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Primeiras galáxias podem ter se formado antes do que os astrônomos pensavam, diz estudo

Descobertas estão sendo feitas graças às observações do telescópio espacial James Webb, que está reformulando a compreensão do universo

A extrema luminosidade das estrelas levanta duas possibilidades intrigantes, disseram nesta quinta-feira (17) os astrônomos em uma coletiva de imprensa da Nasa (AFP/AFP Photo)
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AFP

Publicado em 18 de novembro de 2022 às 12h59.

As primeiras galáxias podem ter se formado há mais tempo do que os astrônomos estimavam, segundo observações do telescópio espacial James Webb , que está reformulando a compreensão do universo.

Os pesquisadores que usam o poderoso telescópio publicaram um artigo na revista Astrophysical Journal Letters em que documentam duas galáxias excepcionalmente brilhantes e distantes, com base em dados colhidos nos primeiros dias de operação do Webb, em julho.

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A extrema luminosidade das estrelas levanta duas possibilidades intrigantes, disseram nesta quinta-feira (17) os astrônomos em uma coletiva de imprensa da Nasa.

A primeira é que essas galáxias seriam muito grandes, com muitas estrelas de baixa massa como as galáxias de hoje, e teriam começado a se formar 100 milhões de anos após o Big Bang, que ocorreu há 13,8 bilhões de anos.

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Isso também significaria que se formaram 100 milhões de anos antes do que hoje é considerado o fim da chamada era das trevas cósmica, quando o universo era apenas gás e matéria escura.

Outra possibilidade é que essas galáxias sejam de estrelas da chamada “População III”, que nunca haviam sido observadas, mas que, teoricamente, eram formadas unicamente por hélio e hidrogênio, antes do surgimento de elementos mais pesados.

Como essas estrelas queimavam em temperaturas extremas, as galáxias não teriam que ser tão enormes para explicar o brilho observado pelo Webb, e poderiam ter começado a se formar mais tarde.

"Estamos vendo galáxias tão brilhantes e luminosas tão cedo, que não temos certeza do que está acontecendo", disse a repórteres Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

A rápida descoberta de galáxias também desafia as expectativas de que o telescópio precisaria explorar um volume muito maior de espaço para encontrá-las.

“É uma surpresa que existam tantas que se formaram tão cedo”, acrescentou o astrofísico Jeyhan Kartaltepe, do Instituto Tecnológico de Rochester.

As duas galáxias definitivamente existiram entre 450 e 350 milhões de anos após o Big Bang. Uma delas, chamada GLASS-z12, é agora a luz estelar mais distante já vista.

Quanto mais longe as estrelas estão, mais tempo leva para sua luz atingir a Terra, então olhar para o universo distante é ver o passado profundo.

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