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Responsáveis por acidente no ES podem responder por homicídio

Após a colisão de um ônibus com uma carreta na BR-101, em Guarapari, no Espírito Santo, 21 pessoas morreram

Acidente: os proprietários da carreta serão intimados para prestar depoimento (Youtube/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2017 às 18h30.

Vitória - Os donos da carreta que teria causado na quinta-feira, 22, o acidente na BR-101, em Guarapari, no Espírito Santo , em que morreram 21 pessoas, podem ser indiciados pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, assim que o inquérito for concluído, de acordo com o chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré.

O delegado disse que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) da Cidade. Daré afirmou que, se constatada alguma responsabilidade por parte da empresa, os donos responderão criminalmente.

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Na tarde desta sexta-feira, 23, os proprietários serão intimados para prestar depoimento.

O secretário de Segurança Pública do ES, André Garcia, disse que as investigações começaram imediatamente após a fatalidade.

"O levantamento preliminar aponta falha mecânica no caminhão. Teria furado um pneu. Todos os pneus do veículo estavam carecas, em péssimas condições. Teria quebrado algum eixo e por isso a carreta invadiu a contramão da pista, atingindo o ônibus. As investigações continuam, e se as nossas equipes identificarem os culpados, vamos responsabilizá-los criminalmente", explicou Garcia.

A carreta carregava uma pedra de granito pesando 41 toneladas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). São 11 toneladas acima do permitido.

Além das péssimas condições dos pneus, denunciadas pela perícia da Polícia Civil, a PRF afirmou ainda que nenhuma das quatro balanças existentes na BR-101 está em funcionamento.

A informação foi repassada pelo superintendente do órgão no Estado, Wylis Lyra.

A empresa responsável pelo veículo é a Jamarle Transportes, situada na Cidade de Baixo Guandu, no Noroeste capixaba. Ela poderá ser multada em quase R$ 5 mil.

A reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" tentou contato com a transportadora, mas os telefonemas não foram atendidos.

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