainda mais as suas ações na plataforma desde 2010, quando transformou os investimentos de patrocínios da marca Brahma em projetos para promover melhorias estruturais e deixar um legado nos clubes parceiros. Em 2013, foi a vez do lançamento do Movimento por um Futebol Melhor – um programa em parceria com outras grandes empresas como Unilever, Sky e Pepsico – que impulsionou o fenômeno dos sócios-torcedores no país. Hoje, a iniciativa representa uma renda anual de centenas de milhões aos clubes por meio de mensalidades de programas de sócio-torcedor.

Depois desse histórico, a Ambev estabeleceu o próximo passo: a criação do Gestão de Campeão, um prêmio de gestão de excelência do futebol brasileiro que vai dividir conceitos gerenciais de sucesso e premiará os clubes que tiverem as melhores práticas dentro e fora de campo. Para desenvolver o Gestão de Campeão, o Movimento por um Futebol Melhor convocou Fred Boabaid, um dos maiores especialistas em gestão de excelência, que escreveu os programas de empresas como o Ambev, Burguer King, Pepsico e Pearson. O consultor passou os últimos 14 meses visitando vários clubes consolidando o conteúdo do manual do prêmio, que também será disseminado em um curso de pós-graduação específico da Fundação Instituto de Administração (FIA), parceira da iniciativa.

Além do reconhecimento e da credibilidade, os três clubes com o melhor desempenho serão premiados anualmente com um troféu, do reconhecimento de menção honrosa a todos os times que apresentarem as melhores evoluções dentro dos pilares pré-estabelecidos: Gestão e Planejamento, Administração e Finanças, Comercial e Marketing, Futebol Profissional, Categorias de Base, Sócio-Torcedor e Resultados. Dentro desses títulos, estão divididos 26 tópicos que carregam 310 itens para a avaliação, a ser realizada pela EY, outra empresa parceira do projeto.

Para entender melhor a nova etapa de investimento da AmBev no futebol brasileiro, o Esporte Executivo conversou com Sandro Leite – gerente de marketing esportivo da Ambev:

Esporte Executivo: Vocês já apoiam o futebol há bastante tempo e agora esse novo passo do prêmio focado em gestão. Por que essa evolução?

Sandro: É a evolução de toda uma plataforma de futebol que vem sendo desenvolvida, visando melhorias pros clubes, para os seus atletas, para os seus administradores… a gente entendeu que a solução era criar uma forma de suportar os programas de sócios torcedores dos clubes para que eles pudessem se desligar dos limites do estádio e respectivas receitas. A partir do momento que a gente conseguiu estruturar os clubes, ajudou a gerar receita, entendeu que pelo know-how que temos em gestão, o próximo passo seria realmente a gente customizar todo esse know-how.

Vocês acabam adotando uma postura de liderança em relação ao futebol brasileiro. Imaginam que esse prêmio possa funcionar como uma espécie de um selo de qualidade até para outras empresas que possam olhar para o futebol, como um possível alvo para investimento?

Eu acredito que sim, através do ranking que a gente forma de acordo com o monitoramento dos indicadores que devem ser determinados no prêmio, entregamos para o mercado indicadores de credibilidade dos clubes. Então eu acredito que o prêmio de excelência em gestão acaba virando essa chancela de credibilidade para atrair novos investidores.

O quanto ter a Ernest & Young e a FIA como parceiros é fundamental para dar solidez ao prêmio?

O apoio dessas companhias é resultado da evolução desses quatorze meses de trabalho. A gente consegue entregar credibilidade nos dados que vão ser apresentados ao final de um ano de gestão dos clubes, então isso foi uma demanda que veio quando a gente percebeu as necessidades deste mercado. Se a gente quer premiar, precisa ser justo e para ser justo a gente precisa padronizar…

Sentei com o Michel lá na FIA ( Michel Mattar, coordenador da FIA), apresentei tudo para ele, ele absorveu esse conteúdo e entendeu em um nível de profundidade muito interessante. E entenderam também que era um potencial para pós-graduação, pelo nível do conteúdo que eu estava apresentando. As bolsas de pós-graduação que recebemos da FIA passamos para os executivos nomeados como embaixadores do prêmio de excelência e gestão do clube.

Há humildade por parte dos diretores para aceitar um curso como esse para se melhorar?

A receptividade ao apoio e a parceria da FIA, entregando a pós-graduação foi muito legal. Todos entendem o que falamos. Quando eu expus isso aos clubes, todos adoraram, acharam que faz total sentido e inclusive, já tem alguns como São Paulo, Flamengo, Goiás, que nomearam seus embaixadores dentro do clube e estão demandando algumas informações. Estou vendo uma receptividade muito legal de todo o formato que a gente criou através do prêmio de excelência em gestão.

Embora pareça muito distante do que a gente imagina para alguns clubes que não são da elite, muito disso aqui pode ser aplicado em diversas esferas do futebol. Vocês acreditam nisso também ou vocês imaginam que isso é voltado mais para a série A e B e para os demais seria um outro formato?

Importante essa tua pergunta. O prêmio é totalmente adaptável à realidade dos clubes. É customizado e adaptado conforme às circunstâncias que enfrentam. Todos participam com as mesmas condições de chegar no nível de ganhar o pilar ou até mesmo o prêmio geral de gestão porque a gente consegue adaptar esse conteúdo e as avaliações de acordo com a realidade de cada clube. Inclusive eu tenho certeza que teremos surpresas em relação à gestão de clubes que não são do primeiro escalão de potenciais campeões brasileiros.

Vocês apresentam itens que compõem a metodologia desse prêmio. Os clubes podem optar por focar em um, dois, ou se focando em um, naturalmente os outros vão aparecer?

A performance por pilar é contextualizada. A gente realmente entende que para conseguir o objetivo final, você tem que construir a sua base, tijolo a tijolo, e com isso a gente faz questão de reconhecer todos que fazem um bom trabalho, não só dentro da própria evolução, mas também como referência para o futebol.

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