Rui Costa chora na posse na Bahia e pede mais recursos
Na fala, Costa lembrou da infância humilde no bairro da Liberdade e do aprendizado político a partir da militância no Sindicato dos Trabalhadores
Da Redação
Publicado em 1 de janeiro de 2015 às 12h21.
Salvador - Com um discurso de 38 minutos, marcado por momentos de choro, o governador da Bahia , Rui Costa (PT), tomou posse na manhã desta quinta-feira, 1º de janeiro, na Assembleia Legislativa.
Na fala, Costa lembrou da infância humilde no bairro da Liberdade e do aprendizado político a partir da militância no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica, onde iniciou, há três décadas, a parceria com o agora ex-governador Jaques Wagner (PT), apontado por ele como "um dos melhores governadores da história do Estado".
Costa chorou duas vezes durante o evento. A primeira ao lembrar dos pais e, depois, ao fazer uma homenagem a uma amiga de sua mãe e antiga vizinha, dona Marilene, presente à cerimônia.
Nas duas pausas, o governador foi bastante aplaudido. O governador ainda segurou, por alguns minutos, a filha Marina, de 1 ano e 9 meses, no colo no início do discurso.
A fala apontou as prioridades de Costa no governo. Ele iniciou citando o "aumento de oportunidades (de trabalho) para o povo baiano" e a "maior inserção da Bahia na economia nacional e mundial" e a "ampliação dos empregos no interior".
Em seguida, pediu ajuda aos professores para promover no Estado um "salto educacional, com escola inclusiva e de qualidade". Também pediu o auxílio dos prefeitos baianos para a construção de um "pacto pela educação", para o qual prometeu investimentos do Estado nas redes municipais.
O governador também fez um apelo aos policiais civis e militares, "para que possamos consolidar uma polícia cidadã, superar as dificuldades e consolidar um duradouro pacto pela vida".
Para ele, é importante que o povo baiano "tenha orgulho" de sua polícia. "Não vou tolerar desvios de conduta", avisou, pouco depois do discurso.
CPMF
Ao falar da saúde, Costa mirou a escassez de recursos e sugeriu a "criação urgente" de "fontes de recursos para financiar a saúde pública", sem mencionar, porém, o retorno da CPMF.
"Não defendo um imposto em particular, o que defendo é que haja mais recursos para a saúde, porque a composição demográfica do País mudou muito nos últimos anos, aumentou muito a população idosa, proporcionalmente, e os gastos com a saúde aumentaram de forma exponencial", argumentou o governador, após a cerimônia.
"Serei linha de frente entre os governadores que vão lutar por esses aumentos. E não é uma questão partidária, é uma questão de gestão pública. Já conversei sobre isso com o governador (Geraldo) Alckmin, de São Paulo, que é da oposição."
No plano federal, Costa também prometeu lutar por mudanças nos repasses de verbas para os Estados e por desburocratização na realização de obras.
"É urgente a revisão do pacto federativo, não é aceitável o nível de concentração de recursos no plano federal", disse. "Brasília se agiganta a cada dia e a burocracia custa caro e atrasa os investimentos no País. São necessários no mínimo dois anos entre a autorização da presidente ou dos ministros e o início físico de cada obra nos Estados - e a Bahia não pode esperar tanto."
Após o evento na Assembleia, Costa foi a uma estrutura montada na frente do prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, onde foi recebido com a trilha sonora do "Tema da Vitória". Ali, recebeu simbolicamente o cargo, por parte de Wagner, e empossou os 24 secretários de seu governo.
Em seguida, governador e ex-governador embarcam para Brasília, onde participam da posse da presidente Dilma Rousseff. Wagner também assume, na tarde de hoje, o comando do ministério da Defesa.
Salvador - Com um discurso de 38 minutos, marcado por momentos de choro, o governador da Bahia , Rui Costa (PT), tomou posse na manhã desta quinta-feira, 1º de janeiro, na Assembleia Legislativa.
Na fala, Costa lembrou da infância humilde no bairro da Liberdade e do aprendizado político a partir da militância no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica, onde iniciou, há três décadas, a parceria com o agora ex-governador Jaques Wagner (PT), apontado por ele como "um dos melhores governadores da história do Estado".
Costa chorou duas vezes durante o evento. A primeira ao lembrar dos pais e, depois, ao fazer uma homenagem a uma amiga de sua mãe e antiga vizinha, dona Marilene, presente à cerimônia.
Nas duas pausas, o governador foi bastante aplaudido. O governador ainda segurou, por alguns minutos, a filha Marina, de 1 ano e 9 meses, no colo no início do discurso.
A fala apontou as prioridades de Costa no governo. Ele iniciou citando o "aumento de oportunidades (de trabalho) para o povo baiano" e a "maior inserção da Bahia na economia nacional e mundial" e a "ampliação dos empregos no interior".
Em seguida, pediu ajuda aos professores para promover no Estado um "salto educacional, com escola inclusiva e de qualidade". Também pediu o auxílio dos prefeitos baianos para a construção de um "pacto pela educação", para o qual prometeu investimentos do Estado nas redes municipais.
O governador também fez um apelo aos policiais civis e militares, "para que possamos consolidar uma polícia cidadã, superar as dificuldades e consolidar um duradouro pacto pela vida".
Para ele, é importante que o povo baiano "tenha orgulho" de sua polícia. "Não vou tolerar desvios de conduta", avisou, pouco depois do discurso.
CPMF
Ao falar da saúde, Costa mirou a escassez de recursos e sugeriu a "criação urgente" de "fontes de recursos para financiar a saúde pública", sem mencionar, porém, o retorno da CPMF.
"Não defendo um imposto em particular, o que defendo é que haja mais recursos para a saúde, porque a composição demográfica do País mudou muito nos últimos anos, aumentou muito a população idosa, proporcionalmente, e os gastos com a saúde aumentaram de forma exponencial", argumentou o governador, após a cerimônia.
"Serei linha de frente entre os governadores que vão lutar por esses aumentos. E não é uma questão partidária, é uma questão de gestão pública. Já conversei sobre isso com o governador (Geraldo) Alckmin, de São Paulo, que é da oposição."
No plano federal, Costa também prometeu lutar por mudanças nos repasses de verbas para os Estados e por desburocratização na realização de obras.
"É urgente a revisão do pacto federativo, não é aceitável o nível de concentração de recursos no plano federal", disse. "Brasília se agiganta a cada dia e a burocracia custa caro e atrasa os investimentos no País. São necessários no mínimo dois anos entre a autorização da presidente ou dos ministros e o início físico de cada obra nos Estados - e a Bahia não pode esperar tanto."
Após o evento na Assembleia, Costa foi a uma estrutura montada na frente do prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, onde foi recebido com a trilha sonora do "Tema da Vitória". Ali, recebeu simbolicamente o cargo, por parte de Wagner, e empossou os 24 secretários de seu governo.
Em seguida, governador e ex-governador embarcam para Brasília, onde participam da posse da presidente Dilma Rousseff. Wagner também assume, na tarde de hoje, o comando do ministério da Defesa.