Exame Logo

Único a não votar contra Donadon alegou questão ética

Deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) disse ter agido por uma "questão ética", uma vez que ele próprio é condenado pelo STF

Deputado Natan Donadon (sem partido-RO) chega ao plenário da Câmara para assistir a sessão destinada a votar a representação do PSB que pede a perda de seu mandato (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 22h34.

Brasília - Único parlamentar presente que não votou pela cassação de Natan Donadon (sem partido-RO) na sessão desta quarta-feira, 12, o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) disse ter agido por uma "questão ética", uma vez que ele próprio é condenado pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ) e aguarda apenas o julgamento de recursos.

"Não me sinto à vontade, na condição de condenado, para julgar e condenar ninguém. É uma questão ética. Um condenado julgar outro", justificou Bentes, que recorre de condenação a 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por proporcionar cirurgias de esterilização em mulheres em desacordo com a Lei do Planejamento Familiar.

Outros 43 parlamentares no exercício do mandato não votaram. Como em casos como este é preciso alcançar 257 votos pela cassação, a ausência tem o mesmo peso de um voto favorável a Donadon. Na lista dos ausentes está Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que deve ser julgado nos próximos meses no caso do mensalão mineiro. Paulo Maluf (PP-SP), que também tem pendências no STF, foi outro a faltar à sessão.

Veja também

Brasília - Único parlamentar presente que não votou pela cassação de Natan Donadon (sem partido-RO) na sessão desta quarta-feira, 12, o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) disse ter agido por uma "questão ética", uma vez que ele próprio é condenado pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ) e aguarda apenas o julgamento de recursos.

"Não me sinto à vontade, na condição de condenado, para julgar e condenar ninguém. É uma questão ética. Um condenado julgar outro", justificou Bentes, que recorre de condenação a 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por proporcionar cirurgias de esterilização em mulheres em desacordo com a Lei do Planejamento Familiar.

Outros 43 parlamentares no exercício do mandato não votaram. Como em casos como este é preciso alcançar 257 votos pela cassação, a ausência tem o mesmo peso de um voto favorável a Donadon. Na lista dos ausentes está Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que deve ser julgado nos próximos meses no caso do mensalão mineiro. Paulo Maluf (PP-SP), que também tem pendências no STF, foi outro a faltar à sessão.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCorrupçãoEscândalosFraudesPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame