Protesto continua impedindo acesso a praia de Ilhabela
Jipeiros e moradores da Praia de Castelhanos são contrários à cobrança de uma taxa de R$ 12,00 por pessoa, em vigor desde o início desta semana
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2014 às 15h17.
Ilhabela - Jipeiros e moradores da Praia de Castelhanos, um dos principais pontos turísticos de Ilhabela, cidade do litoral norte de São Paulo, mantém bloqueada pelo terceiro dia consecutivo a estrada-parque que dá acesso à praia.
Eles são contrários à cobrança de uma taxa de R$ 12,00 por pessoa, em vigor desde o início desta semana.
Além da estrada, eles percorreram nos últimos três dias diversos pontos turísticos do arquipélago para colher adesões a um abaixo assinado que será endereçado pela associação de moradores "Amor a Castelhanos" ao Ministério Público Estadual.
Além disso, os manifestantes criticam a "privatização" da estrada-parque, pois segundo eles, dos R$ 12,00 cobrados, R$ 8,50 vão para uma empresa privada que cuida da segurança no local.
"Somos contra a privatização da praia", disse um manifestante, que preferiu não se identificar.
"Essa cobrança não traz nenhuma benfeitoria para a estrada, nem para a comunidade. Fizemos um projeto prevendo vários itens de infraestrutura, mas decidiram cobrar sem nos consultar, às vésperas do feriado prolongado", frisou o jipeiro Marcelo Batista de Oliveira.
Parte dos turistas que tentaram chegar à praia pela estrada-parque, que tem 22 quilômetros de extensão, compreendeu o movimento.
"Acho justo o protesto , pois é um absurdo cobrarem para a gente entrar na praia. Se a moda pega, ficaremos impedidos de frequentar muitas praias no Brasil", opinou a secretária Bianca Amarantes, 19, que foi para Ilhabela passar o final de semana prolongado justamente para conhecer a Praia de Castelhanos.
"Meu passeio foi cancelado pela agência de turismo . Estávamos ansiosos para conhecer a praia, mas não será desta vez", lamentou o personal training Ricardo Fortes, 25, morador de São Paulo.
Municipalização
O prefeito Antonio Luiz Colucci (PPS) recebeu uma comitiva em seu gabinete e agendou para a próxima segunda-feira (24) uma audiência na Secretaria Estadual do Meio Ambiente, pasta responsável pela Fundação Florestal, órgão que administra o Parque.
Na reunião, o prefeito tentará reverter a cobrança.
"A secretaria não abriu mão da cobrança nesse feriado prolongado. Na audiência vamos reforçar nossa intenção de municipalizar a estrada-parque, pois se o Estado não consegue mantê-la, o município tem mais condições para isso", disse o prefeito.
Colucci diz achar a cobrança para trafegar pela estrada-parque injusta, pois inibe quem pretende chegar à praia, que não está inserida dentro do Parque Estadual de Ilhabela.
"A cobrança é para usar a estrada, que está dentro do Parque. Mas a praia não está no Parque então considero que a medida é ilegal, já que fere o direito de ir e vir do cidadão", ressaltou.
Entidades de classe de Ilhabela protocolaram uma ação na Justiça, com mandado de segurança, para tentar barrar a cobrança, mas o pedido foi negado.
De acordo com a Fundação Florestal, a cobrança está prevista dentro no plano de implantação da estrada, que determina que o órgão é responsável por operar e controlar o uso da via.
Ilhabela - Jipeiros e moradores da Praia de Castelhanos, um dos principais pontos turísticos de Ilhabela, cidade do litoral norte de São Paulo, mantém bloqueada pelo terceiro dia consecutivo a estrada-parque que dá acesso à praia.
Eles são contrários à cobrança de uma taxa de R$ 12,00 por pessoa, em vigor desde o início desta semana.
Além da estrada, eles percorreram nos últimos três dias diversos pontos turísticos do arquipélago para colher adesões a um abaixo assinado que será endereçado pela associação de moradores "Amor a Castelhanos" ao Ministério Público Estadual.
Além disso, os manifestantes criticam a "privatização" da estrada-parque, pois segundo eles, dos R$ 12,00 cobrados, R$ 8,50 vão para uma empresa privada que cuida da segurança no local.
"Somos contra a privatização da praia", disse um manifestante, que preferiu não se identificar.
"Essa cobrança não traz nenhuma benfeitoria para a estrada, nem para a comunidade. Fizemos um projeto prevendo vários itens de infraestrutura, mas decidiram cobrar sem nos consultar, às vésperas do feriado prolongado", frisou o jipeiro Marcelo Batista de Oliveira.
Parte dos turistas que tentaram chegar à praia pela estrada-parque, que tem 22 quilômetros de extensão, compreendeu o movimento.
"Acho justo o protesto , pois é um absurdo cobrarem para a gente entrar na praia. Se a moda pega, ficaremos impedidos de frequentar muitas praias no Brasil", opinou a secretária Bianca Amarantes, 19, que foi para Ilhabela passar o final de semana prolongado justamente para conhecer a Praia de Castelhanos.
"Meu passeio foi cancelado pela agência de turismo . Estávamos ansiosos para conhecer a praia, mas não será desta vez", lamentou o personal training Ricardo Fortes, 25, morador de São Paulo.
Municipalização
O prefeito Antonio Luiz Colucci (PPS) recebeu uma comitiva em seu gabinete e agendou para a próxima segunda-feira (24) uma audiência na Secretaria Estadual do Meio Ambiente, pasta responsável pela Fundação Florestal, órgão que administra o Parque.
Na reunião, o prefeito tentará reverter a cobrança.
"A secretaria não abriu mão da cobrança nesse feriado prolongado. Na audiência vamos reforçar nossa intenção de municipalizar a estrada-parque, pois se o Estado não consegue mantê-la, o município tem mais condições para isso", disse o prefeito.
Colucci diz achar a cobrança para trafegar pela estrada-parque injusta, pois inibe quem pretende chegar à praia, que não está inserida dentro do Parque Estadual de Ilhabela.
"A cobrança é para usar a estrada, que está dentro do Parque. Mas a praia não está no Parque então considero que a medida é ilegal, já que fere o direito de ir e vir do cidadão", ressaltou.
Entidades de classe de Ilhabela protocolaram uma ação na Justiça, com mandado de segurança, para tentar barrar a cobrança, mas o pedido foi negado.
De acordo com a Fundação Florestal, a cobrança está prevista dentro no plano de implantação da estrada, que determina que o órgão é responsável por operar e controlar o uso da via.