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Transporte público é caro e estressante em São Paulo, dizem usuários

Aprovação dos transportes públicos pelos usuários cai, puxada pela superlotação e pelos altos preços, mostra pesquisa da Toledo & Associados

Linha Amarela do Metrô é a mais bem avaliada pelos usuários (Fernando Moraes/Veja São Paulo)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 17h48.

São Paulo – A insatisfação com o transporte público na cidade de São Paulo aumentou no ano de 2011, segundo uma pesquisa feita pela Toledo & Associados, a pedido da Associação Nacional de Transportes Públicos. Na percepção dos entrevistados, o transporte coletivo é caro e compromete a qualidade de vida dos usuários.

De acordo com o estudo, a avaliação média do metrô caiu de 3,9, em 2010, para 3,7, no passado, em uma escala de 1 a 5. Já o ônibus municipal teve sua nota geral reduzida de 3,4 para 3,1, no mesmo período, enquanto a média dos microônibus caiu de 3,4 para 3.

“O usuário esta dizendo que insatisfeito. O tempo de ir e voltar do trabalho para casa está gerando um desgaste grande na sua qualidade de vida. Além de passar mais de uma hora no transporte, o trajeto não é confortável e ele não consegue fazer nada – 46% sequer conseguem ler ou ouvir um musica”, diz Maria Aparecida Toledo, diretora de planejamento da Toledo & Associados.

Entre os fatores que mais comprometem a qualidade de vida das pessoas, o transporte coletivo e o transito lideram – 59% dos entrevistados se disseram “insatisfeitos” ou “muito insatisfeitos” com o primeiro item, e 82% com o segundo.

A superlotação é o principal fator de desconforto para os usuários – 57% dos entrevistados se dizem incomodados pelo excesso de passageiros, enquanto 23% reclamam dos atrasos.

“O passageiro vivencia situações de brigas e desrespeito frequentes. O clima de tensão é muito forte. É uma panela de pressão”, diz Maria Aparecida. De acordo com a pesquisa, 73% dos entrevistados enxergam os usuários do transporte público como pessoas que se comportam mal, gerando sentimentos negativos no seu cotidiano.

O preço do transporte público é outro fator de descontentamento. Entre os usuários do transporte coletivo, 80% acham o ônibus metropolitano caro ou muito caro em relação ao seu salário. O número aumentou em relação ao ano passado, quando o porcentual era de 79%, e ao ano anterior (77%). “O ônibus está muito caro para o que oferece”, diz Maria Aparecida. “O transito piora a avaliação do usuário”, destaca.

O metrô também custa caro, para 67% dos usuários (contra 66% no ano passado e 57% no ano anterior). A percepção do custo do transporte piorou para quase todos os meios, incluindo CPTM (62%, em 2010, para 68%, em 2011), ônibus municipais da capital (75% para 79%) e outras cidades (76% para 82%), entre outros.

Entre os usuários do metrô, a recém-inaugurada Linha Amarela é a que conta com maior índice de aprovação (89%), seguida pela Lilás (84%), Verde (82%), Azul (73%) e Vermelha (68%).

“Vale notar que o atual índice de satisfação da Linha Azul é mesmo que a Linha Vermelha tinha em 2010. A linha está ficando cheia e sua avaliação vem caindo”, destaca Maria Aparecida.

A pesquisa foi realizada em duas etapas – qualitativa e quantitativa -, com entrevistas domiciliares e nos meios de transporte, em outubro e novembro de 2011.

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São Paulo – A insatisfação com o transporte público na cidade de São Paulo aumentou no ano de 2011, segundo uma pesquisa feita pela Toledo & Associados, a pedido da Associação Nacional de Transportes Públicos. Na percepção dos entrevistados, o transporte coletivo é caro e compromete a qualidade de vida dos usuários.

De acordo com o estudo, a avaliação média do metrô caiu de 3,9, em 2010, para 3,7, no passado, em uma escala de 1 a 5. Já o ônibus municipal teve sua nota geral reduzida de 3,4 para 3,1, no mesmo período, enquanto a média dos microônibus caiu de 3,4 para 3.

“O usuário esta dizendo que insatisfeito. O tempo de ir e voltar do trabalho para casa está gerando um desgaste grande na sua qualidade de vida. Além de passar mais de uma hora no transporte, o trajeto não é confortável e ele não consegue fazer nada – 46% sequer conseguem ler ou ouvir um musica”, diz Maria Aparecida Toledo, diretora de planejamento da Toledo & Associados.

Entre os fatores que mais comprometem a qualidade de vida das pessoas, o transporte coletivo e o transito lideram – 59% dos entrevistados se disseram “insatisfeitos” ou “muito insatisfeitos” com o primeiro item, e 82% com o segundo.

A superlotação é o principal fator de desconforto para os usuários – 57% dos entrevistados se dizem incomodados pelo excesso de passageiros, enquanto 23% reclamam dos atrasos.

“O passageiro vivencia situações de brigas e desrespeito frequentes. O clima de tensão é muito forte. É uma panela de pressão”, diz Maria Aparecida. De acordo com a pesquisa, 73% dos entrevistados enxergam os usuários do transporte público como pessoas que se comportam mal, gerando sentimentos negativos no seu cotidiano.

O preço do transporte público é outro fator de descontentamento. Entre os usuários do transporte coletivo, 80% acham o ônibus metropolitano caro ou muito caro em relação ao seu salário. O número aumentou em relação ao ano passado, quando o porcentual era de 79%, e ao ano anterior (77%). “O ônibus está muito caro para o que oferece”, diz Maria Aparecida. “O transito piora a avaliação do usuário”, destaca.

O metrô também custa caro, para 67% dos usuários (contra 66% no ano passado e 57% no ano anterior). A percepção do custo do transporte piorou para quase todos os meios, incluindo CPTM (62%, em 2010, para 68%, em 2011), ônibus municipais da capital (75% para 79%) e outras cidades (76% para 82%), entre outros.

Entre os usuários do metrô, a recém-inaugurada Linha Amarela é a que conta com maior índice de aprovação (89%), seguida pela Lilás (84%), Verde (82%), Azul (73%) e Vermelha (68%).

“Vale notar que o atual índice de satisfação da Linha Azul é mesmo que a Linha Vermelha tinha em 2010. A linha está ficando cheia e sua avaliação vem caindo”, destaca Maria Aparecida.

A pesquisa foi realizada em duas etapas – qualitativa e quantitativa -, com entrevistas domiciliares e nos meios de transporte, em outubro e novembro de 2011.

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