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Rio de Janeiro quer manter bilhete de transporte após jogos

O secretário-executivo de Coordenação de Governo, Rafael Picciani, disse que o cartão se mostrou eficaz


	Olimpíada: RioCard que está sendo usado para deslocamento na cidade durante os jogos e permite a integração entre os diversos modais, como metrô, ônibus, VLT e BRT
 (Reuters/Ricardo Moraes)

Olimpíada: RioCard que está sendo usado para deslocamento na cidade durante os jogos e permite a integração entre os diversos modais, como metrô, ônibus, VLT e BRT (Reuters/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 21h32.

O governo do estado e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro estudam a criação de um cartão para transporte público semelhante ao RioCard Jogos Rio 2016, que está sendo usado para deslocamento na cidade durante a Olimpíada  e permite a integração entre os diversos modais, como metrô, ônibus, VLT e BRT.

O secretário-executivo de Coordenação de Governo, Rafael Picciani, disse que o cartão se mostrou eficaz e a intenção é manter o modelo após a Rio 2016.

“É um produto que se mostrou eficaz no interesse do visitante, sobretudo, e permitiu que muita gente explorasse a nossa cidade para além da rota turística mais conhecida. Acho que é um ganho também de legado para a cidade”, disse Picciani em entrevista no Rio Media Center para apresentar o esquema de deslocamento para o domingo (21), quando haverá várias intervenções no trânsito da cidade para competições.

O secretário estadual de Transporte, Rodrigo Vieira, disse que ainda não está definido se as barcas serão incluídas entre os modais do RioCard.

“Isso é uma negociação com o operador de Barcas, mas temos todo o interesse de incluir a barca. Infelizmente nesta etapa, da Olimpíada, ela não participou porque não havia evento em Niterói e houve a percepção de que não haveria grande utilização, mas a realidade comprovou que pelo trânsito de passageiros entre o Rio de Janeiro e Niterói, principalmente pelas novas atividades e pela nova vida do centro da cidade, faz muito sentido incluir as barcas.”

Picciani destacou que o valor da tarifa da barca é diferente dos demais modais e por isso será necessário um alinhamento dos preços, mas disse que a possibilidade que não está descartada.

Ativação

Os cartões comprados para utilização na Olimpíada serão válidos pelo período indicado na compra, de um, três ou sete dias. “Se ele ativou o RioCard de três dias até o último dia das Olimpíadas ele funciona por mais dois dias. O de sete dias também. Entre um e outro [período entre a Olimpíada e a Paralimpíada] não há ativação”, explicou Vieira.

“Tivemos o cuidado para que a pessoa que comprou de três ou de sete dias não tenha o seu saldo invalidado por causa disso”, completou o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.

Nos Jogos Paralímpicos, o público também poderá comprar um RioCard com as mesmas características do olímpico.

A dois dias do fim da Rio 2016, a avaliação da prefeitura e do governo do estado é que o esquema de deslocamento do público para os locais de competição e dos moradores e visitantes da cidade funcionou bem. O transporte público, segundo Picciani, bateu recorde de passageiros. O metrô chegou a ter pico de 1,08 milhão de entradas em um dia e os ônibus do BRT transportaram mais de 700 mil passageiros por dia.

“Pensar em bater recordes de passageiros e com uma qualidade de conforto superior àquela que o dia a dia da cidade demonstrava, é sinal, de fato, que as entregas [de obras de mobilidade] permitiram uma ampliação de capacidade, de qualidade e de atendimento à população”, destacou Picciani.

O secretário de Coordenação de Governo reconheceu que houve alguns problemas de deslocamento do público no primeiro dia de competições, mas, segundo ele, a resposta às falhas foi rápida.

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