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Transmissão no Brasil é intensa e quarentena pode ser única opção, diz OMS

O órgão ainda advertiu que os países que têm reaberto gradualmente suas economias devem estar atentos para o risco de novos casos de coronavírus

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Coronavírus: OMS disse que a América Latina é o novo epicentro da doença e o Brasil é o país mais afetado (Adriano Machado/Reuters)

Coronavírus: OMS disse que a América Latina é o novo epicentro da doença e o Brasil é o país mais afetado (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação, com Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2020 às, 20h00.

Última atualização em 25 de maio de 2020 às, 20h00.

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a alertar sobre a disseminação do coronavírus no Brasil. "Neste momento, a transmissão de coronavírus no Brasil é muito intensa", afirmou durante entrevista coletiva virtual o diretor-geral da entidade, Mike Ryan, ao ser questionado sobre o quadro no país.

Ryan disse que, em casos com muita transmissão comunitária da covid-19 e em que não há uma capacidade adequada para testar, rastrear e impor distanciamento para os doentes confirmados, medidas de quarentenas são uma alternativa eficiente e inclusive acabam por poder ser "a única alternativa", apontando também que manter em casa apenas uma parte da população reduz muito a eficiência dessa estratégia.

O diretor-geral disse que alguns países, na Ásia, conseguiram controlar a doença sem medidas muito intensas de isolamento social, mas complementou que isso só foi possível porque havia neles um monitoramento adequado da doença, com testes, busca por casos e isolamento dos doentes.

Ryan afirmou também que, no Brasil, há variações sobre as medidas de restrição impostas. "Precisamos de abordagem abrangente" contra a doença, ressaltou, destacando que outros países da América do Sul, como o Chile e o Peru, têm visto aumentar o número de casos. "A América do Sul e a América Central estão lidando com transmissão intensa da covid-19", advertiu.

Secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus complementou a resposta, notando que, se as medidas de distanciamento social não forem adotadas de modo sério, "a transmissão segue rápida".

Durante o período em vigor das medidas de distanciamento, é preciso desenvolver a capacidade de se fazer testes, isolar e tratar os doentes e assim continuar esse combate. "Se não desacelerar a transmissão do vírus, fica difícil controlá-lo", apontou. "A partir de certo limite, o crescimento (da disseminação) do vírus é exponencial", destacou Ghebreyesus, complementando que isso já aconteceu em outros países anteriormente agora, ocorre no Brasil.

Segunda onda de casos

O órgão ainda advertiu que os países que têm reaberto gradualmente suas economias devem estar atentos para o risco de novos casos de coronavírus.

"Uma segunda onda de contágios pode ser preocupante", afirmou o diretor-executivo da entidade, Mike Ryan, durante entrevista coletiva virtual nesta segunda-feira, 25. Ryan disse que uma "segunda onda" de casos normalmente ocorre em pandemias, mas não necessariamente um "segundo pico" de casos.

"Todos os países precisam continuar em alerta máximo contra o coronavírus", complementou a líder da resposta da OMS à pandemia Maria Van Kerkhove.

Para isso, é preciso fortalecer a estrutura de cada país em testes, rastreamento da doença, isolamento dos casos confirmados e capacidade hospitalar, voltou a recomendar o comando da OMS.

A entidade foi alvo de algumas questões sobre o fato de que o estudo com hidroxicloroquina foi suspenso, após levantamentos mostrarem maior taxa de mortalidade entre os pacientes que faziam uso do medicamento.

Ryan garantiu que não há problema com os estudos em andamento da OMS, mas apenas a necessidade de "garantir sua segurança".

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