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Como escolher um novo celular

Entre modelos de entrada e top de linha, consumidor deve avaliar investimento, necessidades no dia a dia e durabilidade do aparelho antes de fazer a compra

 (Andri Koolme/Flickr)
(Andri Koolme/Flickr)
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Escolha Inteligente

Publicado em 5 de outubro de 2017 às, 14h15.

Última atualização em 5 de outubro de 2017 às, 14h25.

Comprar um novo smartphone exige um investimento razoável, mesmo que não seja um aparelho em lançamento, premium ou top de linha. Por isso, a escolha de um modelo deve ser baseada no uso cotidiano, nas necessidades rotineiras, na usabilidade e na durabilidade do celular.

O segmento dos smartphones anda bastante estável e, já há alguns anos, não vemos aparelhos com tecnologias realmente inovadoras. Claro, há novidades de todas as marcas, mas praticamente nada que tenha quebrado barreiras e estabelecido novos patamares para este mercado.

É bastante difícil comparar aparelhos de marcas e sistemas operacionais diferentes, pois a usabilidade é muito mais uma questão de costume e adaptação, assim como o design dos smartphones, que é, basicamente, questão de gosto.

Mesmo assim, o Escolha Inteligente e o GoToShop listam alguns pontos a observar na pesquisa por modelos de smartphone antes de tomar sua decisão de compra.

“Idade” do aparelho

Os aparelhos de entrada nos catálogos dos fabricantes, hoje, têm características similares aos celulares que foram lançados como modelos premium ou top de linha há cinco ou seis anos. Já modelos médios, com preço intermediário, são comparáveis aos lançamentos de dois ou três anos atrás.

É importante notar isto porque tanto os aplicativos quanto os sistemas operacionais sofrem atualizações frequentes: quase sem exceção, eles ficam mais pesados e exigem uma performance cada vez melhor dos aparelhos para rodar sem problemas.

Então, ao comparar os modelos disponíveis atualmente, não deixe de verificar o quão recente é a configuração e como ela se compara com os lançamentos do ano.

Tenha em mente que pode ser vantajoso gastar um pouco mais em um aparelho que vai funcionar sem travar por mais tempo e que poderá receber novos aplicativos e atualizações futuras, ou seja, que vai durar mais nas suas mãos.

Sistema iOS é considerado o mais seguro e um dos mais intuitivos para os usuários (Hamza Butt)

Usabilidade e sistema operacional

Basicamente, são três sistemas operacionais nos celulares disponíveis no mercado: iOS para iPhones, da Apple; Windows Phone para os aparelhos Microsoft (anteriormente da Nokia) e Android, para todas as outras marcas (Samsung, Sony, Motorola, Asus, LG, Lenovo, etc.).

Com os avanços no design e na usabilidade dos sistemas, dificilmente alguém que já mexeu com um smartphone ficará perdido ao pegar nas mãos um aparelho de marca diferente da que está acostumado. A adaptação pode levar alguns momentos, mas as funções principais serão descobertas com facilidade.

Para todos os sistemas, a regra é a mesma: celulares mais novos e com processamento maior ganham novas atualizações de tempos em tempos, enquanto os modelos de entrada ou aparelhos mais velhos vão ficando para trás nas novidades – e também mais lentos e com dificuldade para rodar apps mais pesados.

Sem dúvida, o iOS ainda é o sistema mais seguro e mais intuitivo para o usuário. Por outro lado, é o que permite menos personalização. A App Store, loja de aplicativos da Apple, é bastante completa e terá programinhas de todos os tipos e áreas, gratuitos e pagos, já que as empresas normalmente lançam novidades para iPhones e celulares Android.

E falando em Android, o sistema é rápido, bastante personalizável e tem variações entre as marcas, já que cada empresa pode incluir apps próprios e funções especiais em seus aparelhos. Por estas razões, é menos seguro que o iOS, com diversos casos de vírus e invasões reportados. A Google Play Store é a maior das lojas, com um catálogo imenso de programas gratuitos e pagos.

Já o Windows Phone sofre por ser, desde sempre, a terceira opção. Ele é fácil de usar, bastante intuitivo e pouco personalizável. Nos modelos mais novos, a integração com o Microsoft Windows em um PC ou notebook parece funcionar sem engasgos. Por outro lado, os donos de celulares com este sistema vão sofrer com a pequena oferta de apps e a demora na atualização dos mesmos, pois, como dissemos, as empresas constantemente lançam as novidades para iPhones e Android primeiro.

