É importante se conhecer, como diziam os gregos
Ao tomar consciência de suas forças e de seus pontos fracos, seu processo de decisão se tornará mais objetivo
"Realmente, se quiser saber quem você será no futuro, comece por fazer uma boa análise de quem você é no presente. Há uma profunda e irrevogável conexão entre esses dois tempos da história de nossa vida. " (Creative Commons/Flickr/Suicine)
13 de junho de 2013, 17h27
São Paulo - Em Delfos, Apolo matou a serpente Píton e a jogou em uma fenda profunda na rocha. Seu corpo, em decomposição, passou a exalar um gás que, se inalado por uma mulher de conduta irretocável, daria a ela o dom de prever o futuro.
Com base nessa crença, os gregos construíram um templo dedicado ao deus Apolo, que acabou por se transformar no centro da religiosidade grega por vários séculos. As sacerdotisas — chamadas de pitonisas, em alusão à serpente — profetizavam o futuro de quem estivesse disposto a pagar os honorários do templo.
Militares, políticos e homens de negócios estavam entre seus principais consulentes, mas muitos jovens em dúvida sobre suas carreiras também procuravam os conselhos das videntes.
Como acontece com suas congêneres atuais, elas acertavam no atacado. Afinal, previsões do tipo "Você está iniciando uma jornada cheia de perigos, mas, se for persistente e estiver seguindo sua vocação, terá muito êxito" sempre acertam, não é mesmo?
Entretanto, deixando a mitologia e a superstição de lado, havia um detalhe no oráculo de Delfos que é digno de respeito. Uma inscrição gravada na parede dizia: "Conhece-te a ti mesmo".
Esse era, na verdade, o grande conselho que o oráculo dava a quem desejava conhecer seu porvir. Recomendação bem moderna, essa dos antigos gregos.
Realmente, se quiser saber quem você será no futuro, comece por fazer uma boa análise de quem você é no presente. Há uma profunda e irrevogável conexão entre esses dois tempos da história de nossa vida.
Saber o que se quer, ter consciência de suas forças e de seus pontos fracos, elaborar sua própria tabela de valores, conhecer seus limites e alcances são alguns dos tópicos que, quando conhecidos, facilitam nossas escolhas. Mesmo que para isso você precise de ajuda especializada, não perca a oportunidade de consolidar seu autoconhecimento.
Esse é o pressuposto da estratégia baseada em recursos, que define o que melhor a empresa pode fazer com as condições de que dispõe no momento e sinaliza as mudanças necessárias. Interessado em conhecer seu futuro? Então comece pelo possível, lançando um olhar criterioso sobre o seu presente.
Eugênio Mussak escreve sobre liderança e sobre o que está na cabeça do líder, ou deveria estar. É professor do MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) e consultor da Sapiens Sapiens.
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