Vacinas da Pfizer e Moderna podem proteger por anos, diz estudo
De acordo com pesquisadores, vacinas continuam gerando resposta imune meses após a primeira dose. Pessoas que tiveram o vírus e depois se vacinaram podem ter proteção ainda mais robusta
Thiago Lavado
Publicado em 28 de junho de 2021 às 15h23.
Um estudo publicado na revista Nature nesta segunda-feira, 28, revelou que as vacinas de RNA Mensageiro , que são desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna, concederam um tipo de reação imune que deve durar por anos contra o coronavírus .
O achado pode indicar que as pessoas imunizadas com essas vacinas não precisam de reforços adicionais no futuro, contanto que o coronavírus não sofra mutações ao ponto de mudar além de sua forma atual.
De acordo com os dados do estudo, os pesquisadores encontraram, 15 semanas após a aplicação da primeira dose, um sistema imunológico ativo em todos os 14 participantes e o número de células que reconhecia o coronavírus não havia diminuído.”O fato de que as reações continuaram por quase 4 meses após a vacinação é um ótimo sinal”, disse Ali Ellebedy, que liderou a pesquisa.
Apesar dos bons sinais, ainda é difícil prever o quanto a imunidade irá durar, mas, na ausência de variantes que driblem o sistema imunológico, a imunidade poderia durar por toda a vida, dizem especialistas.
Em uma análise publicada no mês passado, o time de Ellebedy divulgou um estudo em que apontou que pessoas que sobreviveram à covid mantiveram células imunes por até 8 meses após a infecção. Outro estudo apontou que células de memória B continuam a maturar por até um ano após a infecção.
Com base nessas evidências, os pesquisadores acreditam que a imunidade pode possivelmente a vida toda em pessoas que foram infectadas e depois vacinadas, e que elas talvez não necessitem de reforços vacinais.