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Senadores acompanham investigação de morte de coronel no Rio

Para o senador Randolfe Rodrigues, a hipótese de latrocínio parece pouco plausível porque o coronel Paulo Malhães tinha saúde debilitada

Paulo Malhães: ex-agente do Centro de Informações do Exército morreu em 25 de abril após ser rendido por criminosos em sua casa em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense (Divulgação/Comissão da Verdade)
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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 19h36.

Rio de Janeiro - A presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), vem ao Rio de Janeiro amanhã (6), às 9h30, para conversar com o caseiro que admitiu participação no assalto que resultou na morte do coronel reformado Paulo Malhães, vítima de infarto.

Malhães morreu em 25 de abril após ser rendido por criminosos em sua casa em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

O crime ocorreu uma semana depois do depoimento do coronel à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, em que confessou ter matado e torturado presos políticos na época da ditadura militar.

O caseiro Rogério Pires está preso desde a semana passada. Três pessoas acusadas do crime estão foragidas, entre elas dois irmãos do caseiro.

A conversa será na Delegacia Antissequestro, no Leblon, zona sul do Rio, e terá a participação do presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous e dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e João Capiberibe (PSB-AP).

Logo em seguida, às 11h, a comitiva de senadores, acompanhados de Wadih Damous, será recebida pelo chefe da Polícia do Rio de Janeiro, Fernando Veloso.

Damous acredita que as circunstâncias da morte de Malhães apontam para queima de arquivo e tentativa de intimidação de outros militares que estejam dispostos a depor sobre crimes cometidos por agentes do estado.

“A confissão do caseiro não comoveu ninguém. Nem a mim”, disse Damous que reivindicou a vinda da Comissão de Direitos Humanos do Senado para acompanhar as investigações.

Para Randolfe Rodrigues, a hipótese de latrocínio parece pouco plausível porque o coronel tinha saúde debilitada.

“Pouca ou nenhuma resistência ele poderia oferecer ao assalto”, disse o senador que concorda com a tese de Damous de que a morte de Malhães pode prejudicar futuros depoimentos sobre crimes cometidos durante a ditadura militar.

De acordo com o delegado Pedro Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelo caso, a delegacia ainda aguarda resultados de perícias complementares.

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Malhães morreu em 25 de abril após ser rendido por criminosos em sua casa em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

O crime ocorreu uma semana depois do depoimento do coronel à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, em que confessou ter matado e torturado presos políticos na época da ditadura militar.

O caseiro Rogério Pires está preso desde a semana passada. Três pessoas acusadas do crime estão foragidas, entre elas dois irmãos do caseiro.

A conversa será na Delegacia Antissequestro, no Leblon, zona sul do Rio, e terá a participação do presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous e dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e João Capiberibe (PSB-AP).

Logo em seguida, às 11h, a comitiva de senadores, acompanhados de Wadih Damous, será recebida pelo chefe da Polícia do Rio de Janeiro, Fernando Veloso.

Damous acredita que as circunstâncias da morte de Malhães apontam para queima de arquivo e tentativa de intimidação de outros militares que estejam dispostos a depor sobre crimes cometidos por agentes do estado.

“A confissão do caseiro não comoveu ninguém. Nem a mim”, disse Damous que reivindicou a vinda da Comissão de Direitos Humanos do Senado para acompanhar as investigações.

Para Randolfe Rodrigues, a hipótese de latrocínio parece pouco plausível porque o coronel tinha saúde debilitada.

“Pouca ou nenhuma resistência ele poderia oferecer ao assalto”, disse o senador que concorda com a tese de Damous de que a morte de Malhães pode prejudicar futuros depoimentos sobre crimes cometidos durante a ditadura militar.

De acordo com o delegado Pedro Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelo caso, a delegacia ainda aguarda resultados de perícias complementares.

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