PT poderá continuar governando com reorganização, diz Lula
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já um virtual candidato petista para as eleições de 2018, afirmou que o PT precisa tirar lições da disputa apertada de 2014 e se reorganizar para se manter no poder. "Temos que tirar as lições da dureza desse processo eleitoral, nós temos que saber que […]
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 16h22.
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , já um virtual candidato petista para as eleições de 2018, afirmou que o PT precisa tirar lições da disputa apertada de 2014 e se reorganizar para se manter no poder.
"Temos que tirar as lições da dureza desse processo eleitoral, nós temos que saber que uma próxima eleição vai ter se dar numa outra lógica política", afirmou, em mais um vídeo de uma série que tem sido divulgada pelo Instituto Lula.
Para o ex-presidente, "o aperto" dessas eleições pode ser explicado pelo desgaste do partido, que comanda o país há 12 anos - sendo dois mandatos do próprio Lula e um da presidente reeleita Dilma Rousseff.
"Tem um processo de ascensão de outro lado. Eles foram muito duros e acho que serviu como lição para nós", disse, sem citar diretamente o PSDB, partido com o qual o PT tem travado a polarização na política brasileira.
Lula disse ainda que a quantidade de votos angariados pelos tucanos tem mantido o patamar nos últimos anos, com exceção da candidatura de Geraldo Alckmin, em 2006.
"Isso significa que tem uma quantidade de votos no País para o setores conservadores", afirmou.
Segundo ele, o que explica a margem de votos mais apertada no pleito deste ano é que o PT sofreu um processo de desmobilização.
"Nós perdemos um pouco de base", afirmou, destacando que partidos como o PSOL e o PSTU saíram do PT e que o partido perdeu figuras importantes como a ex-ministra e candidata derrotada à Presidência Marina Silva.
"O Eduardo Campos saiu da nossa base de apoio", completou, referindo-se ao ex-governador morto em acidente aéreo durante a campanha eleitoral. "Nós perdemos um pouco de apoio e esse apoio foi para o outro lado."
O ex-presidente afirmou que o partido precisa aproveitar os próximos quatro anos do mandato da presidente Dilma para "tentar reorganizar a base de alianças com setores mais a esquerda da sociedade".
"Se fizermos isso acho que nós voltaremos a ter grandes chances de continuar governando o país", disse.
Lula tem sido tratado por lideranças do partido como o candidato natural para disputar a Presidência em 2018.
O ex-presidente tem usado o discurso de que "ainda é cedo" e que precisa ver "estará vivo até lá".
No entanto, antes mesmo de Dilma começar o segundo mandato, Lula tem mostrado que pretende ser um homem mais ativo no governo e no cenário político, o que lhe daria ainda mais força para a disputa.
Reforma política
No vídeo, Lula voltou a defender a necessidade de uma reforma política e defendeu o financiamento público de campanha.
"A reforma política passa a ser imprescindível a começar pelo financiamento público, quem sabe pelo fim das coligações proporcionais, quem sabe pela lista apresentada por cada partido, mas não pode continuar do jeito que está", disse.
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , já um virtual candidato petista para as eleições de 2018, afirmou que o PT precisa tirar lições da disputa apertada de 2014 e se reorganizar para se manter no poder.
"Temos que tirar as lições da dureza desse processo eleitoral, nós temos que saber que uma próxima eleição vai ter se dar numa outra lógica política", afirmou, em mais um vídeo de uma série que tem sido divulgada pelo Instituto Lula.
Para o ex-presidente, "o aperto" dessas eleições pode ser explicado pelo desgaste do partido, que comanda o país há 12 anos - sendo dois mandatos do próprio Lula e um da presidente reeleita Dilma Rousseff.
"Tem um processo de ascensão de outro lado. Eles foram muito duros e acho que serviu como lição para nós", disse, sem citar diretamente o PSDB, partido com o qual o PT tem travado a polarização na política brasileira.
Lula disse ainda que a quantidade de votos angariados pelos tucanos tem mantido o patamar nos últimos anos, com exceção da candidatura de Geraldo Alckmin, em 2006.
"Isso significa que tem uma quantidade de votos no País para o setores conservadores", afirmou.
Segundo ele, o que explica a margem de votos mais apertada no pleito deste ano é que o PT sofreu um processo de desmobilização.
"Nós perdemos um pouco de base", afirmou, destacando que partidos como o PSOL e o PSTU saíram do PT e que o partido perdeu figuras importantes como a ex-ministra e candidata derrotada à Presidência Marina Silva.
"O Eduardo Campos saiu da nossa base de apoio", completou, referindo-se ao ex-governador morto em acidente aéreo durante a campanha eleitoral. "Nós perdemos um pouco de apoio e esse apoio foi para o outro lado."
O ex-presidente afirmou que o partido precisa aproveitar os próximos quatro anos do mandato da presidente Dilma para "tentar reorganizar a base de alianças com setores mais a esquerda da sociedade".
"Se fizermos isso acho que nós voltaremos a ter grandes chances de continuar governando o país", disse.
Lula tem sido tratado por lideranças do partido como o candidato natural para disputar a Presidência em 2018.
O ex-presidente tem usado o discurso de que "ainda é cedo" e que precisa ver "estará vivo até lá".
No entanto, antes mesmo de Dilma começar o segundo mandato, Lula tem mostrado que pretende ser um homem mais ativo no governo e no cenário político, o que lhe daria ainda mais força para a disputa.
Reforma política
No vídeo, Lula voltou a defender a necessidade de uma reforma política e defendeu o financiamento público de campanha.
"A reforma política passa a ser imprescindível a começar pelo financiamento público, quem sabe pelo fim das coligações proporcionais, quem sabe pela lista apresentada por cada partido, mas não pode continuar do jeito que está", disse.