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Múmia de filhote de tigre dente-de-sabre é encontrada 'intacta'; veja foto

Pesquisadores encontraram pelos abundantes e carne mumificada que cobriam o cadáver

A foto da múmia congelada do filhote de tigre dente-de-sabre consta no estudo do professor Alexey V. Lopatin (Reprodução/Alexey V. Lopatin)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 11h23.

Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 11h23.

Um filhote da era glacial da Sibéria é a primeira múmia conhecida de um tigre dente-de-sabre, e sua descoberta está gerando empolgação entre os paleontólogos. A preservação excepcional dessa espécie forneceu a primeira visão de como eram os tigres dente-de-sabre.

Pesquisadores encontraram pelos abundantes e carne mumificada que cobriam o cadáver parcial. Membros dianteiros e tronco estavam quase intactos, relataram cientistas na quinta-feira no periódico Scientific Reports. "Seu pelo também era surpreendentemente macio", disse Alexey V. Lopatin, principal autor do estudo , membro titular da Academia Russa de Ciências em Moscou e pesquisador-chefe e diretor do Instituto Paleontológico Borissiak

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A foto da múmia congelada do filhote de tigre dente-de-sabre consta no estudo do professor Alexey V. Lopatin (Reprodução/Alexey V. Lopatin)

A múmia é a primeira evidência da Ásia da espécie de gato-dente-de-sabre Homotherium latidens, disse Lopatin, embora ossos fossilizados tenham sido encontrados anteriormente em locais na Holanda e no Cadá. Outros tipos de múmias congeladas da era do gelo, como rinocerontes-lanosos e mamutes, são conhecidos da região siberiana de Yakutia, na Rússia.

O filhote foi preservado no permafrost perto do rio Badyarikha, no nordeste de Yakutia, e escavadores encontraram a múmia em 2020 enquanto procuravam presas de mamute disse Lopatin à CNN.Cientistas estimam que o filhote tinha pelo menos 35.000 anos e viveu durante a última parte da época do Pleistoceno (cerca de 2,6 milhões a 11.700 anos atrás).

A preservação dos membros anteriores do filhote em particular foi extraordinária, escreveram os autores do estudo. Suas patas dianteiras ainda retinham garras e as almofadas ovais e carnudas na parte inferior da pata, que são carinhosamente chamadas de "feijões" pelos admiradores de gatos.

Junto com a múmia parcial, ossos articulados da pélvis e membros posteriores do filhote também foram encontrados presos no gelo. Com base em comparações com a anatomia do filhote de leão e análise do crescimento do incisivo do filhote mumificado, os cientistas estimaram que o filhote tinha cerca de 3 semanas quando morreu.

E não é apenas a anatomia da múmia Homotherium que a torna tão especial — a descoberta também fornece um vislumbre único da história evolutiva do grupo felino. Análises genéticas anteriores do DNA de fósseis de Homotherium mostraram que o gênero se separou de outros felinos antigos há cerca de 18 milhões de anos.

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