Desempenho e memória

Para desempenho e memória, a regra é: quanto mais, melhor.

Processadores mais potentes garantem rodar bem aquele jogo novo, exibir filmes e usar vários aplicativos de trabalho ao mesmo tempo, incluindo editar planilhas, apresentações, fotos e vídeos. Para quem passa o dia nas ruas, apps de mapas, como o Waze, exigem bastante do sistema e um bom processamento vai fazer o celular atender essas necessidades sem problema.

Para usar os aplicativos de trocas de mensagens e passear pelas redes sociais, uma configuração básica “deveria” ser o suficiente. Deveria porque, novamente, os sistemas e apps ganham atualizações e exigem cada vez mais processamento e memória. E quanto mais a configuração toda do aparelho é exigida, mais rapidamente se vai a bateria.

Para efeito de comparação, modelos premium lançados neste ano pelas marcas já contam com processador octa-core (de oito núcleos) e mais de 4 GB de memória RAM (usada para executar diferentes tarefas sem travar o aparelho).

A memória interna dos aparelhos top de linha normalmente é de 32 GB para cima. E quanto mais armazenamento, mais espaço para fotos, vídeos, música, livros e arquivos. Para tudo o que fazemos e guardamos hoje em dia, ter apenas 8 GB de memória vai significar ficar apagando arquivos para poder seguir usando o celular.

Aparelhos mais recentes, como o Huawei Mate 9, já possuem a nova entrada USB-C, mais rápida para dados e carregamento (Andri Koolme/Flickr)

Bateria e carregamento

As tecnologias de baterias para smartphones não avançam na velocidade que as empresas gostariam, então os processadores mais potentes e modernos e a memória RAM operam de forma a usar a energia de forma eficiente. Isso significa passar o dia todo sem precisar correr atrás de uma tomada.

No outro extremo, aparelhos mais antigos, com processamento menor, também tem eficiência energética menor, enquanto o sistema e os apps exigem mais. Consequentemente, a bateria dura menos tempo.

Quanto maior o valor de mAh (miliampéres/hora), maior a capacidade da bateria. Aparelhos premium têm baterias de 3.000 mAh ou mais.

Os modelos mais recentes ainda têm outra novidade, que tem relação com o carregamento da bateria: a conexão USB-C, que está substituindo o USB 2.0 e pretende padronizar as entradas de carregadores e cabos nos aparelhos. Celulares com conexão USB-C têm carregamento e transmissão de dados muito mais rápidos.

Diversos modelos aboliram o botão frontal e adotaram a "tela infinita", com bordas finíssimas, como o Galaxy S8 Plus (Maurizio Pesce/Flickr)

Tela, câmera e outras funções

As telas dos aparelhos premium vão de 4,7” (iPhone 7) a 6,3” (Galaxy Note 8), com resoluções do HD ao 4K, enquanto alguns aparelhos de entrada ainda possuem telas menores. A tela do iPhone 5, por exemplo, tem 4”, enquanto a do Galaxy S4 Mini tem 4,3”.

Ter um aparelho maior ou menor é questão de adaptação ao tamanho da tela e ao manuseio. Telas maiores e com melhor resolução são imprescindíveis para quem joga, assiste a filmes ou lê bastante no celular.

E falando em telas, diversas marcas anunciam versões super-resistentes, inquebráveis, com tecnologia anti-riscos e anti-estilhaços, o que também vale para o material do corpo do aparelho. Verifique as configurações e analise o visual do celular desejado, mas siga nossa dica: não deixe de aplicar uma película protetora.

Além de exibir vídeos em altíssima resolução, diversos aparelhos também já conseguem filmar em 4k. E da mesma forma como nas outras funções, quanto mais novo e moderno é o aparelho, melhor será sua câmera, na comparação com os lançamentos anteriores, ainda que as marcas promovam essa evolução sem grandes saltos.

Ainda assim, podemos dizer que a qualidade das câmeras depende menos da quantidade de megapixels e mais do conjunto de lentes, abertura do diafragma, do software da câmera e do processador presente no aparelho.

Muitos smartphones medianos e os modelos mais modernos também possuem leitor de digital para desbloqueio, áudio estéreo e resistência à água – o que significa que dá para tomar chuva, mas evitaríamos mergulhar com o celular para tirar foto na piscina. Aparelhos top de linha possuem reconhecimento facial ou de íris, tela sensível à pressão, corpo de materiais leves e mais resistentes, áudio de alta qualidade e conexão com óculos de realidade virtual.