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Temer diz em reunião que governo não é "ação entre amigos"

Segundo líder do DEM, Michel Temer negou interferências no processo de cassação de Eduardo Cunha afirmando que governo "não é uma ação de amigos"

Michel Temer: presidente interino teria dito que governo não interfere no processo de cassação de Eduardo Cunha (Reuters/Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 14h43.

Brasília - "Meu governo não é uma ação de amigos." Foi com essa frase que o presidente em exercício Michel Temer negou interferências do governo no processo de cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acordo com o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM).

O parlamentar amazonense se reuniu com Temer na manhã desta quinta-feira, 9, ao lado dos líderes do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), do PSB, Paulo Foletto (ES), e do vice-líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA).

O encontro aconteceu no Palácio do Planalto e foi solicitado pelos líderes da antiga oposição.

"Ele disse que não há qualquer interferência do governo na questão Cunha com o Legislativo. Disse que o governo dele não é uma ação entre amigos", afirmou Pauderney em entrevista após o encontro.

Segundo o líder do DEM, Temer disse que a Câmara vai decidir seu destino sem interferência do Palácio do Planalto.

Mais cedo, o líder do PSB na Câmara, deputado Paulo Foletto, também foi na mesma linha de Pauderney. "Ele disse que não ia se meter. Ele deixou claríssimo que a Câmara tem tamanho e autoridade para resolver isso", afirmou Foletto ao Broadcast Político.

Nos últimos dias, opositores de Cunha acusam o Planalto de atuar sobre o PRB, que possui cargos na Esplanada dos Ministérios, para convencer a deputada Tia Eron (PRB-BA) a votar a favor do peemedebista no Conselho de Ética.

O voto dela é considerado decisivo para aprovar a cassação de Cunha.

Além de favoráveis a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, PSB, DEM, PSDB e PPS querem apoio de Temer para aprovar o regime de urgência para projeto de Resolução que declara vago o cargo de presidente da Câmara.

A proposta é de autoria do deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS.

Para que o requerimento de urgência da proposta seja apresentado, os partidos precisam de assinaturas de líderes que representem 171 deputados. Até o momento, porém, apenas os líderes dos quatro partidos assinaram.

PT, PMDB e partidos do Centrão, aliados de Cunha, resistem a apoiar a proposta.

Conselho de Ética

O líder do DEM também anunciou a troca de membros suplentes do partido no Conselho de Ética. O deputado Mandetta (MS) substituirá Onyx Lorenzoni (RS), que viajará em missão oficial.

Segundo Pauderney, a troca não alterará votos no caso Cunha, pois Mandetta também é favorável à cassação do peemedebista.

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Brasília - "Meu governo não é uma ação de amigos." Foi com essa frase que o presidente em exercício Michel Temer negou interferências do governo no processo de cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acordo com o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM).

O parlamentar amazonense se reuniu com Temer na manhã desta quinta-feira, 9, ao lado dos líderes do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), do PSB, Paulo Foletto (ES), e do vice-líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA).

O encontro aconteceu no Palácio do Planalto e foi solicitado pelos líderes da antiga oposição.

"Ele disse que não há qualquer interferência do governo na questão Cunha com o Legislativo. Disse que o governo dele não é uma ação entre amigos", afirmou Pauderney em entrevista após o encontro.

Segundo o líder do DEM, Temer disse que a Câmara vai decidir seu destino sem interferência do Palácio do Planalto.

Mais cedo, o líder do PSB na Câmara, deputado Paulo Foletto, também foi na mesma linha de Pauderney. "Ele disse que não ia se meter. Ele deixou claríssimo que a Câmara tem tamanho e autoridade para resolver isso", afirmou Foletto ao Broadcast Político.

Nos últimos dias, opositores de Cunha acusam o Planalto de atuar sobre o PRB, que possui cargos na Esplanada dos Ministérios, para convencer a deputada Tia Eron (PRB-BA) a votar a favor do peemedebista no Conselho de Ética.

O voto dela é considerado decisivo para aprovar a cassação de Cunha.

Além de favoráveis a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, PSB, DEM, PSDB e PPS querem apoio de Temer para aprovar o regime de urgência para projeto de Resolução que declara vago o cargo de presidente da Câmara.

A proposta é de autoria do deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS.

Para que o requerimento de urgência da proposta seja apresentado, os partidos precisam de assinaturas de líderes que representem 171 deputados. Até o momento, porém, apenas os líderes dos quatro partidos assinaram.

PT, PMDB e partidos do Centrão, aliados de Cunha, resistem a apoiar a proposta.

Conselho de Ética

O líder do DEM também anunciou a troca de membros suplentes do partido no Conselho de Ética. O deputado Mandetta (MS) substituirá Onyx Lorenzoni (RS), que viajará em missão oficial.

Segundo Pauderney, a troca não alterará votos no caso Cunha, pois Mandetta também é favorável à cassação do peemedebista.

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