'Reforma tributária é fundamental', diz presidente da CNI
"A aceleração do crescimento deste ano tem que ser permanente durante mais alguns anos. Para o Brasil não ter crescimento pífio de 0,1%, como nos últimos anos", diz Robson Andrade, presidente da CNI
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de julho de 2021 às 15h17.
Última atualização em 22 de julho de 2021 às 17h36.
Enquanto setores empresariais criticam a proposta de reforma tributária , defendendo que a prioridade seja dada à reforma administrativa , o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, classificou como "fundamental" a aprovação de mudanças na forma como o governo recolhe impostos para o Brasil crescer a um ritmo de 5% ao ano.
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Diante do ministro da Economia , Paulo Guedes , e do deputado Celso Sabino (PSDB), relator da reforma do Imposto de Renda , Andrade destacou o consenso tanto do Congresso como entre governadores sobre a necessidade de alterar o sistema ao defender uma reforma tributária ampla, que englobe impostos federais, estaduais e municipais.
"A aceleração do crescimento deste ano tem que ser permanente durante mais alguns anos. Para o Brasil não ter crescimento pífio de 0,1%, como nos últimos anos, e cresça entre 4% e 5% ao ano para recuperar décadas perdidas, a reforma tributária é fundamental", disse o presidente da CNI durante live promovida pela entidade da indústria junto com a Federação Brasileira de Bancos ( Febraban ).
Segundo Andrade, sem reforma adequada e ampla, as empresas não terão ambiente adequado para se desenvolverem e competirem no mercado internacional. O presidente da CNI considerou ainda que a carga tributária é mal distribuída, com setores que pagam menos impostos, enquanto a indústria, por ser um setor mais organizado e fiscalizado, perde "quantidade imensa" de horas para calcular tributos.
Segundo ele, a reforma ampla seria uma forma de desonerar empresas na competição internacional, já que hoje a indústria carrega uma "carga perversa" e 6% de impostos ficam "escondidos" nas exportações. "A indústria hoje paga 33% dos impostos federais e mais de 40% dos estaduais", comentou o presidente da CNI. Durante o evento, Andrade ressaltou também que a indústria deve crescer 7% neste ano.
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