Se eleição fosse hoje, Haddad venceria Bolsonaro, mostra Datafolha
Entre os eleitores de Bolsonaro, 74% manteriam o voto se eleição fosse hoje enquanto 10% migrariam para Haddad, e 13% votariam branco ou nulo
Clara Cerioni
Publicado em 2 de setembro de 2019 às 11h11.
Última atualização em 2 de setembro de 2019 às 16h48.
São Paulo — Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (02) indica que, se o segundo turno das eleições presidenciais de 2018 acontecesse hoje, Fernando Haddad (PT) seria eleito com 42% dos votos, contra 36% de Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo os números, outros 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder.A pesquisa Datafolha ouviu 2.878 pessoas entre 29 e 30 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No ano passado, Bolsonaro foi eleito presidente no segundo turno com 55,13% dos votos válidos, enquanto Haddad obteve 44,87%.
Entre quem declarou preferência por Bolsonaro, 74% manteriam o voto se a eleição fosse hoje. Outros 10% migrariam para Haddad, e 13% votariam branco ou nulo.
Em relação aos eleitores petistas, 88% manteriam seu voto hoje. Somam 4% os que mudariam o voto para Bolsonaro e 6% os que votariam nulo ou branco.
Haddad tem a dianteira entre os jovens, aqueles que têm de 16 a 24 anos, grupo onde venceria Bolsonaro por 51% a 31%.
Também venceria entre aqueles com ensino fundamental (45% a 33%) e médio (42% a 37%), enquanto há empate na margem de erro entre aqueles com ensino superior (38% para Haddad contra 40% de Bolsonaro).
O atual presidente ganharia em todas as regiões do país tirando o Nordeste, onde Haddad venceria por 57% a 23%.
Bolsonaro vence em todas as faixas de renda e sua maior vantagem é de 53% a 27% entre aqueles que ganham de cinco a dez salários mínimos. A exceção são aqueles que ganham até dois salários mínimos, que privilegiam Haddad por 49% a 28%.
A avaliação do Datafolha vai ao encontro da alta na rejeição do governo de Bolsonaro, que foi de 33% para 38% em dois meses.
Com o resultado, Bolsonaro segue sendo o presidente mais mal avaliado neste período de nove meses de governo, desde Fernando Henrique Cardoso.