São Paulo -O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) faz hoje (22), às 13h45, uma audiência de conciliação entre os sindicatos das empresas e dos rodoviários da capital paulista.
A finalidade é tentar um acordo entre as partes que ponha fim à greve de motoristas e cobradores, iniciada há três dias.
Os trabalhadores que aderiram à paralisação estão insatisfeitos com a proposta aprovada em assembleia no dia 19, que prevê aumento de 10%.
Nesta manhã, a situação é mais tranquila em comparação aos dois dias anteriores, quando mais da metade dos terminais da cidade foram fechados.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a greve afetou 30% do transporte de ônibus, o que prejudica cerca de 1 milhão de pessoas.
Uma reunião ontem (21) na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho acertou o retorno às atividades com a condição de que a prefeitura intermediasse a reabertura das negociações com os empresários.
A reunião ocorrerá com Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) e o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas).
A assessoria de imprensa do TRT informou que, a partir desse encontro, outros trabalhadores podem ser convocados, tendo em vista que a mobilização ocorre sem a concordância do sindicato dos trabalhadores.
A entidade aponta que o movimento foi espontâneo.
Logo após a reunião entre os representantes da capital, será feita uma conciliação similar com as representações de Osasco, onde também ocorre greve de transporte público desde o dia 20.
- 1. Uberlândia (MG) - 2006
1 /3(Daniel Nunes)
Única cidade com menos de um milhão de habitantes com BRT, a mineira Uberlândia, com pouco mais de 600 mil pessoas, tem um corredor de 7,5 quilômetros na Avenida João Naves de Ávila há seis anos. Outros municípios brasileiros possuem faixas exclusivas, mas não atendem a todos os critérios de um BRT. Levando o preceito de ser na superfície o que o metrô é abaixo da terra, até mesmo shopping em uma das estações o BRT de Uberlândia tem, o que deve soar familiar para moradores de São Paulo. A imagem ao lado mostra uma das vantagens do sistema: a acessibilidade. Deficientes físicos adentram o coletivo tão rápido quanto os demais passageiros, já que as estações são elevadas. O corredor deu tão certo que o governo já tem mais quatro projetos aguardando verba do governo federal.
2. São Paulo (SP) - 2007 2 /3(Wikimedia Commons)
Dominante em Curitiba, o uso do BRT em São Paulo não chega nem perto de fazer cosquinha no metrô: os 9,7 quilômetros do primeiro transportam 81 mil pessoas diariamente, segundo a SPTrans, enquanto os 74 quilômetros do transporte subterrâneo dão conta de 4,5 milhões de viagens todos os dias. Mas quando se trata de avaliação,
o único corredor BRT da cidade se sai até melhor. Na última pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 81% dos passageiros acham o Expresso Tiradentes excelente ou bom, índice que cai para 74% no metrô. Os ônibus convencionais ficaram com 40%. O tempo de viagem entre o Terminal Sacomã e o Parque Dom Pedro II foi enormemente encurtado: caiu de 70 para 14 minutos, segundo a SPTrans. Em relação ao BRT “ideal”, o Expresso Tiradente perde apenas porque foi construído em via elevada. “Deveria ser na (altura da) rua, porque tem vantagem do ponto de vista da acessibilidade. Mas em relação a velocidade, o benefício foi plenamente atingido”, afirma Otávio Cunha, da NTU.
3. Rio de Janeiro (RJ) - 2012 3 /3(Divulgação/Facebook)
Como diz a máxima, quem ri por último, ri melhor. Quando se trata de BRT, o Rio de Janeiro pode ter chegado atrasado, mas saiu na frente na nova leva de munícipios onde o sistema está sendo implantado por causa da Copa. O Transoeste foi inaugurado em junho. O Rio segue as regras dos BRTs, a mais importante delas sendo as vias com ultrapassagem, que permitem a existência de linhas expressas e semiexpressas. Quem quer ir de uma ponta a outra o pode fazer sem demoras. Em
pesquisa realizada pelo Instituto Mapear, a aprovação chegou a 90%, resultado de
quem demorava até 2h30 no trajeto entre Santa Cruz e Barra da Tijuca e agora o faz em 40 minutos. Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada, como em metrôs. Os GPS nos ônibus permitem que se saiba quando chegarão às estações, como em outros BRTs desta galeria. Mas o governo precisará resolver os atropelamentos, que têm sido constantes. Na capital carioca, mais três corredores estão em construção para serem inaugurados até o Mundial de 2014 e as Olimpíadas.