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SP começa a vacinar idosos com 3ª dose a partir de 6 de setembro

Governador João Doria anuncia imunização extra para pessoas com 60 anos ou mais a partir do próximo mês

Vacinação contra a covid-19. (Eduardo Frazão/Exame)

Vacinação contra a covid-19. (Eduardo Frazão/Exame)

AM

André Martins

Publicado em 25 de agosto de 2021 às 13h11.

Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 15h20.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 25, a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir do dia 6 de setembro em idosos com mais de 60 anos. O grupo a ser imunizado com a dose de reforço é estimado em cerca de 900 mil pessoas

Segundo Doria, o comitê de saúde estadual decidiu na manhã desta terça-feira sobre a necessidade de uma terceira dose para pessoas acima de 60 anos. O público estimado é de 900 mil pessoas. Haverá escalonamento para vacinação por idade, com pessoas acima de 90 anos.

Segundo o coordenador do centro de contingência, João Gabbardo, será utilizada a vacina disponível no momento em que a pessoa for tomar a terceira dose e poderá ocorrer intercâmbio de imunizantes, ou seja, aplicação de uma vacina diferente da que foi utilizada nas duas primeiras doses ou na dose única.

O cronograma de vacinação será definido pelo governo estadual de acordo com os cálculos de entrega dos imunizantes pelo Ministério da Saúde. A aplicação da terceira dose só será realizada após seis meses da segunda dose, ou da dose única (no caso do imunizante da Janssen).

A inclusão dos imunossuprimidos ainda será definida pela administração estadual em uma reunião nos próximos dias. Gabbardo adiantou que dentro dos imunossuprimidos, que inclui pessoas que vivem com HIV e câncer, o comitê estadual entende que no primeiro momento a priorização será a vacinação para transplantados.

De acordo com o coordenador do centro de contingência da covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes, a aplicação da terceira dose da vacina acontece como a adoção de "um passo a mais na segurança" da população mais vulnerável em meio ao avanço da variante Delta no Brasil.

Gabbardo ressaltou também que os índices epidemiológicos do estado continuam a melhorar, mesmo com o avanço de casos da variante. "Não temos nenhum tipo de alteração nos indicadores por consequência do aparecimento dessa variante até o presente momento", disse. O coordenador do centro de contingência afirmou que tanto a antecipação da segunda dose da vacina, quanto a aplicação da terceira dose do imunizante são medidas tomadas com base na observação do avanço da variante em outros países.

O estado de São Paulo registrou nesta terça-feira (24) média móvel de 196 mortes por covid-19 por dia. Na comparação com os 14 dias anteriores, a tendência voltou a ser de queda, após duas semanas em estabilidade. As internações também seguem em declínio. A taxa de ocupação dos leitos de UTI no estado hoje é de 38,5%; na Grande São Paulo, está em 37,2%. Em termos absolutos foram registrados 4.222.902 casos de covid-19 durante toda a pandemia, com 144.510 óbitos.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação da terceira dose para imunossuprimidos e idosos a partir de 15 de setembro.

De acordo com dados divulgados ontem pelo consórcio de veículos da imprensa, o País tem apenas 26,83% da população inteiramente imunizada - ou seja, com duas doses ou com a vacina de dose única.

Diversos estudos têm apontado a necessidade de uma terceira aplicação de imunizantes, não apenas da Coronavac, como forma de ampliar a proteção contra variantes do coronavírus mais agressivas, como a delta.

Com informações do Estadão Conteúdo

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