TSE autoriza atuação das Forças Armadas em eleição no Amazonas
O TSE decidiu em maio pela cassação de José Melo e do seu vice, Henrique Oliveira, que na época ocupavam os cargos de governador e vice-governador do estado
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 16h59.
Brasília - Na sessão desta quinta-feira, 3, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou o envio de militares das Forças Armadas para garantir a segurança de 23 municípios do Estado do Amazonas , onde haverá no próximo domingo, 6, eleição para governador e vice-governador.
Além de Manaus, receberão o reforço de segurança os seguintes municípios: Coari, Tefé, Lábrea, Humaitá, Barcelos, Santa Isabel doRio Negro, Tabatinga, Santo Antônio do Içá, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Maués, Manacapuru, Fonte Boa, Boca do Acre, Manicoré, São Gabriel da Cachoeira, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Amaturá, Autazes, Atalaia do Norte e Presidente Figueiredo.
"A gente não tem noção da complexidade do trabalho que se realiza e da logística que se exige para que uma eleição como esta seja realizada. Muitas vezes, nós, em Brasília, não conhecemos a dimensão dos desafios", disse o presidente do TSE, Gilmar Mendes.
No dia 4 de maio, o TSE decidiu, por 5 a 2, pela cassação de José Melo (PROS) e do seu vice, Henrique Oliveira (Solidariedade), que na época ocupavam os cargos de governador e vice-governador do Amazonas, respectivamente. A acusação contra a chapa foi de compra de votos nas eleições de 2014.
A defesa do governador alegou no julgamento que não se podia condenar apenas com base em "depoimentos de policiais" e que cassar Melo "seria um absurdo".
A decisão de afastar imediatamente o então governador do cargo, antes mesmo da publicação do acórdão, surpreendeu integrantes da Corte Eleitoral, entre eles Gilmar Mendes, que não participou daquele julgamento.