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UFRJ cessa atividades por atraso nos pagamentos de terceiros

3 unidades da instituição suspenderam atividades essa semana por atrasos no pagamento dos funcionários terceirizados

Pichação de protesto na UFRJ em apoio aos servidores públicos federais em greve, no ínicio do ano (Tânia Rêgo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 18h39.

Rio - Três unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ) suspenderam as atividades nesta semana devido a atrasos no pagamento dos funcionários terceirizados de limpeza e segurança.

Estudantes da Escola de Comunicação (ECO) e da Faculdade Nacional de Direito (FND) não tiveram aulas nesta segunda-feira, 11, enquanto a paralisação no Colégio de Aplicação (CAp-UFRJ) ocorre a partir de quarta-feira, 13, exceto para o 3º ano do ensino médio.

No campus da Praia Vermelha, na Urca (zona sul), a ECO está sem porteiros desde outubro de 2014. Na semana passada, dois projetores multimídia da instituição e o computador de um professor foram roubados.

"Viramos alvo de marginais que circulam na região e sabem que estamos vulneráveis", afirmou Amaury Fernandes, diretor da ECO. Professor da unidade há dez anos e na direção há um ano e meio, Fernandes acabou assumindo nova função: recolheu o lixo dos banheiros na semana passada. "O capitão afunda junto com o seu navio", disse.

Dos dez funcionários que seriam necessários para a manutenção da escola, apenas quatro continuam atuando.

A poucos metros do prédio da ECO, um dos portões de acesso da Avenida Venceslau Brás ao campus também foi fechado de manhã por questões de segurança.

"Normalmente são quatro vigilantes, hoje só têm dois. Estamos com salários atrasados, fica complicado", disse um segurança, sem se identificar.

Para Flora Santana, aluna do 6º período de jornalismo e representante do Centro Acadêmico da ECO, a suspensão também tem caráter político de apoio aos terceirizados.

"Não temos como funcionar nessas condições. Se eles não estão recebendo, não têm que vir trabalhar." Os estudantes planejam organizar protesto na quinta-feira, no Conselho Universitário.

As atividades da ECO permanecerão suspensas até a próxima segunda-feira, quando haverá assembleia. As demais unidades do campus da Praia Vermelha seguem funcionando.

"Por enquanto, não vejo razão para nenhum pânico", afirmou Carlos Frederico Rocha, diretor do Instituto de Economia.

Na FND, no centro, a suspensão vigora até amanhã. "Tomamos a decisão para garantir a segurança e saúde de todos por conta da interrupção dos serviços de limpeza", afirmou Carlos Bolonha, vice-diretor da unidade.

No início do ano, o começo das aulas na UFRJ já havia sido adiado por causa dos mesmos problemas com os terceirizados de limpeza, manutenção e segurança.

A UFRJ informou que o Ministério da Educação liberou recursos, "favorecendo a negociação da volta da normalidade na prestação dos serviços de limpeza, segurança e manutenção". Segundo ela, quase metade do orçamento anual de custeio da instituição corresponde ao pagamento de serviços terceirizados.

"Mesmo diante das atuais adversidades, a UFRJ tem conseguido manter seus compromissos com as empresas responsáveis por esses serviços nos limites do seu direito, quitando, em até 90 dias, as dívidas com as empresas".

O Ministério da Educação informou que desde março repassa às instituições federais 1/12 avos dos recursos a elas destinados, "para normalizar seus calendários de pagamento de custeio e investimentos e garantir o pleno funcionamento dos serviços".

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Rio - Três unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ) suspenderam as atividades nesta semana devido a atrasos no pagamento dos funcionários terceirizados de limpeza e segurança.

Estudantes da Escola de Comunicação (ECO) e da Faculdade Nacional de Direito (FND) não tiveram aulas nesta segunda-feira, 11, enquanto a paralisação no Colégio de Aplicação (CAp-UFRJ) ocorre a partir de quarta-feira, 13, exceto para o 3º ano do ensino médio.

No campus da Praia Vermelha, na Urca (zona sul), a ECO está sem porteiros desde outubro de 2014. Na semana passada, dois projetores multimídia da instituição e o computador de um professor foram roubados.

"Viramos alvo de marginais que circulam na região e sabem que estamos vulneráveis", afirmou Amaury Fernandes, diretor da ECO. Professor da unidade há dez anos e na direção há um ano e meio, Fernandes acabou assumindo nova função: recolheu o lixo dos banheiros na semana passada. "O capitão afunda junto com o seu navio", disse.

Dos dez funcionários que seriam necessários para a manutenção da escola, apenas quatro continuam atuando.

A poucos metros do prédio da ECO, um dos portões de acesso da Avenida Venceslau Brás ao campus também foi fechado de manhã por questões de segurança.

"Normalmente são quatro vigilantes, hoje só têm dois. Estamos com salários atrasados, fica complicado", disse um segurança, sem se identificar.

Para Flora Santana, aluna do 6º período de jornalismo e representante do Centro Acadêmico da ECO, a suspensão também tem caráter político de apoio aos terceirizados.

"Não temos como funcionar nessas condições. Se eles não estão recebendo, não têm que vir trabalhar." Os estudantes planejam organizar protesto na quinta-feira, no Conselho Universitário.

As atividades da ECO permanecerão suspensas até a próxima segunda-feira, quando haverá assembleia. As demais unidades do campus da Praia Vermelha seguem funcionando.

"Por enquanto, não vejo razão para nenhum pânico", afirmou Carlos Frederico Rocha, diretor do Instituto de Economia.

Na FND, no centro, a suspensão vigora até amanhã. "Tomamos a decisão para garantir a segurança e saúde de todos por conta da interrupção dos serviços de limpeza", afirmou Carlos Bolonha, vice-diretor da unidade.

No início do ano, o começo das aulas na UFRJ já havia sido adiado por causa dos mesmos problemas com os terceirizados de limpeza, manutenção e segurança.

A UFRJ informou que o Ministério da Educação liberou recursos, "favorecendo a negociação da volta da normalidade na prestação dos serviços de limpeza, segurança e manutenção". Segundo ela, quase metade do orçamento anual de custeio da instituição corresponde ao pagamento de serviços terceirizados.

"Mesmo diante das atuais adversidades, a UFRJ tem conseguido manter seus compromissos com as empresas responsáveis por esses serviços nos limites do seu direito, quitando, em até 90 dias, as dívidas com as empresas".

O Ministério da Educação informou que desde março repassa às instituições federais 1/12 avos dos recursos a elas destinados, "para normalizar seus calendários de pagamento de custeio e investimentos e garantir o pleno funcionamento dos serviços".

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