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Presidente da Transpetro pede licença após pressão da PwC

Sergio Machado pediu licença após questionamentos da auditoria externa PriceWaterhouseCoopers (PwC) sobre acusações de Paulo Roberto Costa


	Navio petroleiro Nordic Brasilia, operado pela Transpetro, em São Sebastião, litoral de São Paulo
 (Wikimedia Commons)

Navio petroleiro Nordic Brasilia, operado pela Transpetro, em São Sebastião, litoral de São Paulo (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 19h19.

Rio de Janeiro - O presidente da Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, Sergio Machado, pediu licença sem vencimentos pelos próximos 31 dias, para que sejam esclarecidas denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que ameaçam atrasar a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da companhia.

O executivo afirmou em nota nesta segunda-feira que não teme investigações sobre sua atuação, mas que quer evitar eventuais atrasos na divulgação do balanço financeiro do terceiro trimestre da Petrobras.

"A acusação é francamente leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa PwC (PriceWaterhouseCoopers) apresentasse questionamento perante o Comitê de Auditoria do Conselho de Administração da Petrobras", disse o presidente.

Matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, no último sábado, afirmou que a PriceWaterhouseCoopers (PwC), auditora dos resultados financeiros da Petrobras, recusou-se a aprovar o balanço do terceiro trimestre da petroleira.

Teria sido esse o motivo para que uma reunião do conselho de administração da Petrobras, na última sexta-feira, fosse interrompida, após horas de discussão, sem que nenhum item da pauta tivesse sido aprovado.

O Conselho de Administração da Petrobras deverá voltar a se reunir na terça-feira, podendo discutir eventualmente um reajuste nos preços dos combustíveis.

Ainda não há uma data para a divulgação do balanço da Petrobras do terceiro trimestre, que deve ser feita pelas regras locais até 45 dias após o final do período.

"Apesar de toda uma vida honrada, tenho sido vítima nas últimas semanas de imputações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes", frisou Machado. 

Costa foi preso pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, e está cumprindo prisão domiciliar depois que concordou em fazer uma delação premiada. Machado, que preside a Transpetro desde junho de 2003, destacou ainda que as contas da subsidiária e a execução de seus principais programas são periodicamente auditados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que jamais encontrou irregularidades nos contratos.

Além disso, ele destacou que o TCU expediu, em 30 de outubro, certidão negativa atestando não haver nenhuma pendência em seu nome reativamente a contas julgadas até o momento. "A empresa também é objeto da análise permanente de auditorias independentes, entre elas a KPMG e a PricewaterhouseCoopers (PwC)", disse Machado.

A Petrobras informou em nota ao mercado que o Conselho de Administração da Transpetro aprovou a solicitação de Machado e designou para substituí-lo, no período, o diretor Claudio Ribeiro Teixeira Campos.

Texto atualizado às 20h18min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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