Nobel de Física vai para cientistas por descobertas sobre buracos negros
Metade do prêmio ficará com Roger Penrose, e outra metade será dividida entre Reinhard Genzel e Andrea Ghez, que descobriram um buraco negro supermassivo
Victor Sena
Publicado em 6 de outubro de 2020 às 08h12.
Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 07h05.
Três pesquisadores que estudam buracos negros dividem o Prêmio Nobel de Física deste ano. Metade do prêmio de 10 milhões de Coroas Suecas ficará com Roger Penrose, que relacionou a formação à teoria da relatividade de Einstein, e outra metade será dividida entre Reinhard Genzel e Andrea Ghez, que descobriram um objeto invisível supermassivo no centro de nossa galáxia, o que só pode ser explicado atualmente como um buraco negro.
Ghez é a primeira mulher premiada neste ano e a quarta a receber a láurea em Física desde 1901. Antes dela, foram premiadas Marie Curie em 1903, Maria Goeppert-Mayer em 1963, e Donna Strickland em 2018.
“As descobertas dos premiados neste ano quebraram precedentes no estudo de objetos compactos e supermassivos. Mas estes objetos exóticos ainda impõem muitas questões que pedem por respostas e motivam pesquisas futuras, não apenas sobre sua estrutura interna, mas também sobre como testar nossa teoria da gravidade sob condições tão extremas, quanto as de um buraco negro”, diz David Haviland, chair do Comitê de Física do Prêmio Nobel.
Quem são os premiados
- Roger Penrose, nascido em 1931 em Colchester, no Reino Unido, é professor na Universidade de Oxford.
- Reinhard Genzel, nascido em 1952 em Bad Homburg vor der Höhe, Alemanha. Diretor no Instituto Max Planck, na Alemanha, e professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley, EUA.
- Andrea Ghez, nascida em 1965 em Nova York, EUA. Professora na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, EU