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Adriano quer Copa. O que imperará em seu retorno?

Nesta semana, assistindo ao noticiário na televisão, veio a confirmação da volta de Adriano ao futebol, pelo Atlético/PR. Minha esposa, pouco interessada por futebol, mas diante de minha atenção redobrada à chamada, me pergunta “Quem é esse?”. Replico “o Imperador” e ouço um “ahhhhh”. A notícia da volta de Adriano ao futebol, além da natural exposição nacional, também ganhou repercussão internacional. Jornais europeus classificam o acerto do atacante de 31 […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 15h32.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h37.

Nesta semana, assistindo ao noticiário na televisão, veio a confirmação da volta de Adriano ao futebol, pelo Atlético/PR. Minha esposa, pouco interessada por futebol, mas diante de minha atenção redobrada à chamada, me pergunta “Quem é esse?”. Replico “o Imperador” e ouço um “ahhhhh”.

A notícia da volta de Adriano ao futebol, além da natural exposição nacional, também ganhou repercussão internacional. Jornais europeus classificam o acerto do atacante de 31 anos com o Rubro-Negro como uma ‘nova e última chance’ na carreira do jogador, citando seus problemas extracampo. O site da FIFA também registrou a contratação do atacante.

Reprodução Globo

A repercussão da contratação mostra que o Atlético/PR tem duas chances de fazer com que a operação dê certo. A primeira, mais óbvia, tem relação com a ampla notoriedade que Adriano já conquistou. Ainda que intercalado com manchetes desastrosas, Adriano ainda tem um histórico com destaques positivos. Se os tais momentos difíceis de Adriano não voltarem tão rapidamente, o clube terá condições de fazer com que o atacante seja, também, uma fonte de novas receitas. E para isso, não é preciso que recupere a condição técnica que fez dele um dos jogadores mais valiosos do mundo. Se seu desempenho técnico alcançar o razoável, a inexistência de manchetes extracampo fará com que já tenha valido a pena.

A segunda e mais interessante chance é o desempenho técnico do atacante no Atlético/PR. Se Adriano recuperar a condição de jogador de futebol acima de média que já teve, considerando que seu clube disputará Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores – onde já fez sua estreia – sua exposição positiva será ampliada. Para isso, não é necessário ser, porque não mais será, o mesmo Adriano de sete anos atrás. Basta que seja bom e desequilibre partidas. A favor desta opção, acreditem, joga a oportunidade de seleção brasileira. Adriano diz que ainda sonha. E de todas as posições atuais na seleção, o ataque é aquela em que nitidamente Felipão tem mais dúvidas sobre quem levar. Considerando o perfil de Felipão, que não raramente aposta em desacreditados, Adriano pode sim, ao menos, sonhar.

Nessas circunstâncias, a primeira opção é mais óbvia, mas menos feliz. Porque se havia uma razão para a contratação de Adriano, é nele apostar tecnicamente. Não há, por parte do Atlético/PR, expectativa de vender o atacante para a Europa. Logo, essa receita não é esperada. Mas a receita advinda de vitórias e da boa exposição por recuperar o Imperador para o futebol, essa sim pode fazer a diferença.

Se a aposta for marqueteira, o que não tem parecido ser, há chances mínimas de sucesso. Mas se a aposta for técnica, e der minimamente certo, o Atlético/PR, com uma aposta circunstancialmente barata, poderá ter sucesso e sorrir. Este blog, particularmente, pensa que o clube paranaense acertou. Mas o que fará com que dê minimamente certo, sem dúvidas, é como Adriano encarará a tal ‘nova e última chance’. Que seu já manifesto sonho de seleção o ampare, estimule e inspire nessa recuperação. E que tenhamos olhos para ver o que imperará na trajetória de volta do Imperador. Boa sorte, Adriano! Que os deuses do futebol o tenham recuperado das lesões físicas, mas principalmente das emocionais. Se os amantes do esporte agradecerão, imagine a torcida do Furacão. Aproveite-a, e assim como um furacão, levante, sacuda a poeira e dê a volta por cima.

No Twitter: @viniciuslord

Nesta semana, assistindo ao noticiário na televisão, veio a confirmação da volta de Adriano ao futebol, pelo Atlético/PR. Minha esposa, pouco interessada por futebol, mas diante de minha atenção redobrada à chamada, me pergunta “Quem é esse?”. Replico “o Imperador” e ouço um “ahhhhh”.

A notícia da volta de Adriano ao futebol, além da natural exposição nacional, também ganhou repercussão internacional. Jornais europeus classificam o acerto do atacante de 31 anos com o Rubro-Negro como uma ‘nova e última chance’ na carreira do jogador, citando seus problemas extracampo. O site da FIFA também registrou a contratação do atacante.

Reprodução Globo

A repercussão da contratação mostra que o Atlético/PR tem duas chances de fazer com que a operação dê certo. A primeira, mais óbvia, tem relação com a ampla notoriedade que Adriano já conquistou. Ainda que intercalado com manchetes desastrosas, Adriano ainda tem um histórico com destaques positivos. Se os tais momentos difíceis de Adriano não voltarem tão rapidamente, o clube terá condições de fazer com que o atacante seja, também, uma fonte de novas receitas. E para isso, não é preciso que recupere a condição técnica que fez dele um dos jogadores mais valiosos do mundo. Se seu desempenho técnico alcançar o razoável, a inexistência de manchetes extracampo fará com que já tenha valido a pena.

A segunda e mais interessante chance é o desempenho técnico do atacante no Atlético/PR. Se Adriano recuperar a condição de jogador de futebol acima de média que já teve, considerando que seu clube disputará Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores – onde já fez sua estreia – sua exposição positiva será ampliada. Para isso, não é necessário ser, porque não mais será, o mesmo Adriano de sete anos atrás. Basta que seja bom e desequilibre partidas. A favor desta opção, acreditem, joga a oportunidade de seleção brasileira. Adriano diz que ainda sonha. E de todas as posições atuais na seleção, o ataque é aquela em que nitidamente Felipão tem mais dúvidas sobre quem levar. Considerando o perfil de Felipão, que não raramente aposta em desacreditados, Adriano pode sim, ao menos, sonhar.

Nessas circunstâncias, a primeira opção é mais óbvia, mas menos feliz. Porque se havia uma razão para a contratação de Adriano, é nele apostar tecnicamente. Não há, por parte do Atlético/PR, expectativa de vender o atacante para a Europa. Logo, essa receita não é esperada. Mas a receita advinda de vitórias e da boa exposição por recuperar o Imperador para o futebol, essa sim pode fazer a diferença.

Se a aposta for marqueteira, o que não tem parecido ser, há chances mínimas de sucesso. Mas se a aposta for técnica, e der minimamente certo, o Atlético/PR, com uma aposta circunstancialmente barata, poderá ter sucesso e sorrir. Este blog, particularmente, pensa que o clube paranaense acertou. Mas o que fará com que dê minimamente certo, sem dúvidas, é como Adriano encarará a tal ‘nova e última chance’. Que seu já manifesto sonho de seleção o ampare, estimule e inspire nessa recuperação. E que tenhamos olhos para ver o que imperará na trajetória de volta do Imperador. Boa sorte, Adriano! Que os deuses do futebol o tenham recuperado das lesões físicas, mas principalmente das emocionais. Se os amantes do esporte agradecerão, imagine a torcida do Furacão. Aproveite-a, e assim como um furacão, levante, sacuda a poeira e dê a volta por cima.

No Twitter: @viniciuslord

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