PSOL acusa PM de lançar spray de pimenta em ato
Luciana Genro disse ter sido alvejada por jatos de de sprays de pimenta feitos por dois policiais militares durante um evento de campanha
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 21h21.
São Paulo - A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, disse ter sido alvejada por jatos de de sprays de pimenta feitos por dois policiais militares durante um evento de campanha realizado nesta sexta-feira, 18, na Avenida Paulista, no centro de São Paulo.
Ela afirmou que o partido entrará com um pedido formal exigindo uma audiência com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, para que o governo explique a ação dos Pms.
"Vamos exigir explicações. Queremos que a Secretaria apure os fatos. Policiais com comportamento fascistóide são resultado de um governo fascistóide, que reprime protestos e demite grevistas", disse a candidata.
"Nossa campanha foi agredida, eu pessoalmente fui atingida pelo gás, e não vamos deixar este fato passar em branco. É uma afronta à democracia e o governador Alckmin tem que se pronunciar".
Dois policiais militares dispararam gás de pimenta contra o grupo de cerca de 100 militantes da legenda que participavam de um evento de campanha no centro da capital.
Pessoas que estavam no evento disseram que os PMs estavam com as latas de gás na altura da cintura, como se não quisessem serem vistos fazendo os disparos.
Entre os presentes, estavam também o deputado federal Ivan Valente, o deputado estadual Carlos Giannazi, e também o candidato do PSOL ao governo paulista, Gilberto Maringoni.
Militantes do PSOL afirmaram ainda que os policiais fugiram depois de terem atirado o gás de pimenta e não foram identificados pelos integrantes do ato.
O episódio foi registrado pela equipe de reportagem do SBT. Os jornalistas, no entanto, não conseguiram gravar as imagens do incidente.
Recentemente, o PSOL tem sido um dos principais partidos que apoia as manifestações públicas que foram às ruas.
No ano passado, por exemplo, a legenda participou ativamente dos protestos contra o aumento das tarifas de ônibus na capital, organizados pelo Movimento Passe Livre. A sigla também é uma das mais críticas quanto à ação da polícia contra manifestantes.
Apuração
O capitão Emerson Massera afirmou que a PM vai abrir uma investigação interna para apurar se houve ou não abuso de policiais durante o evento ocorrido na Avenida Paulista.
A decisão pela abertura de procedimento ocorreu após ele receber denúncia dos dois jornalistas da emissora que estavam presentes cobrindo o ato de campanha do PSOL.