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Nobel de Medicina: cientistas fazem descobertas sobre temperatura e toque

O americano David Julius e o libanês Ardem Patapoutian desvendaram os receptores celulares que são sensíveis às substâncias químicas que transmitem sensações de frio e calor no organismo

The c0-winners of the 2021 Nobel Prize in Physiology or Medicine David Julius (L) and Ardem Patapoutian are displayed on a screen during a press conference at the Karolinska Institute in Stockholm, Sweden, on October 4, 2021. - US scientists David Julius and Ardem Patapoutian won the Nobel Medicine Prize for discoveries on receptors for temperature and touch. (Photo by Jonathan NACKSTRAND / AFP) (Jonathan NACKSTRAND/AFP)
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AFP

Publicado em 4 de outubro de 2021 às 07h48.

Última atualização em 4 de outubro de 2021 às 12h31.

O cientista americano David Julius e o americano de origem libanesa e armênia Ardem Patapoutian foram anunciados nesta segunda-feira (4) como os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina por suas descobertas sobre a forma como o sistema nervoso percebe a temperatura e o tato.

Suas "descobertas revolucionárias" nos "permitiram compreender como o calor, o frio e a força mecânica podem desencadear impulsos nervosos que nos permitem perceber e nos adaptar ao mundo", informou o júri do Nobel, em Estocolmo.

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Nossa capacidade para sentir o calor, o frio e o tato é essencial para sobreviver e dela depende nossa interação com o mundo que nos cerca.

David Julius, de 65 anos, professor da Universidade da Califórnia, usou capsaicina, um composto ativo das pimentas que provoca sensação de ardor, para identificar um sensor nas terminações nervosas da pele que respondem ao calor.

Ardem Patapoutian, professor da Scripps Research na Califórnia e nascido em 1967, utilizou células sensíveis à pressão para descobrir um novo tipo de sensores que respondem a estímulos mecânicos na pele e nos órgãos internos.

Entre os principais candidatos a vencer o Nobel de Medicina deste ano estavam as vacinas de RNA mensageiro, assim como pesquisas de adesão celular, epigenética, resistência aos antibióticos e novas formas de tratamentos em reumatologia, segundo especialistas consultados pela AFP.

No ano passado, o prêmio foi atribuído a três virologistas pela descoberta do vírus da hepatite C.

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