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Vara Criminal determina libertação de 31 manifestantes

Dos 64 presos, só três foram soltos na quinta, enquanto cinco tiveram a prisão confirmada e continuarão presos

Policial prende manifestante durante protesto de apoio a greve dos professores no Rio de Janeiro, nesta terça (Pilar Olivares/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2013 às 21h13.

Rio - A 21.ª Vara Criminal do Rio determinou a libertação de 31 manifestantes presos na terça-feira, 15. Nesta quinta-feira, 17, a Justiça já ordenara a liberação de 24 presos. Apesar da expedição de alvará de soltura, ninguém deixara o presídio de Bangu até as 20 horas desta sexta-feira, 18. Dos 64 presos, só três foram soltos na quinta. Cinco tiveram a prisão confirmada e continuarão presos.

Os 31 foram detidos na escadaria da Câmara Municipal, ao fim do protesto . A juíza Claudia Ribeiro reconsiderou a decisão anterior porque "a autoria está esvaziada, na medida em que não se pode afirmar coerentemente que as pessoas detidas foram as responsáveis pela prática dos crimes noticiados". "A lei e a jurisprudência exigem que se tenham indícios suficientes de autoria e materialidade para a conversão da prisão em flagrante em preventiva."

Policiais afirmaram que os indiciados faziam parte do Black Bloc. Eles negaram, alegando que estavam na Câmara para se refugiar da PM. Em Bangu, o dia foi de espera para parentes e amigos. A mãe de Denys Menezes Silveira Jacauna passou mal e foi socorrida pela mãe de outro preso. Rita Menezes teve crise aguda de hipertensão e foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA ) da Vila Kennedy. Deixou o posto duas horas depois. Segundo os médicos, ela teve uma pequena isquemia cerebral.

A médica Isabel Lucena, que socorreu Rita, aguardava a soltura de Diego Lucena Távora, 25 anos. "Meu filho não é black bloc. Foi a primeira manifestação que ele foi", disse. Gustavo Souza, de 55 anos, afirmou que o filho Bernardo, de 27, é assíduo em protestos. "Ele sempre esteve consciente dos riscos", disse.

Pelo menos 18 adolescentes continuam em centro de internação na zona norte. Nesta sexta-feira, a Justiça manteve a internação de 11 deles. "As condições de detenção foram muito ruins, alguns foram algemados e um chegou a desmaiar", disse a advogada Natália Damazio.

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Os 31 foram detidos na escadaria da Câmara Municipal, ao fim do protesto . A juíza Claudia Ribeiro reconsiderou a decisão anterior porque "a autoria está esvaziada, na medida em que não se pode afirmar coerentemente que as pessoas detidas foram as responsáveis pela prática dos crimes noticiados". "A lei e a jurisprudência exigem que se tenham indícios suficientes de autoria e materialidade para a conversão da prisão em flagrante em preventiva."

Policiais afirmaram que os indiciados faziam parte do Black Bloc. Eles negaram, alegando que estavam na Câmara para se refugiar da PM. Em Bangu, o dia foi de espera para parentes e amigos. A mãe de Denys Menezes Silveira Jacauna passou mal e foi socorrida pela mãe de outro preso. Rita Menezes teve crise aguda de hipertensão e foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA ) da Vila Kennedy. Deixou o posto duas horas depois. Segundo os médicos, ela teve uma pequena isquemia cerebral.

A médica Isabel Lucena, que socorreu Rita, aguardava a soltura de Diego Lucena Távora, 25 anos. "Meu filho não é black bloc. Foi a primeira manifestação que ele foi", disse. Gustavo Souza, de 55 anos, afirmou que o filho Bernardo, de 27, é assíduo em protestos. "Ele sempre esteve consciente dos riscos", disse.

Pelo menos 18 adolescentes continuam em centro de internação na zona norte. Nesta sexta-feira, a Justiça manteve a internação de 11 deles. "As condições de detenção foram muito ruins, alguns foram algemados e um chegou a desmaiar", disse a advogada Natália Damazio.

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