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9o lugar/Brasília

Vem, que tem lugar

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h33.

No dia 27 de junho último, o auditório da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) recebeu empresários para um seminário com o sugestivo nome Brasília, Capital das Oportunidades. "Queríamos mostrar as vantagens de abrir uma empresa aqui", diz Carlos Henrique de Azevedo Oliveira, subsecretário de Comércio Exterior e Desenvolvimento de Negócios. Entre os argumentos usados para convencer a platéia, estavam a maior renda brasileira, o alto grau de escolaridade da população, os programas de incentivo e uma localização privilegiada -- afinal, a cidade fica bem no centro do país e da América do Sul. Isso faz dela uma das grandes capitais do turismo de negócios do Brasil, o que dá espaço para quem tem formação em turismo e em hotelaria.

Por causa da posição no mapa, a área de logística oferece ainda excelentes oportunidades para pessoas físicas e jurídicas. Segundo Oliveira, a cidade é o principal distribuidor de medicamentos do país, além de concentrar quase 60% da produção brasileira de genéricos. A área de comércio exterior também não fica atrás, considerando que Brasília é o maior importador do Centro-Oeste. Além disso, compra de outras cidades e estados quase tudo o que consome. "Um nicho e tanto para empreendedores", diz a argentina Analía Soria Batista, pesquisadora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília. A própria Analía trabalha em um setor superaquecido na região. Assim como em Goiânia, professores universitários são bem-vindos no Distrito Federal, que já possui cerca de 60 instituições de ensino superior (só duas públicas).

Se você não tem vocação para abrir uma empresa nem para dar aulas, mas é um profissional qualificado, pode trabalhar em um programa financiado por um organismo internacional. Segundo Analía, economistas, administradores de empresa, analistas de sistemas e engenheiros, entre outros, são os mais requisitados. "A contratação é feita por currículo e os salários costumam ser compensadores", diz João Batista de Camargo, da Camargo e Camargo Consultores Associados. O administrador de empresas paulistano Plínio Mendes Rabello Júnior, de 37 anos, não chegou a trabalhar num desses projetos, mas está há quatro anos em Brasília e só tem visto sua carreira avançar. Atualmente, é gerente comercial da filial da Redecard na cidade. A empresa, especializada em sistemas para efetuar transações eletrônicas, faz parte de um segmento que também está aquecido por lá: o de serviços. "O mercado não é tão saturado. E, apesar do custo de vida alto, eu tenho qualidade de vida", diz Rabello Júnior. Se a cidade tem alguma desvantagem? De acordo com ele, a distância do mar é a maior delas.

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