3 perguntas de ESG para Matheus Ganem, da Seedz

Por Renato Krausz*

1- Quais desafios de sustentabilidade do produtor rural que a Seedz já ajuda a resolver?

Matheus Ganem: Hoje temos um departamento inteiro focado especificamente no produtor rural, como um software que ajuda o agricultor a consumir informações relevantes para a tomada diária de decisões e planejamento de safra. Além disso, temos um segundo software de gestão e ERP (Sistema integrado de gestão empresarial), com foco na gestão financeira de fazendas de pequeno e médio porte.

Na Seedz, temos uma visão importante de que o agricultor precisa se desenvolver em todos os aspectos da sustentabilidade. Ampliar sua capacidade de planejamento e gestão faz com que o agricultor de menor porte possa se desenvolver social e economicamente e adote práticas ambientais com mais assertividade, integradas ao seu negócio.

2 - Como aumentar a produção sem necessidade de expandir a plantação para novas áreas?

Matheus Ganem: O Brasil já tem condições especiais que destacam nossa produtividade, como fazer mais safras por ano, por exemplo. O advento da safrinha faz com que a agricultura brasileira tenha um diferencial competitivo relevante e que as nossas fazendas consigam, cumprindo o código florestal, aumentar a produtividade das suas áreas disponíveis e preservar o meio ambiente. O correto cumprimento das leis disponíveis e a contínua adoção de novas tecnologias serão pontos de destaque para a ampliação de produção.

Na frente de tecnologia podemos destacar a adoção de máquinas mais modernas que reduzem o consumo de combustíveis e são mais assertivas na redução de impacto no solo. Além de permitir uma melhor gestão, estas máquinas não só aumentam o ganho do agricultor, como também contribuem diretamente para nossa preservação. Podemos considerar também o uso adequado de softwares de gestão da fazenda e gestão da produção que podem aumentar a eficiência de aplicação de defensivos agrícolas e uso de insumos.

Por fim, temos uma relevante oportunidade para adoção de novas tecnologias de insumos através das soluções biológicas que abrem espaço para produzir mais e com redução de impacto ambiental.

3- Após os últimos aportes recebidos, como fica o projeto de internacionalização?

Matheus Ganem: Estamos implantando a Seedz em 10 países da América Latina, em princípio para um grupo restrito de clientes, a prioridade é validar estas operações para determinar os próximos passos nestes países. Como temos uma ampla base de clientes multinacionais, este processo é bastante integrado com a visão de escala e necessidade de clientes que já atendemos.

*Renato Krausz é sócio-diretor da Loures Comunicação

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