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Santa Catarina volta a registrar atentados a ônibus

Um carro também foi incendiado e a polícia investiga se o fogo que consumiu uma fábrica de cordas é resultado de algum atentado.

Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo: estado sofre com onda de violência (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 17h15.

Florianópolis - Santa Catarina chega ao final de semana com a violência em alta. Na sexta-feira, os criminosos voltaram a atacar em plena luz do dia. Por volta das 10h30, em São José, homens abordaram um ônibus, ordenaram aos passageiros deixarem o veículo e atearam fogo. Ninguém saiu ferido. Da noite de quinta-feira (15) até a madrugada desta sexta, foram registrados incêndios em três ônibus e outros dois ficaram parcialmente queimados. Um carro também foi incendiado e a polícia investiga se o fogo que consumiu uma fábrica de cordas é resultado de algum atentado.

As cidades atacadas são Florianópolis, São José, Tijucas e Navegantes. Duas pessoas morreram em uma troca de tiros com a Polícia Militar, em Tijucas, às 23h. Suspeita-se que os dois homens estariam planejando o assassinato de policiais em retaliação à morte de um suposto comparsa, ocorrida em Itapema durante a tarde de quinta-feira, logo após um ataque a ônibus. Desde o início da crise, 46 pessoas ligadas aos atentados foram presas, num total de 62 suspeitos.

Nesta sexta, o comércio abriu normalmente apesar do feriado. Quem continua sofrendo são os usuários de ônibus. Além do temor de vivenciarem algum atentado, precisam encarar filas e ônibus lotados. A prefeitura optou em adotar horário de feriado, reduzindo a frota a 40%. "Tivemos que colocar ônibus extras para dar conta da demanda porque hoje as pessoas trabalharam normalmente", disse Elise Gaussmann, gerente de informações da Canasvieiras Transportes, empresa que já teve pelo menos três ônibus incendiados.


Segundo Elise, o final de semana seguirá com os horários normais, mas não há definição sobre segunda-feira. "Esperamos que a polícia continue com as escoltas, mas é difícil priorizar as linhas que devem receber segurança. O nosso primeiro ataque ocorreu na comunidade do Lami, que sempre foi muito calma", afirmou Elise.

O aumento do número de policiais nas ruas para combater a onda de atentados que aflige Florianópolis desde o início da semana gerou um efeito colateral positivo. Segundo a percepção de equipes do Copom, serviço da Polícia Militar que registra ocorrências da população, o número de casos de veículos tomados por assalto despencou.

Em média, cada turno de trabalho do Copom costuma registrar cerca de cinco crimes deste tipo. Algumas vezes, tem-se o dobro de ocorrências. Nos últimos dias, porém, a incidência caiu e houve turnos sem reclamações sobre assaltos a carros. "O motivo desta queda seria o receio dos bandidos em transitar com automóveis roubados, sabendo que o risco de se deparar com alguma viatura ou blitz é maior, já que o efetivo nas ruas foi reforçado em virtude dos atentados", disse um policial que atua no Copom.

Foi divulgado nesta sexta o nome do novo diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, de onde teriam partido a ordem dos ataques e base da suposta facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O agente Renato Fernandes Silva irá substituir Carlos Alves, que pediu afastamento. Silva é agente penitenciário há seis anos e trabalha em São Pedro de Alcântara.

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Florianópolis - Santa Catarina chega ao final de semana com a violência em alta. Na sexta-feira, os criminosos voltaram a atacar em plena luz do dia. Por volta das 10h30, em São José, homens abordaram um ônibus, ordenaram aos passageiros deixarem o veículo e atearam fogo. Ninguém saiu ferido. Da noite de quinta-feira (15) até a madrugada desta sexta, foram registrados incêndios em três ônibus e outros dois ficaram parcialmente queimados. Um carro também foi incendiado e a polícia investiga se o fogo que consumiu uma fábrica de cordas é resultado de algum atentado.

As cidades atacadas são Florianópolis, São José, Tijucas e Navegantes. Duas pessoas morreram em uma troca de tiros com a Polícia Militar, em Tijucas, às 23h. Suspeita-se que os dois homens estariam planejando o assassinato de policiais em retaliação à morte de um suposto comparsa, ocorrida em Itapema durante a tarde de quinta-feira, logo após um ataque a ônibus. Desde o início da crise, 46 pessoas ligadas aos atentados foram presas, num total de 62 suspeitos.

Nesta sexta, o comércio abriu normalmente apesar do feriado. Quem continua sofrendo são os usuários de ônibus. Além do temor de vivenciarem algum atentado, precisam encarar filas e ônibus lotados. A prefeitura optou em adotar horário de feriado, reduzindo a frota a 40%. "Tivemos que colocar ônibus extras para dar conta da demanda porque hoje as pessoas trabalharam normalmente", disse Elise Gaussmann, gerente de informações da Canasvieiras Transportes, empresa que já teve pelo menos três ônibus incendiados.


Segundo Elise, o final de semana seguirá com os horários normais, mas não há definição sobre segunda-feira. "Esperamos que a polícia continue com as escoltas, mas é difícil priorizar as linhas que devem receber segurança. O nosso primeiro ataque ocorreu na comunidade do Lami, que sempre foi muito calma", afirmou Elise.

O aumento do número de policiais nas ruas para combater a onda de atentados que aflige Florianópolis desde o início da semana gerou um efeito colateral positivo. Segundo a percepção de equipes do Copom, serviço da Polícia Militar que registra ocorrências da população, o número de casos de veículos tomados por assalto despencou.

Em média, cada turno de trabalho do Copom costuma registrar cerca de cinco crimes deste tipo. Algumas vezes, tem-se o dobro de ocorrências. Nos últimos dias, porém, a incidência caiu e houve turnos sem reclamações sobre assaltos a carros. "O motivo desta queda seria o receio dos bandidos em transitar com automóveis roubados, sabendo que o risco de se deparar com alguma viatura ou blitz é maior, já que o efetivo nas ruas foi reforçado em virtude dos atentados", disse um policial que atua no Copom.

Foi divulgado nesta sexta o nome do novo diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, de onde teriam partido a ordem dos ataques e base da suposta facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O agente Renato Fernandes Silva irá substituir Carlos Alves, que pediu afastamento. Silva é agente penitenciário há seis anos e trabalha em São Pedro de Alcântara.

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