Cientistas criam bafômetro capaz de identificar uso de maconha
Protótipo, dispositivo é capaz de identificar a presença de psicoativo da planta na respiração do usuário
Rodrigo Loureiro
Publicado em 27 de agosto de 2019 às 19h44.
Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 19h49.
São Paulo – Cientistas americanos desenvolveram um bafômetro capaz de identificar o consumo maconha . O dispositivo, que ainda é um protótipo e não tem previsão para ser utilizado nas ruas, foi produzido por uma equipe do departamento de química da Escola de Engenharia de Swanson, nos Estados Unidos.
O funcionamento do aparelho se dá pela medição da quantidade de tetrahidrocanabinol (THC), psicoativo da maconha, na respiração de quem bafora o aparelho. De acordo com Sean Hwang, autor do estudo, o desenvolvimento do dispositivo só foi possível graças a um novo semicondutor de nanotubo de carbono, tecnologia considerada promissora no meio científico.
“Ensinamos o bafômetro a reconhecer a presença do THC com base no tempo de recuperação das correntes elétricas, mesmo quando há a presença substâncias como o álcool”, afirmou o cientista ao site Phys.org. Para os pesquisadores, esse é o primeiro passo para criar um futuro em que as pessoas não fumem e dirijam.
O consumo de maconha medicinal ou recreativo da maconha é permitido em nove estados americanos além da capital Washington, como Califórnia, Nevada e Colorado.
Nestas quatro regiões, aliás, segundo dados do Instituto de Segurança Viária das Seguradoras dos Estados Unidos (IIHS), o número de acidentes de trânsito desde a legalização da droga aumentou 6% entre janeiro e 2012 e outubro de 2017.