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Biometano: A Energia do Futuro

Precisamos pensar em alternativas sustentáveis para o planeta. Startups já estão de olho em boas alternativas para reduzir a emissão de poluentes

Startups já estão de olho em boas alternativas para reduzir a emissão de poluentes (Divulgação/Envato)
Cris Arcangeli

CEO da beuty'in

Publicado em 15 de maio de 2024 às 12h40.

Você já ouviu falar na palavra Biometano? É um tema importante para o futuro da Terra. Trata-se de uma economia movida a restos como lixo, esgoto, esterco e subprodutos vegetais do agronegócio.

Ele é o ideal para substituir combustíveis fósseis – e chama a atenção de inovadores e empreendedores. O processo é simples: Sem tratamento adequado, restos orgânicos contaminam o ambiente e causam doenças. Se processados em compartimento fechado, emite o biogás – que, depois de purificado, se transforma em biometano e gera biofertilizantes.

A ótima notícia é que a redução de emissão poluente chega a 80%. Entre outras funções, até pode substituir o diesel em ônibus e caminhões e a gasolina, nos carros.

E é ideal para cumprir metas de descarbonização. São 3 fontes do produto: Restos de aterros sanitários; Subprodutos da agropecuária e Resíduos de saneamento básico.

Uma das empresas que já trabalha com valorização de resíduos é a Orizon, que está na Bolsa de São Paulo e participou da COP28. Outro nome é o grupo Urca Energia, maior produtora de biometano da América Latina a partir do aterro de Seropédica, no Rio. 100% de uma fábrica da Ambev já é energizada pelo material. Incrível, né?

O biometano, também, tem grande potencial no agronegócio. Caso de granjas de aves e porcos, confinamento de gado, resíduo de culturas como cana, frutas e mandioca – entre outras fontes. O grupo Cosan criou um braço chamado Compass para distribuir o gás.

E seu concorrente, a Raízen investe nos resíduos da cana, em Piracicaba. Tem a capacidade para abastecer o equivalente a 200 mil clientes residenciais.

Por meio do conceito de economia circular, a meta é utilizar resíduos do lixo para gerar energia e combustíveis. Daí a importância dos empreendedores. É o caso da israelense HomeBiogá s, criada em 2012 – e hoje atua em 100 países em todos os continentes. O foco deles é a pequena escala.

Um exemplo: instalar em escolas, fazendas, hotéis, pequenas indústrias, canis de cachorros e por aí vai. Para isso, um sistema compacto transforma restos de comida e qualquer tipo de fezes em biofertilizante e gás para fogão.

Aqui em São Paulo, o povo guarani da Terra Indígena Jaraguá ganhou 38 equipamentos. O biodigestor é ligado a um banheiro químico e os encanamentos conectam o sistema a fogareiros.

Com isso, os indígenas ganharam fertilizante para plantar, gás para cozinhar e, principalmente, saneamento...

Os líderes indígenas dizem que melhorou a saúde de toda a aldeia. No Brasil, a israelense HomeBiogás é representado pela BioMovement. A meta é instalar um milhão de equipamentos até 2040 no país.

São exemplos assim que, literalmente, nos movem.

Inovar,

Acreditar.

Investir.

Empreender.

Pesquise sobre biometano!

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Você já ouviu falar na palavra Biometano? É um tema importante para o futuro da Terra. Trata-se de uma economia movida a restos como lixo, esgoto, esterco e subprodutos vegetais do agronegócio.

Ele é o ideal para substituir combustíveis fósseis – e chama a atenção de inovadores e empreendedores. O processo é simples: Sem tratamento adequado, restos orgânicos contaminam o ambiente e causam doenças. Se processados em compartimento fechado, emite o biogás – que, depois de purificado, se transforma em biometano e gera biofertilizantes.

A ótima notícia é que a redução de emissão poluente chega a 80%. Entre outras funções, até pode substituir o diesel em ônibus e caminhões e a gasolina, nos carros.

E é ideal para cumprir metas de descarbonização. São 3 fontes do produto: Restos de aterros sanitários; Subprodutos da agropecuária e Resíduos de saneamento básico.

Uma das empresas que já trabalha com valorização de resíduos é a Orizon, que está na Bolsa de São Paulo e participou da COP28. Outro nome é o grupo Urca Energia, maior produtora de biometano da América Latina a partir do aterro de Seropédica, no Rio. 100% de uma fábrica da Ambev já é energizada pelo material. Incrível, né?

O biometano, também, tem grande potencial no agronegócio. Caso de granjas de aves e porcos, confinamento de gado, resíduo de culturas como cana, frutas e mandioca – entre outras fontes. O grupo Cosan criou um braço chamado Compass para distribuir o gás.

E seu concorrente, a Raízen investe nos resíduos da cana, em Piracicaba. Tem a capacidade para abastecer o equivalente a 200 mil clientes residenciais.

Por meio do conceito de economia circular, a meta é utilizar resíduos do lixo para gerar energia e combustíveis. Daí a importância dos empreendedores. É o caso da israelense HomeBiogá s, criada em 2012 – e hoje atua em 100 países em todos os continentes. O foco deles é a pequena escala.

Um exemplo: instalar em escolas, fazendas, hotéis, pequenas indústrias, canis de cachorros e por aí vai. Para isso, um sistema compacto transforma restos de comida e qualquer tipo de fezes em biofertilizante e gás para fogão.

Aqui em São Paulo, o povo guarani da Terra Indígena Jaraguá ganhou 38 equipamentos. O biodigestor é ligado a um banheiro químico e os encanamentos conectam o sistema a fogareiros.

Com isso, os indígenas ganharam fertilizante para plantar, gás para cozinhar e, principalmente, saneamento...

Os líderes indígenas dizem que melhorou a saúde de toda a aldeia. No Brasil, a israelense HomeBiogás é representado pela BioMovement. A meta é instalar um milhão de equipamentos até 2040 no país.

São exemplos assim que, literalmente, nos movem.

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