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Relator rejeita "distritão" em seu relatório da reforma política

O modelo eleitoral começou a ganhar força entre os parlamentares nos últimos dias, com o agravamento da crise política

Vicente Cândido: "A minha disposição é nenhuma, mas aqui quem manda é a maioria" (Vicente Cândido/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2017 às 18h46.

Brasília - O relator da Reforma Política em discussão na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), disse nesta terça-feira, 30, que não está disposto a incluir em seu relatório o distritão, sistema eleitoral onde os mais votados são eleitos.

O modelo eleitoral começou a ganhar força entre os parlamentares nos últimos dias, com o agravamento da crise política.

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"A minha disposição é nenhuma, mas aqui quem manda é a maioria", declarou o petista. Cândido avisou que vai insistir no voto em lista pré-ordenada.

"O distritão está crescendo o apoio, mas também não é tranquilo. Não dou como certo a tese de que o distritão será vitorioso", emendou.

Durante a sessão desta tarde, Cândido sofreu pressão para mudar seu parecer prévio. "Somos contra a lista fechada, pré-ordenada, sem ter a flexibilidade de o eleitor poder se manifestar", criticou a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP).

Representante da bancada do PSDB na Câmara, o deputado Marcus Pestana (MG) disse que era contra o distritão, mas que, ao conversar com os tucanos e com outros partidos, se deu conta de que o modelo de lista fechada será rejeitado pela população.

"A lista não passa neste plenário e a realidade brasileira não criou ambiente para esse sistema de lista", comentou.

O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) foi um dos poucos a sair em defesa da lista fechada e disse que era "falácia" a tese de que o distritão será "a salvação da humanidade", uma vez que vai privilegiar a eleição de artistas e jogadores de futebol.

"O distritão é o pior dos mundos", concluiu.

Na sessão desta tarde, houve pedido de vista do parecer prévio. A expectativa é que o relatório só será votado na próxima semana.

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